A DUPLA FACE DA HUMANIDADE

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SINOPSE
A DUPLA FACE DA HUMANIDADE

Uma história envolvente!
Através do casal primário nos leva a exercícios mentais emocionais ao que poderia ter sido a nascente dos sentimentos humanos.
O como brotou o carinho, a ternura, o afeto. A forma com que o desejo culmina em atração, a atração em paixão, a paixão em amor.
A reação dos corpos em transformações, as descobertas fisiológicas, as percepções das diferenças da sexualidade.
O conhecimento compartilhado e as consequências dos resultados.
Uma viagem ao que poderá ter sido a formação da primeira família de seres humanos, desde sua formação física e espiritual, passando por seu suposto desvio do plano original da fonte criacionista, culminando em sua saída do dito jardim, por livre e espontânea pressão (da suposta consciência), o nascimento do rebento primogênito, a motivação para o primeiro assassinato até as circunstâncias da morte do casal primário.
Na trama são abordados os sentimentos de admiração, respeito mútuo, gratidão, raiva, ira, rancor, revolta, ódio, amor, perdão, vingança, solidão...
Uma história muito ousada para muitos, no tempo ideal para muitos, e para o autor a elucidação da maior e mais complexa parábola de todos os tempos.

Uma história muito ousada para muitos, no tempo ideal para muitos, e para o autor a elucidação da maior e mais complexa parábola de todos os tempos

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A DUPLA FACE DA HUMANIDADE - Capítulo 1- Tom Maior Prazer
A EDITORA

