Algumas horas depois de meus amigos irem embora me pego pensando se devo ou não falar com o Arthur. Eu sinto falta dele, não tanto como nos outros dias mas tem muitas coisas que me fazem lembrar dele. Queria que pudesse ser fácil, sei que ele viria comigo se eu o chamasse mas ele está bravo comigo por ter escondido aquela carta.
Quando dou por mim estou batendo na porta do seu apartamento. Não sei o que dizer para ele, se passou mais de uma semana, não posso dizer apenas "me desculpe". Seria muito idiota da minha parte e injusto para ele.
Agradeço mentalmente por ninguém ter atendido e me repreendo por não conseguir me controlar. Assim que viro para ir embora a porta do elevador é aberta e Arthur sai do mesmo com sua mãe.
Droga.
Sei que ele já me viu mas decido ir correndo para o meu apartamento de qualquer maneira. Não quero conversar com ele enquanto a mãe dele está no cômodo ao lado. Sei que fui covarde por ter fugido mas eu não posso fazer isso.
Meus pensamentos são interrompidos por uma batida na porta. Meu coração para por alguns instantes e eu fico petrificada no local onde estou, como se meu cérebro não mandasse os comandos necessário para o meu corpo.
Comesso a andar em direção a porta e quando abro a mesma meu coração comessa a bater mais rápido e uma onda de frio é percorrida por todo meu corpo, minhas mãos tremem, não sei o que fazer.
- Oi. - Arthur diz coçando seu pescoço.
- Oi. - Abro minha boca para dizer mais alguma coisa mas quando percebo que não sei o que quero dizer decido ficar em silêncio.
- O que você queria? - Ele pergunta. Sua voz está calma, e não parece nada com o Arthur que que gritava comigo a alguns dias atrás. Esse era o Arthur pelo qual me apaixonei.
- Só queria falar com você. A gente ainda não resolveu os nossos problemas e eu queria... - O que eu queria?
- Concordo com você. Não devia ter gritado com você naquele dia, desculpa.
- Entra. - Digo quando percebo que ele ainda está na porta. Com um pouco de relutância ele entra na sala e observa cuidadosamente os meus movimentos.
- Eu que devo pedir desculpas. Aquela carta tinha chegado naquele dia, mas eu não quis te dizer por que sua mãe estava aqui e ela parecia tão feliz e você também. Não queria falar disso. - Digo um pouco tímida.
- Eu devia ter te escutado. É só que... - Ele para a meio da frase.
- Continua. - Incentivo.
- Eu fiquei com medo de você ir embora e terminar comigo. Eu te amo muito e não quero te perder. - Suas palavras me atingem com força total.
- Não iria me perder, eu recebi outra carta essa semana, de uma universidade perto daqui, fica a umas duas horas de viagem, eu posso vir para cá todos os fins de semana e você também pode ir para lá. - Digo como se aquilo fosse resolver o nosso problema.
- Não. Eu sei que Londres é o seu sonho, não é o meu mas eu quero que você vá.
- O que?
- Você ouviu. Vai ser a sua primeira experiência sozinha e em um país diferente e que você gosta, não pode abrir mão disso por minha causa. - Não Digo nada por que sei bem lá no fundo que ele tem razão.
- Então o que a gente faz? Terminamos? Ou você vai comigo para Londres? - Pergunto com cada pedaço do meu coração ja partido torcendo para que ele diga que vai comigo.
- Iria, mas não é assim tão fácil. Eu teria que levar a minha mãe. E ela só iria para a gente ficar perto um do outro. Ela não tem boas memórias de lá, não posso força -la a voltar.
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O Insuportavel Do Meu Vizinho
RomanceAmber tem 17 anos e mora com seu pai em Miami desde que fora abandonada pela mãe. Seu pai não tem muito tempo para ela e, por isso, Amber faz de tudo para chamar sua atenção. Em uma noite de sexta - feira Amber vai a uma festa com seu namorado (Ad...