O dia definitivamente não foi muito bom para Rafael, primeiro ele acorda com uma tremenda dor de cabeça e encontra uma garota ao seu lado sem lembranças de nada, e depois as lembranças vem a tona como um desastre, ele está em Carolina Do Norte, não conhece ninguém, está brigado com os seus pais, e por mais que a primeira coisa que venha na sua cabeça, é fugir, ele não poderia desapontar sua irmã Jennifer, que á esse momento deve estar chorando com falta do irmão que ama tanto.
Rafael resolve ir ao colégio que seu pai o matriculou para terminar o último ano, que afinal repetiu no antigo colégio de New York, um dos motivos que seu pai tenha querido vir para cá mas não substituindo nada de sua.. claro, “boa imagem”, seu pai é dono de uma das mais ricas redes de petróleo de Texas, e afim de negócios sempre quer a família ao seu lado. É o que sempre diz.
Chegando no tal colégio, “Williams College”, fica impressionado com as pessoas pertencentes aquele lugar e que no caso seu pai queria que se enturmasse, sem pensar em mais nada, foi diretamente encontrar em algum lugar onde falasse qual seria sua turma, classe ou algo do tipo, quando acha aonde está , uma garota loira se vira rapidamente.. e em pouco tempo, estão os dois no chão.
Rafael , quando percebe o rosto da garota, fica por um tempo fitando ela, e depois para ser educado ajuda-a pegar seus livros, em pouco tempo um homem de terno elegante aparece com microfone fazendo um discurso , que provavelmente seria o diretor, assim ele aproveita e sai dali o mais rápido possível, sem nem mesmo dizer algo a garota que agora estava virada procurando por ele.
Voltando a caminho do hotel onde estava hospedado, não para de pensar na garota com quem tinha trombado, a garota era linda, tinha olhos verdes e por mais que como todos dali tinham dinheiro e metidos, algo nela pareceu ser diferente para ele. Ou talvez não.
Apertou os olhos, tentando tirar ela da cabeça, pois ele não queria se relacionar com ninguém, já havia motivos óbvios para lhe prender ali, chegando ao hotel dá de cara com o porteiro.
- Olá, as chaves do quarto numero 72, por favor. – Diz Rafael esticando as mãos.
- Ah claro, só um minuto.
- Você que é Rafael Coulling ? – Diz o porteiro.
- Sim, eu mesmo.
- O Sr. Coulling está a sua espera no quarto.
- Como ? – Pergunta Rafael totalmente surpreendido.
- Sim rapaz, seu pai está a sua espera. –Repete o porteiro sorrindo.
Rapidamente ele pega as chaves e sobe correndo ás escadas a caminho do seu quarto, quando entra, seu pai está sentado em um dos sofás bebendo whisky com as pernas cruzadas balançando de um lado pro outro.
- O que você está fazendo aqui ? – Diz Rafael
- Olá meu filho, que bela recepção.
- Vamos logo, diga o que está fazendo aqui.
- Então é para aqui que você fugiu ontem não é ? – Diz seu pai num tom tranquilo, mas agora andando e observando os cômodos do quarto.
- A fim de paz longe de você, mas parece que acabou, você já me encontrou. – Retruca Rafael
- Filho, tenta entender, eu sou um homem de negócios, nossa família sempre está nas maiores revistas, temos que ter uma boa imagem, e não nos mudamos para Carolina Do Norte só por isso, e sim para você ter um dos melhores ensinos no Williams College, que me faz perguntar por que você não está lá agora ?
- Eu não quero estudar lá, você viu o tipinho de gente que existe lá, mauricinhos por todo lado, que com certeza seus pais pagam suas bolças a fim de ter a boa imagem como o senhor não é ?
- Não ! São pessoas que vão ajudar você ir longe nessa vida, e não ser um desocupado, e sem dúvida seus pais devem ser homens trabalhadores igual a mim que pensam em seus filhos. – Diz seu pai aumentando o tom.
- Que seja, não vou para lá. – Retruca Rafael jogando as coisas que estavam em cima da mesa de centro para o chão.
- Ah mas você vai sim, não tem outra escolha, a menos que queira ir para um colégio militar, que você pode ter certeza que é bem pior do que o Williams, sua mãe aceitou, sua irmã aceitou, está na hora de você parar de ser o adolescente rebelde e fazer o melhor. – Disse seu pai gritando, e ao mesmo tempo o agarrando pela roupa, e depois gentilmente desamarrotando com um sorriso irônico.
Rafael ficou calado por um segundo.
- Agora trate de arrumar suas coisas e voltar pra casa, sua mãe está preocupada querendo te ver, e sua irmã também.
Logo depois de seu pai sair, lhe baixou uma raiva imensa e a primeira coisa que fez depois de seu pai fechar a porta saindo, foi tacar a garrafa de whisky contra a porta.
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A Luz Na Escuridão.
Teen FictionMariana Martinelly tem 17 anos , olhos verdes , cabelos loiro longos. Vive com seu pai e seu irmão mais novo Bryan, por parte de pai, em Carolina do Norte, desde que sua mãe morreu quando ela nasceu em problemas de parto. Por ser empresário,o pai de...