Acordei era 5h30, porque eu demorava um pouco para me arrumar, e na primeira vez em anos, eu queria me arrumar, queria estar bonita. Talvez para dar uma boa impressão na minha equipe, para mostrar para o Dr. Santiago que eu podia ser bonita, perai. To pensado nele? Eu não acredito, Helena a onde você está com a cabeça. Definitivamente estou me arrumando para meus pacientes, e como minha professora Vilma dizia, pacientes já estão mal demais para nos verem com cara de bunda, temos que estar bonitas para alegrar o dia dele. Então é por ele que estou indo me arrumar, eu era boa em me enganar. Passei um pouco de base e bastante corretivo porque eu definitivamente precisava de corretivo, passei bastante rimel, porque se tinha uma coisa que eu achava bonito eram cílios grandes. Fiz uma trança, meus cabelos eram de uma castanho claro, meus olhos cor de mel com os cílios grandes tinham ficado muito bonitos, passei um pouco de blush para marcar minhas maças do rosto. Completei com um batom nude matte. Quando coloquei minha calça branca uma básica branca, percebi o quanto eu estava magra. Sai do quarto, enquanto minha mãe dormia. O dia estava muito bonito um sol incrível, não sei se era eu que estava tão feliz por finalmente estar ir trabalhar.
Cheguei ao hospital e cumprimentei as meninas da recepção, e fui até ao Rh a onde a Vanusa estava abrindo a porta.
- Oi Vanusa, vim buscar meu crachá. – Sorri para ela, e ela me retorno com um sorriso simpático e uma cara de sono.
-Ah, verdade. Vem entra. – Ela me puxou para dentro. – Você estava muito bonita.
Foi quando olhei para a Vanusa, ela tinha um estilo peculiar para se arrumar, ela estava com sapatos beges, meia-calça roxa, saia até o joelho marrom e um casaco verde abacate.
-Você também, esta ótima – Tentei parecer o mais imparcial possível.
-Se acha? As vezes eu acho que exagero um pouco sabe – Ela começou a rir, com uma risada muito engraçada, e eu fui obrigada a começar a rir com ela.
-Acho sim, para ser sincera, você tem uma personalidade, afinal hoje em dia somos condicionados a viver na moda. – Fiquei olhando para ela enquanto ela me entregava meu crachá com meu nome e coren. Foi quando preferi não ter falado nada.
-Mas eu faço moda, por isso acho que estou muito mais avançada do que as pessoas. – Seu sorriso era inocente e sincero. Por que por algum minuto achei que ela estava brincando comigo.
-Acho que a gente vai ser ótimas amigas, Vanusa – Eu disse saindo do Rh. Foi quando dei de cara novamente com o Dr. Pedro.
-Então já fazendo amizades? – Ele me olhou sorrindo.
-Tentando, desculpa mas tenho que ir, não quero chegar atrasada na sala do médico da UTI. – Falei já saindo. Foi quando ele andou até mim e parou na minha frente.
-Você não vai chegar atrasada, porque você já esta com o médico RT da UTI. – Meu olhar foi visivelmente de decepção, eu não queria que o meu colega de serviço, o chefe da UTI fosse o cara que estava dando em cima de mim.
-Hm, eu não sabia. Desculpa – Abaixei a cabeça.
-Até parece que você não gostou, prometo que eu não mordo, a não ser se você pedi. – Meu rosto coro na hora.
-Pode ter certeza que ela não vai pedir – Uma voz de uma mulher ao meu lado me salvou. – Oi, meu nome é Rebeca, sou a técnica de enfermagem da UTI, se eu fosse você não dava muita bola para o Pedro, ele gosta de incomodar as novatas. – Falou, estendendo a mão para me cumprimentar.
- Você é uma estraga prazeres Rebeca, não dê bola para ela Helena, é amor reprimido por mim. – Ele piscou e foi andando na nossa frente.
Eu a cumprimentei e agradeci com uma leitura labial, ela sorriu. Naquele momento, fiquei feliz porque eu estava começando uma nova vida, com novas pessoas, novas amizades, longe de todo o mal que Alessandro me causou. Chegando a UTI, foi apresentada para a equipe da UTI, éramos seis técnicos de enfermagem, eu e o Dr. Pedro. A UTI tinha tudo que eu podia imaginar de um hospital particular cinco estrelas tinham três pacientes internados, então Dr. Pedro e a Rebeca ficaram me passando como funciona tudo e os casos do pacientes, me mostraram a parte administrativa, que no caso era minha função, evoluções, contagem de despesas, horários, equipe de parada, enfim tudo. O dia foi maravilhoso, eu poderia parecer uma garota frágil e inexperiente, afinal eu tinha 23 anos. Mas consegui demonstrar para a minha equipe que eu tinha conhecimento e personalidade. Estava tirando o meu jaleco, quando Dr. Pedro entrou na sala de enfermagem.
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A cura da paixão
RomanceHelena enfermeira recém formada e conseguiu o emprego dos sonhos em outra cidade, acaba unindo todas as coisas que sempre desejou, fugir de um passado amoroso e ajudar a sua mãe na recuperação da sua saúde. Doutor Santiago é o médico e administrado...