- Eu queria ficar.... ficar aqui, você sabe o quanto você e minhas amigas são especiais pra mim, mas eu tenho que ir. - Meus olhos lacrimejavam e as lágrimas insistiam em rolar, mas me contive.
- Eu sei, mas porque você tem que ir?!. - Seu tom de voz se altera por um momento, mas depois se recompõe.
- Porque é a minha família, a única que "eu" tenho. - Dou ênfase no eu, pois ele sabia da minha história. Ele se cala. - Vamos mudar de assunto, isso já está cansativo. - Concorda com a cabeça.
- Okey. - Susurra logo em seguida.
- Hm e então, como que tá a Laura?
- Ah ela tá bem, sempre pergunta por você, e quando que vai lá pra ela fazer um penteado novo que ela aprendeu. - Rir lembrando dela.
Laura é a irmã de Rodrigo que tem oito anos ela é linda e uma graça te os cabelos castanho com mechas loiras naturais e olhos verdes que nem o do irmão, mas sempre diz que quando crescer quer ter o cabelo igual ao meu.
- Nem eu sei, me deixou sem resposta agora. - Essa é pra me matar né, penso. - Quando vir eu vou visitar vocês, eu prometo.
- Ah, tudo bem né. - Em seu tom de voz parecia haver mágoa e tristeza.
Um silêncio constrangedor toma conta do lugar. Neste momento fiquei apenas a olhar o céu, a qual estava limpo, quase sem estrelas, e a lua não fazia presença naquele momento e quando ela não está, sentia o vazio maior ainda dento de mim.
Quando eu era pequena amava ficar vendo as estrelas com o Edu.
Flashback on:
Eu e Edu estávamos deitados na grama, eu tinha 14 anos e ele 16, gostavamos de ver o céu pela noite, neste dia estava completamente lindo, parecia uma festa no céu de tantas estrelas, lembrei naquele momento que no dia seguinte seria meu aniversário, na verdade eu nunca gostei de aniversário muito menos de comemorar pois pra mim, aniversário significa morte pois foi no dia de meu nascimento que perdi meus pais.
- Você sabe o que isso quer dizer?. - Edu pergunta ainda olhando para o céu e depois para mim, e sorri. - Hoje o céu faz uma festa para ti no céu minha pequena. Aqueles que não pode te ver agradece o dia do seu nascimento.
- Eu sei, sabe por quê?. A minha mãe, me veio em sonho ontem mesmo que eu não pudesse vê-la, eu sentia sua voz e ela me dizia que me amava e que sofria por não poder me tocar como mais queria, mas que está feliz por me ver protegida. No sonho eu chorei e ela enxugou minhas lágrimas e me falava que não era pra chorar e que hoje seria um grande dia.
- Tá vendo, isso só comprovaque é para você minha pequena. - Diz aprontando para o céu, depois me olha e vê que estou chorando. - Por favor pequena, não chora. - Enconsta seu rosto no meu, sua mão enxuga as lágrimas. - O que falta para esse dia ficar mais especial?. - Sorri
- Um beijo. - Falo sem pensar, ele encosta mais o rosto, eu sentia sua respiração meu coração acelera e me beija.
Seu beijo era calmo e doce, sua língua pede passagem e eu correspondo, era maravilhoso dava vontade de ficar horas ali e não o largar jamais, mas encerramos por falta de fôlego.
- O.... q....quê?!. - Pergunto ainda com a voz embargada.
- Um beijo, seu presente de aniversário. - Calmo e volta a olhar o céu.
- Obrigada. - Sai em um sussurro, mas parece ouvir pois logo abri um sorriso.
Voltei a olhar o céu, mas não parava de pensar no beijo, no meu primeiro beijo.
Flashback off.
É engraçado, olhar o Eduardo ou o céu e lembrar daquele beijo, o melhor beijo da minha vida.
Desperto- me dos pensamentos co o Rodrigo dando um peteleco na minha testa.
- Aiii, isso dói sabia?!. - Faço voz de dengo e massageio a testa em seguida.
- Nem foi tão forte assim, desculpa. - Faz bico
- Okey, tá desculpado, tá calor né. - Falo me abanando.
- Tá mesmo, tá parecendo o Havaí de tanto calor.
- Bora entrar na piscina? Sim lógico.
- Mas eu não trouxe sunga.
- Vai de cueca mesmo. - Falo tranquila eu é as idiotice.
- tu tá safada hein. - Faz uma cara maliciosa.
- Sempre.... - Falo descaradamente.
- Seeei, okey então.
- Vem bora, vamos chamar o Edu e a Brenda, eles também devem estar morrendo de calor.
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Ladrão de Anjos
FantasyMinha vida não era totalmente perfeita, perdi meus pais, na verdade nem os conheci com isso sempre senti um vazio no meu peito, não poder vê-los tocalos dar um abraço para compensar todos os anos a quais não os tive do meu lado, mas isso nos dizeres...