O Dominador e a Submissa

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Expostos vergonhosamente
sobre um luar misterioso
Silhuetas excitantes de corpos despidos.

Minha bela e amada gazela
Em seu corpo estou a viciar-me
Em suas bicudas proeminências
Com meus lábios a saciar-me.

A arte em vida, os corpos em combustão
Como uma gazela indefesa
Dominada por um leão.

Suas mãos ágeis e macias
Seguras em meu monumento
Leva toda a sua estrutura
Em seus lábios delicados e sedentos.

Como as raízes de uma grande seringueira
Fundidas à terra fértil e extensiva
Eu sou a seringueira, com raízes penetrantes
Ela é a terra, sendo arada para mais um ciclo produtivo.

As raízes adentram ocupando todo o espaço
A terra treme, com o avanço do tronco da grande árvore
É a submissão prazerosa da fertilidade
Sendo dominada pelo controle do fertilizador.

E o ciclo chega ao fim
A chuva banha o corpo terrestre
Em velocidade espantosa
Num ápice descomunal
Os frutos produzem rápido
E a seringueira derrama seu látex por todo o espaço que lhe foi concedido.

Autor: John Lopes

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