-Bom dia. - Disse-me ela. Quando escutei a voz de um timbre aveludado saindo daquela boca sensual de lábios bem carnudos num rosto todo simétrico a primeira pergunta que me fiz foi: "Porque ela não está atuando na televisão, no cinema ou desfilando em alguma passarela?" Logo após pensar isso já me policiei buscando o porque de ter tido tal pensamento. Parece que nós homens não podemos ver uma mulher bonita que já a imaginamos numa vitrine como se fosse um produto. Como se mulher bonita não pudesse ter sua beleza com exclusividade para um homem em particular. De onde vem esse sentimento e posicionamento masculino? Viria por acaso da traição que supostamente Adão sofreu lá no início da história? Ou seria uma tática fora dos padrões originais para o qual a beleza existe? Se é uma tática errônea de onde teria se originado? Porque pelo que sei, a beleza de uma mulher tem a finalidade de atrair um homem belo e com ele ter frutos mais belos ainda. Mas...
Meu hemisfério cerebral do lado racional no conformismo dizia: uma pessoa bela não deve ser de uma única pessoa, mas deve se apresentar ao mundo de muitos amores...Seria uma arte manha de homens covardes que não querem valorizar a mulher bonita e a vulgarizam? Seria então a pessoa bela prisioneira da própria beleza que estaria condenada a viver se dando ou se esquivando das investidas constantes de todo tipo de homens? E isso valeria também para os homens bonitos?
Ela aparentava ser uma secretária de bem com a vida. Tinha cabelos bem tratados como os de uma executiva bem sucedida. Mas curiosamente a ponta da asa de um beija flor parecia querer voar para fora dos padrões de sua blusa de golas por baixo de um blazer vermelho carmim em harmonia com o batom.
-Bom dia. - A cumprimentei estendendo-lhe a mão. Ao ouvir o timbre robusto de minha voz ela abriu um pouco mais o par de olhos brilhantes. Levantou-se atrás do balcão da recepção passou a língua sobre os lábios grossos realçando ainda mais sua boca sensual.
-Em que posso lhe ser útil? - Perguntou-me com mais doçura na voz.
-Marquei uma entrevista com o Editor Odilon às 10horas e 10minutos.
-Deixe-me ver a agenda. Sente-se, por favor. - Ela indicou-me a poltrona da sala de espera da recepção. - Tem água, chá ou café se preferir. Fique a vontade. - Ela pareceu ser uma mulher que domina o ambiente à sua volta. Fazia duas coisas simultâneas; olhava-me e folheava a agenda. - Vejamos aqui está 10horas e 10minutos. Dertom é seu nome?
-Sim. E você como se chama?
-Dieliny.
-Prazer em conhecê-la Dieliny.
-O prazer é bom Dertom.Um manjar dos deuses como dizem. E fazer o que se faz com vontade é mais prazeroso ainda. - Aquelas palavras ditas com o tom de voz que usou, fez meu cérebro de homem predador processar em mutirão... - Você está a quarenta minutos adiantados.
-Penso sempre estar na hora certa, no lugar onde devo estar Dieliny.
-É melhor chegar adiantado do que atrasado, o bom da festa pode estar no início... Gostei do som da sua voz ao pronunciar meu nome...
-Hummm... Que bom! Creio que há uma voz dizendo o momento de sair e de chegar, basta ouvi-la e atender. O bom da festa também pode ser esperar por ela acontecer. A gente cria muitas expectativas e a ansiedade valoriza a festa.
-Também. Você é Calvinista? - Ela pareceu me estudar em detalhes enquanto perguntava...
-Um Calvinista é um homem predestinado a Calvície? - Ela riu-se iluminando a sala com seu sorriso. Seus dentes bem alinhados causam uma sensação muito agradável e o som do riso me alegrou por dentro...
-Desculpe-me, mas foi engraçado. Você não sabe o que é um Calvinista?
-Sei, mas queria ver o nível de seu senso de humor. E adorei o seu sorriso. Muito lindo e cativante!
-Obrigada. - Ela passou a língua sobre os lábios carnudos outra vez e mexeu nos cabelos com um gesto encantador... Pareceram emanar luzes... Diria que foi um movimento de feminilidade intencional a mexer com meus neurônios. Um dos gestos mais lindos que já vi uma mulher fazer ao vivo, tendo eu como meta, minha atenção como alvo. Bingo. Ela acertou na mosca...
-Não sou adepto da teoria da predestinação absoluta de Calvino, acho que Deus o criador é absoluto e nós, hoje, somos relativos então quanto ao que Ele estabelece creio no absolutismo, mas quando a nós nem sempre cumprimos nossa porção de responsabilidade, ai Albert Eisten entra em cena com a teoria da relatividade... Porém, mesmo na tal relatividade enfatizada por ele há uma característica absoluta. É só procurar e lá estará. Há uma mão invisível por de trás de tudo que se move. Há um ser pensante antes da criação ganhar forma.
-E qual é a sua teoria diante das teorias? Tem uma que seja sua?
-Dieliny. O poeta Mário Quintana escreveu algo mais ou menos assim:
"Uma pobre família teve um filho pobre. O menino cresceu e quando rapaz uniu-se com uma moça mais pobre ainda. A moça ficou grávida, nasceram-lhes filhas, eram três. De tanta pobreza eles não tinham nem nome para dar às gurias. Elas cresceram sem nome. Certo dia a morte bateu na porta do casebre de uma delas e perguntou; - "Como te chamas"? - E a menina amedrontada com a presença macabra disse; - "Sim". - A morte a levou. Passado o tempo à morte bateu na porta da palafita de outra das irmãs e friamente perguntou: - "Como te chamas"? - E ela com medo da mão gélida da morte disse; - "Não"! - Mas a morte impiedosa a levou também. Algum tempo depois a morte esmurrou a porta da casa da última e arrogantemente perguntou; - "Como te chamas"? - Ela olhou indiferente no fundo dos olhos da morte e respondeu serenamente; - "Talvez". - "Ela está viva até hoje"...
-Inteligente a filosofia do Mário Quintana. Ele era um excelente poeta. Tenho uma agenda dele que guardo com muito carinho, foi presente de um amigo Gaúcho de Porto Alegre, tchê!
-Eu continuo sendo fã do meu conterrâneo. O acaso Dieliny, talvez surja quando Deus não quer assinar Sua obra.
-É talvez seja mesmo. Você é um escritor, certo?
-Certo Dieliny. Também sou escritor.
-E sobre o que você escreve?
-Já escrevi versos, poemas, poesias. Compôs músicas. Já escrevi auto ajuda, historinhas infantis, uma peça teatral, um romance ideológico e agora iniciei uma história que creio ser inusitada.
-E é esta que vai apresentar ao editor Odilon? Qual é o título?
-É sim. O título é "A DUPLA FACE DA HUMANIDADE".
-Título bastante abrangente. Sobre o que é esta história?

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