Sempre fui dessas jovens que imaginam muitas histórias, na verdade, já vivi mais no imaginado do que no real.
Mas comecei a dar realidades as várias faces existentes dentro de mim, e a que vou contar agora é a que fica em um Mundo inexistente, meu Mundo. Onde eu me represento e posso representar você também.
Afinal, nós leitores temos um "algo em comum" e essa "loucura" vem dos mesmos lugares dentro de nós.
Acordar e lidar diariamente com uma vida nada interessante faz com que você passe a imaginar o improvavel e como seria bom realizar essas loucuras, depois de um tempo você passa a pensar que está enlouquecendo de verdade.
Sabe quando você lê um livro, aí você se imagina vivendo tudo aquilo e trás aquela história pra sua vida.... Olha algo na Rua e lembra de um perssonagem da sua saga favorita, namora com o protagonista e aquilo acaba se tornando tudo pra você, bem mais que as pessoas, bem mais que tudo.
E aí o livro chega ao fim, o desespero toma conta de ti e você acha que não sobreviverá a isso.
Até que chega o próximo livro, sua próxima nova vida, seu próximo sonho; e isso simplesmente vai acontecer de novo, e de novo.
Mas de um jeito ou de outro, mesmo tão previsível, livros contém algo que nos preenche, algo que nenhum "alguém" nunca conseguirá ter.
Não sei se é só comigo, mas acho que deve acontecer com todo mundo; em especial com os tarados por literatura como eu; mas por várias vezes me pego conversando comigo mesma sobre a vida e acabo me inspirando até de mais; confesso que tenho passado por momentos de loucura do tipo, isso me faz pirar ainda mais as vezes.
Nessas horas eu faço minha autobiografia mental, aí eu acabo me inspirando mais e mais, e imaginando como deveria ou não fazer as coisas. Aí eu entro em um dos meus mundos literários, tenho vontade de ser um personagem e me encontro novamente com meus amigos, meus inimigos e amores fictícios; quando noto novamente que como leitora e pessoa, sou também meio psicopata e maluca; mas depois eu supero, eu sempre supero; pra depois fazer tudo de novo, e de novo.
Sei lá, mas o estranho, e por um lado ruim de ler é q vc passa a desejar mais das pessoas, quer q elas sejam tão boas quanto a de seus livros, como se isso fosse possível.
Vc vivência atos tão especiais que nunca poderiam acontecer de verdade.
Creio que todo leitor é meio louco, meio sem juízo, meio obcecado…É que cada leitor trás contigo cada um de seus personagens, cada uma de suas personalidades em uma só face; a face que cada leitor e cada pessoa tem.
Mas o mais curioso é o fato de que os livros também nos ajudam a lidar melhor com nossos problemas, com nossos sentimentos; ou simplesmente nos destraem e fazem com que possamos esquecer deles.
A pior parte é saber q NUNCA encontrarei alguém tão perfeito quanto meus amigos e namorado literário, nós brigamos mas sempre dá certo, porque eu sou perfeitamente feita pra eles, assim como eles foram feitos pra mim e mesmo q milhares de pessoas que os leram pensem como eu, sei que a história muda com os pensamentos de cada leitor e que mesmo sendo os mesmos eles são únicos pora cada um que os descobre.
E essa história de julgar o livro pela capa funciona comigo na maioria das vezes, mas só nos livros mesmo porque no caso das pessoas eu sempre acabo errando; imagino coisas que nem sempre são reais e muitas das vezes acabo colocando sobre ela expectativas grandes que ela nem nunca preenche. Mas o pior é quando a descrição não corresponde com a história; não adianta dizer que é romance se for terror. O pior tipo de cafajeste é aquele que se disfarça com fantasia de bom moço; defeitos todo mundo tem, errar todos eram, mentir pode melhorar sua primeira impressão mais vai detonar seu caráter depois.
Um dia as cortinas fecham, as máscaras caem, o livro acaba; e só depende de você como irá continuar.
As pessoas são livros, cada um vive e escreve sua história.
Sei lá, é complicado demais, as vezes bate aquela vontade de desistir, de fugir. Aquelas horas que você lembra que faz tudo errado ou se pergunta porque você pode ser alguém tão ruim.
