Quinquagésimo Nono Capítulo- Escolhas

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POV's Slash

       Ficámos aterrorizados ao observar a situação toda e então corremos em direção a Axl para o ajudar, mas Henrique tinha chegado à arma primeiro.

       Estremecemos todos, em silêncio.

        E então, levantando a arma no ar, Henrique apontou-a à sua cabeça.

        E disparou.

POV's Marta

        Começaram a chegar carros da polícia e ambulâncias, mas nada puderam fazer.

        Henrique tinha morrido.

        Não sabia o que era pior: Henrique vivo, sabendo o que ele tinha feito e que poderia voltar a qualquer momento para nos atormentar ou Henrique morto.

        Afinal de contas, não deixava de ser meu primo. Provavelmente vou-me arrepender de pensar isto, mas talvez seja melhor assim.

POV's Duff

      Um peso assombrou-me a consciência. Isto era demasiado para mim, saber que o tinha amado e agora olhar para ele, ali, estendido no chão, morto.

      O concerto foi suspenso e nós, tal como os fãs, abandonamos o estádio, desanimados com o começo desta turnê.

      O azar perseguia-nos todos os passos, a todos os segundos.

      Entrámos no autocarro da banda, que nos ia levar ao hotel. Ia ser a nossa última noite lá, depois iríamos partir para a Pensilvânia, onde iríamos dar um concerto no estádio de Filadélfia.

       -Hey-diz Sofia, passando por mim no corredor, enquanto eu me dirigia ao meu quarto- Sentes-te bem? Eu sei que isto é bastante difícil para ti, mas nós vamos ter de seguir em frente e deixar o passado para trás...Queres entrar no meu quarto para, sei lá, falarmos um pouco? Precisas de te animar.

       -Hmm, ok-digo, sem sequer pensar no que estava a fazer ou a dizer. 

         Sentámo-nos no sofá e ligámos a televisão.

      -O que queres ver?-perguntou.

      -Hmm, não sei-digo-Alguma coisa de comédia. Está a dar «Family Guy»?

      -Acho que sim-disse e, levantando-se, foi buscar pipocas-Queres?

      -Sim, obrigado-digo-Onde é que as arranjaste?

      -Bem, digamos que eu assaltei a cozinha-disse e rimo-nos em conjunto.

      -Não sabia que tinhas a habilidade de assaltar cozinhas!

      -Nem eu!

       Continuámos a assistir ao episódio, mantendo uma conversa animada.

       Até começar a chover torrencialmente e, mais tarde, a trovejar, o que fez com que faltasse a luz.

       -Outra vez não-disse, apalpando o sofá, à procura de Sofia.

       -Onde estás?-pergunta esta.

       -Não sei bem.-digo-AAAAAAAAHHHHHHH!

       -O que aconteceu?

       -Caí.-disse. Sofia soltou uma pequena risada.

         Ficámos em silêncio durante alguns minutos.

        -Este raio caiu perto-digo, cortando o silêncio.

        -Como sabes?

        -Depois de veres o relâmpago, contas os segundos até escutares o som do trovão. Divides por 3 e tens a distância. Eu calculei 3 segundos, ou seja, ele caiu a 1 quilómetro.

        -Eu não gosto de trovoada-disse Sofia, espontaneamente.

          Encolhi os ombros na escuridão e dei de encontro com o braço de Sofia.

          Um clarão de raio passou mesmo em frente à janela do quarto e ouvimos um som ensurdecedor logo de seguida. Sofia caiu-me nos braços.

          -Vais ter de dormir aqui-disse Sofia.

          -Parece que sim-digo, olhando vagamente para a janela.

          Então Sofia aproximou-se de mim e beijou-me suavemente.

          -Espera-digo-tu não sabes o que estás a fazer... Nós estamos cansados disto tudo e tu também não...

          Mas Sofia não me deu tempo de continuar a falar. Empurrou-me para a cama e começou por me despir o casaco de ganga, depois a t-shirt e o resto da roupa, atirando-as para longe.

         -Agora já não podes sair daqui-disse, encurralando-me com os seus braços sobre a cama-Podes fingir que não sentes o mesmo que eu, ou então... Podes divertir-te!

          Eu sabia que isto era errado, mas ao mesmo tempo... eu simplesmente não podia recusar. Eu tentava esconder os meus sentimentos porque sabia que Slash gostava dela, mas Sofia lançava-me olhares sedutores e eu não conseguia mais resistir. Retorqui os beijos sem pensar duas vezes. Tirei-lhe a roupa e acariciei suavemente os seus cabelos, as suas bochechas. 

         Os seus olhos, tal como os meus ardiam de paixão. 

         Estendi-a sobre mim, passando as minhas mãos pela sua pele quente, sentindo cada momento, cada pormenor.

          Eu não podia negar. Esta era provavelmente a melhor noite da minha vida.

          Quando acabámos, Sofia deixou-se cair a meu lado. Não pude deixar de fitar os seus olhos, azuis e profundos, raros, da cor do céu.

           Mas havia uma pergunta que eu tinha de lhe fazer:

           -E Slash?-pergunto, friamente, no meio da escuridão.

            Sofia suspirou.

           -Eu preciso de ser sincera contigo quanto a isso. Eu amo Slash. Ele é doce, carinhoso, por de trás daquela aparência descontraída sabes? Ele é tudo o que eu alguma vez poderia desejar. Mas tu... tu és diferente. És especial. Estar contigo...é como se fosse proibido, é um amor diferente, selvagem.

           -O fruto proibido é o mais apetecido.-digo, com um olhar malicioso.

              Sofia beijou-me outra vez, ferozmente.

           -E se tivesses de escolher?-pergunto, curioso.








You're Crazy (Fanfic de Guns N' Roses)Where stories live. Discover now