Neighbor || Cashton /Muke Au!¡

31; Final, ou começo?

Luke;

Há duas semanas atrás eu acabei ficando doente, não sei o porquê mas fiquei. Eu detestava quando ficava doente porque minha mãe me privava de fazer as coisas e eu era obrigado a ficar no quarto, tomar remédios e comer comidas estranhas. E, isso é duas vezes pior quando sua mãe é médica.

Bem, eu melhores da virose mas, continuava me sentindo fraco e sem muito ânimo minha mãe ficava me olhando estranho ela ia me perguntar algo quando, de repente o Ashton entra, branco como se tivesse visto fantasmas. Ele olhou para a mamãe e desabou. Literalmente ele caiu no chão desmaiado.
Minha mãe o pegou no colo e o colocou em cima do sofá, checou a temperatura dele e a pressão e minutos depois ele acordou.

- O que aconteceu? - Mamãe perguntou. Eu sentei ao lado dele e o encarava também.
- Eu.... Mãe eu... - ele começou mas logo depois foi interrompido pelos próprios soluços. Eu fiz uma cara confusa. - Mãe me desculpa. Eu... Eu não fui cuidadoso... - falou.

- Ashton, do que você está falando? - mamãe perguntou mais uma vez.

- O Calum mãe. - Ele a olhou firme e logo falou. - Eu vou ser pai. - olhei para a mulher à minha frente, que tinha o semblante sério. Ela respirou fundo e voltou a encarar Ashton.

- Como? - e então Ashton explicou o que aconteceu. Falou de que o moreno não vinha se sentindo bem e que fizera uns exames, dentre ele o de sangue, e segundo ele, acusou que havia um feto ali. Ashton continuou chorando baixinho.

-- Vocês querem esse filho? -- ela perguntou e ele a olhou.

- Sim mas... Somos muito novos mãe. - ele coçou os olhos.

- Pensasse isso antes de fazer coisas de adultos, Ashton! - ela reclamou.

Levantei dali e fui para a cozinha. Eu estava um pouco chocado, eu me perguntava "e se fosse eu ali?" com certeza eu ficaria muito abalado, me xingaria por ser tão descuidado.

Chacoalhei a cabeça na tentativa de afastar os pensamentos e a senti pesar. Logo, pontos pretos voavam ao redor de mim, sentindo minha vista falhar e tudo ficou preto.

Quando eu acordei estava tomando soro. Mamãe falou que fizeram alguns exames em mim e que ainda não disseram o que eu tinha, mas que ela desconfiava. Eu a perguntei o que era mas ela disse não ser nada de importante.
Voltamos pra casa assim que o meu soro acabou e fui direto pro meu quarto. Acabei dormindo.

Quando acordei novamente, o Calum estava entrando no quarto.

-- Lukey? -- chamou baixo.

-- Oi. -- Falei. Ele se aproximou e sentou ao meu lado. Seu rosto estava levemente inchado e os olhos vermelhos. - Andou chorando Cal?

- S-Sim. - murmurou. Olhou pra suas pernas, que estavam cruzadas em posição de índio.

- Quer contar? - Ele assentiu.

- A Mali-Koa, de novo. - ele falou, uma lágrima escorreu em seus olhos.

- O que ela fez? - perguntei já indignado. Aquela garota me tira a paciência.

- Então, tudo começou porque eu estava me sentindo mal esses dias. - ele falou e passou as costas das mãos no rosto. - Aí, a mamãe me levou no hospital, eu fiz uns exames de sangue porque estava um pouco pálido, e... - engoliu em seco. - Eu estou grávido. -- falou. O abracei. Falei que também estava meio ruim esses dias e que havia feito um exame mas que ainda não deram o resultado.
- Mas, o que a Mali-Koa fez? - perguntei.

- Quando ela soube, ela se revoltou Luke. - falou. - Ela me bateu na frente da mamãe, inclusive eu tenho uma marquinha da unha dela. - arregaçou a manga do suéter e pude ver um vergão em seu antebraço, que ia até seu ombro.