Faz três meses que estou aqui nesse manicômio, diferente das histórias que filmes e jogos dizem, aqui os médicos tratam os pacientes (que todos chamam de loucos) bem.
-Luke está na hora da consulta- David era o que geralmente estava a ir em todos os quartos para ver o estado de todos, se era necessário algum remédio ou apenas acalmar a pessoa. Ele era gentil não parecia fazer mal a ninguém- Não vai querer se atrasar né?
-Claro!- Mesmo que eu estava na lista de possíveis assassinos, ele me deixava ficar andando pelo saguão e o jardim.
Quando sai da consulta foi correndo para a recepção onde qualquer coisa que veio para alguém ficava lá.
-Chego alguma coisa pra mim?- Eu tinha mandado uma carta para a Lola (minha namorada, que quase matei).
-Sim da sua irmã Any, ela veio aqui ontem quando você estava no jardim- Emma é a única que me leva a sério aqui junto com o David- Eu ia chamar você mas ela já tinha ido embora...
-Tudo bem... Eu sei o motivo- Desde que vim para cá meus pais não falam mais comigo, minha irmã por outro lado, vive me mandando coisas, mas eles não deixam eu ver ela- Além dela mais alguém mandou alguma coisa?
-Não...Luke eu sei que você ta esperando que ela venha falar com você, mas... Dane-se, ela disse que nunca mais vai querer ver você outra vez, ela fico muito assustada com sua insanidade...
-Ela...mas...- Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.
-Desculpe, não quis falar antes com medo que você chorasse.
-Está tudo bem, ela tem razão em não querer me ver.
-Luke? Porque ta chorando?- Elcy era uma garotinha de 8 anos, seus cabelos eram ondulados e castanhos, olhos verdes escuro, não fazia nem dois meses que ela tinha sido mandada para cá- Aconteceu alguma coisa?
-Apenas tive um termino de namoro ruim...- Ela foi mandada para cá por ter um pequeno problema com "amigos imaginários", os pais dela não queriam ter uma filha que não pudesse ser social- Venha aqui - Me abaixei para poder pega-la - O seu irmão vai ti levar pra brincar no jardim como prometido!
-Ebaaa. Posso tia Emma?
-Pode docinho.
Fico pensando como seria o resto da minha vida aqui sem família, sem namorada, sem amigos, apenas com lembranças ruins daquele cara com mascara que ainda atormenta meus sonhos.
-Luke tem algo perto do poço...
-O que tem lá?
-Parece um ursinho de pelúcia.
-Hmm...deixa eu ver- Era um urso marrom, sujo e em partes de seu corpinho tinha linhas pretas para manter a pelúcia dentro- Parece que ele perdeu seu dono.
-Ele ta do lado dele!
-A sim ele está, não reparei ele ali- Na verdade não tinha nada ali. Me aproximei do brinquedo- Bem garoto, posso ver seu brinquedo?
-Ele disse que pode.
-É mesmo é?- Quando toquei no ursinho vi um menino de mais ou menos 5 anos ao lado- Elcy vá para dentro!
-Porq~
-Eu disse para ir pra dentro- Ela correu para dentro do prédio. Ver aquilo me deixava inquieto- Quem é você?
Ele começou a escrever na terra "meu nome é Herry. Você não pode me ouvir, porque está tomando esses remédios que não permitem você entrar nesse plano".
-Como assim?
"Você não percebeu que tudo aquilo que acontece foi por causa desse ursinho?" Olhei novamente para o brinquedo e lembrei de quando ganhei.
...
Era meu aniversário de 4 anos, meus pais haviam feito uma festa pra mim, todos os meus amigos estavam lá.
-Luke está na hora de abrir seu presente especial!
Estava dentro de uma caixa embrulhada num papel de presente cheio de portas com o fundo branco. Quando abria a caixa tinha um bichinho de pelúcia da minha prima que tinha morrido alguns dias antes do meu aniversário.
-Como vocês eram tão próximos sua tia resolveu dar ele pra você.
Ele tinha uma caixinha de música dentro dele, era uma música calma e alegre. Nas noites que eu dormi com ele conseguia ouvir passos pela casa e barulhos.
...
-Como isso...
"Lembra agora?"
-Sim.
-Mas... Quem é você?
"Eu vivi a maior parte da minha vida aqui"
-E o que aconteceu?
"Eu podia entrar nesse plano a hora que eu quisesse, mas um dia isso deu errado. Irei contar melhor em outra hora".
Ele foi embora indo em direção a uns arbustos.
-Não, não, não!
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Meu pior pesadelo 2.Camas vazias
ParanormalNão posso acreditar, essa maldição me persegue