Nesses momentos a gente(pelo menos eu) tento me refugiar neste meu mundinho particular de sempre, aí me vem a dúvida se gosto mais de ler ou escrever, nas horas erradas e nos momentos mais inoportunos.
Por isso FACE DE UM LEITOR é um tipo de texto sem fim, com eternos nexos bons e ruins que me surgem assim do nada; uma espécie de desabafo contínuo com diário público e bilhete mal escrito. Em que em cada linha passo de forma aquilo que me vem em mente de maneira implícita, coisas que simplesmente não sei explicar, mas que acredito que todos nós temos dentro de nós. Então, você deve estar perguntando-se, oque o conteúdo teria a ver com o título, já que todos seríamos iguais, leitores ou não leitores, bom, apenas acho que o leitor em especial tem a maior facilidade de detectar isso, assim como tem o poder de lidar mais facilmente com os problemas dos outros; sei que estou meio que confundindo as coisas, mas é que nós estamos sempre deixando nossos problemas de lado para ajudar todo mundo; teoricamente falando, largamos nossos problemas para resolver a vida do nosso protagonista traumatizado, ou apaixonado, ou acabado, ou simplesmente infeliz; então, é fácil resolver os problemas dos amigos mesmo quando estávamos ocupados demais tentando resolver nossos próprios problemas, consertando nossos próprios erros, construindo nossas próprias barreiras, renovando nossas próprias esperanças, ou pelo menos, oque restou delas. Nós leitores, por alguma razão que desconheço geralmente transmitimos confiança.
É como se fossemos experientes demais para um alguém que muitas das vezes não tem uma vida emocionantemente movimentada. Mas os livros são os acréscimos da mente, a experiência do inevitável, o treinamento psíquico do impossível; livros são o conteúdo que você NUNCA encontrará em ninguém; você achará vários abaixo dos livros, talvez possa um dia encontrar alguém acima deles, mas ninguém poderá ser como ele.
O único defeito dos livros são terem um fim, enquanto o defeito do ser humano é por ponto final onde deveria haver reticências… Desistir de um recomeço e parar por alí mesmo, e assim acabar com as possíveis vírgulas e parar sem um próximo parágrafo.
As pessoas, querendo ou não usam máscaras, todo mundo tem seu lado(máscara) tímido, e outro totalmente desinibido, por exemplo.
Liberte suas máscaras, arranque-as e demonstre como realmente está, ninguém é feliz 24 horas por dia, a verdade liberta; chore, ria, cante, grite, liberte-se, sem machucar os outros, porém, trazendo a si mesmo aquele sentimento maravilhoso de alívio.
Confie em poucos, seja de confiança sempre.
Tente fazer coisas pra os outros nunca fizeram por você. Cultive sonhos, corra atrás deles e sempre esteja querendo mais; forme objetivos, seja oque precisa ser, escute oque os outros tem a lhe dizer, porém leve contigo oque for bom e do resto, simplesmente livre-se. Ninguém precisa de restos para sobreviver.
É estranho como nossos gostos mudam, com o tempo paramos de gostar daquelas coisas sem sentidos, queremos ver coisas que podem acontecer.
Oque era bom passa a não ser tão bom assim.
Vc encontra novos amigos, e continua buscando neles coisas tão boas como as de seus amigos literários e acaba descobrindo coisas ainda melhores.
Decide abandonar seus livros velhos e busca novos livros; deixa de lado suas velhas atitudes, assim como deixou seus velhos brinquedos. Você amadurece por dentro e por fora a cada dia.
Abre novas portas e muitas vezes fecha as velhas portas. Enxuga as lágrimas e encontra novos motivos para sorrir.
Aprende com cada pessoa que passa por sua vida e sente saudade de cada momento vivenciado; se arrepende das besteiras que já fez e se dá conta de que não dá pra voltar atrás.
Aprende a agradecer mas do que pede.
Aprende que dar presentes é ainda melhor do que recebermos.
Aprende que pra ser feliz não bastam palavras.
Aprende que só quem sonha consegue alcançar, mas que não basta apenas sonhar se você não correr atrás dos seus sonhos.
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Face de um Leitor
RandomSimplesmente sentimentos implicitamente expostos e a relação deles com os livros e com as reações sobre fatos adolescentes(e que as vezes podem ser considerados meio dramáticos) passados por jovens leitores que simplesmente vêem os livros como algo(...