Naquela época não se via medo, não tínhamos medo de sair de casa e podíamos ser felizes como qualquer pessoa daquela época. No dia 16 de abril de 2149, eu chamei-a para sair, estava linda usando um vestido branco com seus cabelos longos e vermelhos, com olhos grandes e azuis da cor do mar, eu já não controlava os meus olhos, simplesmente não conseguia parar de olhar aquela moça que amava tanto, mas infelizmente eu não sabia que aquele momento seria um dos últimos momentos do nosso amor.
Nesse dia estávamos no cinema, decidimos tirar um tempo para se divertir e sair do stress do trabalho. Enquanto víamos o filme ouvimos um barulho bem parecido com uma explosão, um estrondo que estremeceu todo o cinema, todos estavam confusos, sem saber o que tinha acontecido. As portas do cinema tinham sido fechadas por desconfiarem de um ataque nuclear, os seguranças tentavam manter a calma das pessoas mas cada vez via-se mais panico no rosto de todos. Logo após a situação se acalmar, saímos de la e fomos direto ao carro para voltarmos pra casa. No caminho começamos a ver em alguns televisores noticias de que ocorreu uma explosão em uma usina nuclear próximo do cinema onde estávamos.
Jornal:
"Ocorre explosão na usina nuclear Charles Darwin!! O ocorrido foi nesta tarde exatamente as 16:30, foi comunicado pelos donos da usina para não entrarem em panico pois segundo aos cientistas da área o local que explodiu não causará nenhum tipo de lesão ou anomalia em ninguém"
Mesmo com o comunicado as pessoas ainda sim entraram em pânico, com isso, minha única missão naquele momento era chegar em casa o mais rápido possível com minha noiva, pois apesar das noticias para que os cidadães se acalmassem, eu ainda tinha noção dos riscos de uma explosão mesmo que em proximidades de uma usina nuclear.
A estrada que pegamos estava totalmente desolada, não tinha sequer um ser vivo caminhando por ali, começamos logo a ficar preocupados e resolvi acelerar mais o carro. Mais a frente chegamos em um local que tinha dois caminhos para seguir, um longo que passava pela casa de minha sogra mas que ainda sim era o caminho de casa, e outro mais curto que levava direto até nossa casa. Perguntei-a se queria seguir para casa ou passar na casa de sua mãe para nos abrigarmos com eles em um momento delicado desses, logo ambos decidimos ir a casa de minha sogra, tudo parecia tranquilo até demais pois em nosso caminho não víamos nenhuma forma de vida, a brisa do vento quase não fazia efeito sob as folhas das árvores [...]
[...] tudo aquilo mudou em um piscar de olhos.
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Voltando por você (em revisão)
Science FictionO mundo é repleto de surpresas, milhares de pessoas andando pelas ruas cada uma com os seus pensamentos, problemas, intenções e psicoses. Algumas coisas que acontecem na vida deixam marcas e muitas das vezes você não consegue se livrar delas, mas ai...