POV's Slash
Ficámos aterrorizados ao observar a situação toda e então corremos em direção a Axl para o ajudar, mas Henrique tinha chegado à arma primeiro.
Estremecemos todos, em silêncio.
E então, levantando a arma no ar, Henrique apontou-a à sua cabeça.
E disparou.
POV's Marta
Começaram a chegar carros da polícia e ambulâncias, mas nada puderam fazer.
Henrique tinha morrido.
Não sabia o que era pior: Henrique vivo, sabendo o que ele tinha feito e que poderia voltar a qualquer momento para nos atormentar ou Henrique morto.
Afinal de contas, não deixava de ser meu primo. Provavelmente vou-me arrepender de pensar isto, mas talvez seja melhor assim.
POV's Duff
Um peso assombrou-me a consciência. Isto era demasiado para mim, saber que o tinha amado e agora olhar para ele, ali, estendido no chão, morto.
O concerto foi suspenso e nós, tal como os fãs, abandonamos o estádio, desanimados com o começo desta turnê.
O azar perseguia-nos todos os passos, a todos os segundos.
Entrámos no autocarro da banda, que nos ia levar ao hotel. Ia ser a nossa última noite lá, depois iríamos partir para a Pensilvânia, onde iríamos dar um concerto no estádio de Filadélfia.
-Hey-diz Sofia, passando por mim no corredor, enquanto eu me dirigia ao meu quarto- Sentes-te bem? Eu sei que isto é bastante difícil para ti, mas nós vamos ter de seguir em frente e deixar o passado para trás...Queres entrar no meu quarto para, sei lá, falarmos um pouco? Precisas de te animar.
-Hmm, ok-digo, sem sequer pensar no que estava a fazer ou a dizer.
Sentámo-nos no sofá e ligámos a televisão.
-O que queres ver?-perguntou.
-Hmm, não sei-digo-Alguma coisa de comédia. Está a dar «Family Guy»?
-Acho que sim-disse e, levantando-se, foi buscar pipocas-Queres?
-Sim, obrigado-digo-Onde é que as arranjaste?
-Bem, digamos que eu assaltei a cozinha-disse e rimo-nos em conjunto.
-Não sabia que tinhas a habilidade de assaltar cozinhas!
-Nem eu!
Continuámos a assistir ao episódio, mantendo uma conversa animada.
Até começar a chover torrencialmente e, mais tarde, a trovejar, o que fez com que faltasse a luz.
-Outra vez não-disse, apalpando o sofá, à procura de Sofia.
-Onde estás?-pergunta esta.
-Não sei bem.-digo-AAAAAAAAHHHHHHH!
-O que aconteceu?
-Caí.-disse. Sofia soltou uma pequena risada.
Ficámos em silêncio durante alguns minutos.
-Este raio caiu perto-digo, cortando o silêncio.
-Como sabes?
-Depois de veres o relâmpago, contas os segundos até escutares o som do trovão. Divides por 3 e tens a distância. Eu calculei 3 segundos, ou seja, ele caiu a 1 quilómetro.
-Eu não gosto de trovoada-disse Sofia, espontaneamente.
Encolhi os ombros na escuridão e dei de encontro com o braço de Sofia.
Um clarão de raio passou mesmo em frente à janela do quarto e ouvimos um som ensurdecedor logo de seguida. Sofia caiu-me nos braços.
-Vais ter de dormir aqui-disse Sofia.
-Parece que sim-digo, olhando vagamente para a janela.
Então Sofia aproximou-se de mim e beijou-me suavemente.
-Espera-digo-tu não sabes o que estás a fazer... Nós estamos cansados disto tudo e tu também não...
Mas Sofia não me deu tempo de continuar a falar. Empurrou-me para a cama e começou por me despir o casaco de ganga, depois a t-shirt e o resto da roupa, atirando-as para longe.
-Agora já não podes sair daqui-disse, encurralando-me com os seus braços sobre a cama-Podes fingir que não sentes o mesmo que eu, ou então... Podes divertir-te!
Eu sabia que isto era errado, mas ao mesmo tempo... eu simplesmente não podia recusar. Eu tentava esconder os meus sentimentos porque sabia que Slash gostava dela, mas Sofia lançava-me olhares sedutores e eu não conseguia mais resistir. Retorqui os beijos sem pensar duas vezes. Tirei-lhe a roupa e acariciei suavemente os seus cabelos, as suas bochechas.
Os seus olhos, tal como os meus ardiam de paixão.
Estendi-a sobre mim, passando as minhas mãos pela sua pele quente, sentindo cada momento, cada pormenor.
Eu não podia negar. Esta era provavelmente a melhor noite da minha vida.
Quando acabámos, Sofia deixou-se cair a meu lado. Não pude deixar de fitar os seus olhos, azuis e profundos, raros, da cor do céu.
Mas havia uma pergunta que eu tinha de lhe fazer:
-E Slash?-pergunto, friamente, no meio da escuridão.
Sofia suspirou.
-Eu preciso de ser sincera contigo quanto a isso. Eu amo Slash. Ele é doce, carinhoso, por de trás daquela aparência descontraída sabes? Ele é tudo o que eu alguma vez poderia desejar. Mas tu... tu és diferente. És especial. Estar contigo...é como se fosse proibido, é um amor diferente, selvagem.
-O fruto proibido é o mais apetecido.-digo, com um olhar malicioso.
Sofia beijou-me outra vez, ferozmente.
-E se tivesses de escolher?-pergunto, curioso.
YOU ARE READING
You're Crazy (Fanfic de Guns N' Roses)
FanfictionMónica tem 19 anos e decide afastar-se de Lisboa para começar uma nova vida. Mas quando chega a Los Angeles, envolve-se nas aventuras da banda mais perigosa do mundo, Guns N' Roses. Envolta em amor e repleta de perigo, drama e ação, os per...