o começo

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Bom, minha vida começa a 50km de distância. A maravilhosa Washington,que deixou de ser maravilhada por minha pessoa a um bom tempo na verdade. Sou filha de um inglês e uma alemã,duas pessoas desprezíveis por mim. Aliás minha tia é a única pessoa que se importa comigo. Meus pais:
Infinitamente grossos,chatos,preconceituosos e tudo de ruim que uma pessoa poderia ter para eu a odiar. Por isso aos 16 fugi de casa. Isso mesmo,eu simplesmente peguei o meu celular é computador,algumas roupas e grana que tinha e fugi de casa a noite sem ninguém perceber a não ser pelas únicas criaturas que eu amo naquela casa. Meu irmão e minha cachorra. Meu irmão de 6 anos se chama Matheu e minha cachorra de 2 anos se chama blek. Estava tudo ocorrendo como deveria,até eu ir no quarto de Matheu dar um beijo em sua testa.
Eu tinha pegado minhas coisas e fui até a cozinha e uma bolsa de pano,fiz dois sanduíches de queijo e coloquei na bolsa junto com duas caixas de coca-cola. Depois fui ao quarto de Matheu dar um beijo nele e depois ir embora de vez daqui. Por sorte consegui entrar sem fazer barulho em seu quarto que estava um gelo que até tremi quando entrei,e logo me perguntei se ele já não tinha virado picolé já que estava descoberto. Andei até sua cama e beijei sua bochecha e balbuciei um adeus,logo em seguida coloquei a coberta por cima dele. Ao colocar os pés fora do quarto ouvi uma voz.
-Hagatha?
Me virei e fui em sua direção.
- oi meu amor,só vim lhe dar boa noite! Volte a dormir agora está bem?
-sim. Matheu era esperto,até achei estranho não ter se intrigado com as minhas roupas,(uma calça legue com meio que tecido de jeans azul marinho colada e uma camiseta no meio da barriga que estava coberta por um casaco azul de tigre igual a do Harry da one direction no clipe de drag me alguma coisa) no meio da noite,mas provavelmente o sono lhe dopou mesmo. Me despedi e daí do quarto com uma dor no coração. Passei pela porta da frente e voltei imediatamente a mesa da sala central pegando dentro de um vaso uma carteira de cigarro, e aí sim saí de casa. Não sabia a onde ir direito, a rua estava movimentada,os bares da cidade estavam cheios e eu não ia ficar andando por aí as 2:45, era muito perigoso. Tentei ligar para uns amigos. Dilan foi quem me veio na cabeça mas a droga do celular descarregou com a minha inteligência não o deixei carregando antes de sair de casa. Aí eu lembrei da minha tia alidne que morava a uns 15 quarteirões dalí. Era longe,mas era minha única escolha. Andei bastante até que finalmente cheguei. Toquei a campainha e lá estava ela me recebendo como sempre de braços abertos. Contei tudo a ela que ficou até assustada com minha coragem, mas não me julgou como sempre.
-Bom dia dorminhoca! Acordei com minha tia batendo na porta me chamando para tomar cafe.
- Dormiu bem querida?
- sim! Como nunca!
- Quer queijo?
- Sim! Achei que teria que comer os sanduíches com coca-cola que coloquei na minha mochila. Nós duas rimos.
-Querida,eu sei que foi difícil pra você  ter que  passar a infancia morando debaixo do mesmo teto que duas pessoas deeprésiveis que são minha irmã e seu marido desde que descobristes como eles são de verdade. Mas você não acha meio injusto com seu irmão pequeno,ingenuo e inocente? Não que eu queira colocar a culpa em você não viu!?!?
-Não,não eu sei. Entendo.
-Oque eu quero dizer é que se seu irmão perceber a verdade sobre os pais,que não são pais nada bons,e ainda ter perdido a irmã...coitado, sabe.
-Sim,mas...oque você sugere? Que eu 'sequestre' ele?-Não sei mesmo oque fazer.
-Não sei querida,talvez eu esteja exijindo muito de você. Ela falou com o olhar sincero.
E foi mais ou menos assim que eu fugi de casa,meu irmão? Sabia que crescer com os pais que ele tem não seria a melhor coisa para se passar na infância,mas sabia que cuidariam do filho dele. Hoje ele tem 14, e a última vez que o ví tinha 12. Liguei pra casa e felizmente ele atendeu, e não seus pais. Falei com ele para me encontrar num bar perto de casa,ele tinha liberdade o suficiente para sair de caa sozinho,eu estava na casa de minha tia ainda na época. Nós conversamos,perguntou porque,porque eu sai de casa,porque o abandonei. Falei que mais tarde entenderia,que depois o explicaria tudo.
-Qual é Haghata? Eu tenho 12 anos,posso entender! É só me falar, por favor.
-O Matheu, eu não posso. Meus olhos marearam,eu o abracei e fui embora.
-Mas porque já vai? Não pode ficar?
-O,eu...Não-finalmente falei com muita dificuldade,não queria deixa-lo- posso. Mas vou te dar meu número ok? Assim nós nos conversamos mais não é?!?
-Está bem!
-Mas quero que me prometa uma coisa,não conte a ninguém,ninguém mesmo que me encontrou,está bem?
-Nem mesmo nossos pais?
-Eles não são...Não nem mesmo nossos pais. Ele foi embora e eu também, e assim foi a última vez que nós vimos.
Eu parei o carro e desci. Bati na porta de Beth,ela é minha melhor amiga. Moramos juntas. Beth abriu a porta. Já eram 9:20 então comemos e eu dormi.

HAGATHAOnde histórias criam vida. Descubra agora