Passos longe da calçada,tenho borboletas no estômago e uma vontade maluca de ser qualquer um,contanto que não seja a minha mesmice disfarçada,a minha mesma cara lavada. Hoje eu pus fogo em todas as cartas de amores idos,e chorei ao entardecer por estar gastando minha vida de maneira tão ordenada,cada coisa calculada,em seu lugar. E olhei-me no espelho sem máscaras,sem vilões,ou desculpas. Não há tempo para isso. A vida está correndo como um rio veloz,cujas águas nunca irão retornar,e estou apenas sentado na beirada,observando o tempo passar. Meus amigos dizem que não sou o mesmo,que o tempo,a distância e a rotina na cidade grande,esvaziaram o meu coração. Eu penso que sou uma pessoa melhor,mais forte,e que encontrei Deus nas pequenas coisas. Então não sei quem de nós está com razão nessa história maluca,só sei que não quero viver minha vida dessa forma.
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Ensaios sobre sangue, ferrugem e fogo
Short StoryFlores no meu jardim, enfeitam a solidão. Borboletas amarelas morrem tão rápido, quanto aparecem, no meu peito cansado. Estou tecendo histórias, escrevendo verdades e invenções,enquanto espero o amor. Ainda estou aprendendo.