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Ao olhar o teste de gravidez em minha mão comecei a suar frio e minhas pernas bambearam, precisei sentar no chão pra poder me acalmar.

Resultado: Positivo

Como eu iria contar a minha mãe? Era só com ela que eu vivia...

O pai da criança havia se mudado há algum tempo para capital e eu estava totalmente nervosa.

Olhei mais uma vez o teste de gravidez pra ver ser era mesmo verdade. E era.

Procurei desesperada pelo meu celular na bancada da pia e busquei nas ligações recentes o contato de minha mãe. Sim, eu era uma filhinha de mamãe.

Quando ela atendeu o celular na sexta chamada eu logo desabei a chorar.

-Filha? O que houve?

-Mãe- disse solução- eu...grávida.

Eu estava completamente desesperada e o silêncio do outro lado da linha era agonizante.

-Mãe, me perdoa.

-Filha...eu não sei o que dizer.

-Socorro- disse por não saber o que fazer.

Eu estava muito pior que cego em tiroteio, e como vovô dizia: bala na boca de banguela.

-Filha, calma. Eu...não...te quero mais em casa.

O QUE?

Eu não havia acreditado em uma palavra e acabei por soltar um grito assustado e ouço um riso abafado. Não vinha do telefone que agora a ligação estava encerrada, mais atrás de mim.

Logo me virei atônita e morrendo de medo, quase fazendo xixi nas calças.

Quando olhei a pessoa pequena encostada no batente da porta do banheiro desabei em mais lágrima.

-Sério mãe?

-Claro que não filha. Eu te amo e nunca vou te abandonar- disse abrindo os braços- Agora vem cá.

Eu corri até ela e a abracei tão forte que fiquei com receio de machucá-la.

-Eu também te amo mãe.

Grávida?!Onde histórias criam vida. Descubra agora