Capítulo 1

39 1 0
                                    

"A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento" Tento seguir de exemplo essa frase de Frederick Herzberg. Desde que me entendo por gente, meu pai sempre foi um homem trabalhador e teve que sustentar minha família sozinho. Depois da morte de minha mãe, ela faleceu quando eu tinha 6 anos com câncer, quase não tenho lembranças dela, mas ainda sim tenho uma conecçao muito grande com sua pessoa. Meu pai sempre disse que eu me parecia muito com ela fisicamente e no modo de agir, meu tom de pele branco e os cabelos castanho escuro foram herdados de minha mãe, somente a cor azulada dos olhos que puxei de meu pai. Não demorou ele se apaixonar por uma mulher, que dizia ser minha nova mãe, a diferença é que ela não agia como tal. Sempre me tratou como a intrusa da casa, nunca entendi já que ela é que chegou depois, se existiu uma intrusa na quela família o título era dessa mulher que tirava o dinheiro do meu pai sem que ele soubesse. Ela era completamente diferente da minha mãe de verdade, tinha um cabelo longo e loiro, dava pra perceber que não era um loiro natural pelo amarelado exagerado que ela pintou, sempre estava usando um batom vermelho sangue reluzente em seus grandes lábios carnudos e no lugar das unhas tinha garras pontudas sempre pintadas de vermelho combinando com o batom. Se chamava Vanuza e de longe víamos que era muito mais nova que meu pai, ela nunca me disse sua idade mas suspeitava que tivesse uns 35 anos enquanto meu pai já estava com 60. Bastava ela colocar suas roupas extravagantes com estampas coloridas e meu pai se derretia dizendo que estava apaixonado por ela. Eu e meus irmãos sabiamos de tudo, tentamos alertar meu pai sobre o desvio de dinheiro que ela fazia, mas ele, incapaz de fazer isso com alguém também acreditava que alguém era incapaz de fazer o mesmo. No dia de sua morte, deitado na cama de hospital ele segurou minha mão e me fez prometer que nunca perderia meu tempo com paixões, me fez jurar que meu tempo seria gasto me esforçando com trabalho duro para um dia enfim poder viver em boas condições diferente da que vivemos com pobreza e miséria, depois me contou que sabia de todo desvio de dinheiro que Vanuza realizava e se explicou que ainda sim não conseguiu despacha-la pois o amor não permitiu. Á essa altura ela já tinha ido embora, quando meu pai estava pobre e ficou doente dependendo de ajuda, ela simplesmente disse que já não aguentava mais e se foi. A sorte é que eu e o meu irmão mais velho estávamos trabalhando na época, o salário era baixo mas dava pra comprar os remédios, comida, e pagar as contas do mês. É duro lembrar que meu pai piorou depois que a Vanuza o largou, só apareceu em nossas vidas para aproveitar do dinheiro e da bondade dele. No hospital fiquei segurando sua mão e passando a outra entre seus cabelos branquinhos, sabia que não escaparia daquele dia, então queria aproveitar o tempo que ainda restava com meu herói. Após ele me fazer prometer sobre o que disse, seu batimento acelerou e quando percebi sua mão intrelassada com a minha já nao tinha mais força. Tinha chegado a sua hora. Meus irmãos e eu ficamos muito abalados com sua morte pois daquele dia em diante estávamos sozinhos no mundo, só nos restava um tio alcoólatra que queríamos distância já que meu pai dizia que ele não era o tipo de pessoa que merece alguma companhia. Ficavamos sem entender quando ele dizia isso, mas quando ficamos mais velhos descobrimos que esse nosso tio Alfredo já tinha assassinado sua exposta e seu primo, como ele pode assassinar membros de sua própria família!? É realmente um psicopata, deveria estar se tratando, ao contrário disso continua bebendo e estragando ainda mais sua vida. Não sei se ele continua vivo até hoje, acho muito difícil depois de tudo q ele fez, se involveu com tudo de ruim, drogas, bebidas, e as pessoas que o influenciavam a fazer tudo isso.

De uma maneira irreal Onde histórias criam vida. Descubra agora