- Acha mesmo que aquela ali ia se derreter com aquela surpresa? - Justin sugeriu.
- Ela se derreteu, no início. Ela apenas se sentiu ofendida quando leu a carta. Acha que a estamos chamando de mentirosa. Só isso.
- Amor. É óbvio que ela está mentindo.
- Ah, Justin. Não sei. A única coisa que sei é que ela tá obcecada com a ideia de você ser o pai da criança. Qual é. Se tem tanta certeza, pede o exame.
- Nós faremos o exame. Você me ajudará com isso.
- O quê? Contra a vontade dela? - perguntei chocada com o que ele acabara de propor.
- Claro. Acha que ela aceitará fazer o teste se eu pedir?
- É. Você tem razão. Mas não podemos... Como vamos fazer isso? - ia dizer que não poderíamos fazer aquilo, mas mudei de ideia e queria saber como seria possível fazer o teste sem o consentimento dela.
- Não sei direito. Mas talvez se conseguirmos no jantar hoje, um copo que ela bebeu água, já ajudaria.
- Ela come no quarto, lembra? - o lembrei de que ela nunca comia na cozinha. Sempre no quarto, ou às vezes fora de casa.
- Ah, é verdade. Então precisaremos de um cabelo mesmo. - ele disse me olhando sério como se aquilo dependesse de mim.
- Ah não, Justin. Não vou brigar com ela não.
- Caitlin. Que outro jeito a gente vai conseguir um fio de cabelo que seja da Megan?
- Não sei, Justin. Você deu a ideia, você que ache uma solução.
Um tempo depois...
Pov Megan.
Hoje eu iria fazer uma ultrasom para saber se estava tudo bem com meu filho. Daqui a pouco tempo o teria em meus braços. Minha única felicidade era aquele bebê. Meu mundo era ele. Minha família e ele eram tudo que eu tinha.
Durante o caminho, ia pensando no dia em que cheguei aqui. O que eles fizeram para mim, foi humilhante. Eles praticamente jogaram na minha cara que eu estava mentindo sobre tudo. Claro que eu menti, todo mundo mente, mas o pai do meu filho tem que ser o Justin. Ele não pode ser filho de quem é. Seria o fim do mundo. Minha vontade não era fazer tudo isso, mas é minha única saída.
- Então, doutora, está tudo bem com o meu filho? - perguntei ao fim da ultra.
- Está sim, Megan. Pelo jeito esse meninão virá ao mundo bem grandão. Não precisa se preocupar com isso. - ela disse sorrindo enquanto eu limpava minha barriga.
- Que bom. É tudo que eu mais quero.
- Ele tem seu nariz. - ela disse enquanto me dava a foto da ultra. Sorri ao pegar a foto. Verdade, ele tem meu nariz.
Saindo do consultório eu lembrei que ainda teria que comprar o resto do enxoval do bebê. Estava feliz da vida. Meu filho era tudo para mim, não conseguia nem pensar que um filho também tem seus lados ruins. Não ligava para os dias em que eu teria que acordar no meio da noite para olhá-lo ou dar de mamar. Para os dias em que ele choraria sem parar com alguma coisa que me deixaria desesperada por não saber o motivo. Nada.
Fui ao banco, em seguida ao shopping e subi direto para a loja de bebês. Comprei mais algumas fraldas e roupinhas para a bolsa de maternidade e algumas mamadeiras também, algumas mantas e meias, e por último, o carrinho e a cadeirinha. Paguei tudo e algumas pessoas levaram tudo para o carro. Só tinha condições para carregar as sacolas mais leves. Eles colocaram tudo no carro e eu os paguei e voltei para comprar algumas coisas para comer, fiz algumas compras, paguei o estacionamento e fui para casa.
Meu celular toca assim que estaciono o carro e eu atendo depois de revirar os olhos.
- Que é?
- Como estão as coisas por aí?
- Indo.
- As coisas não podem ir, Megan. Tem que acabar.
- Por que você não termina? Eu estou cansada. Não sei se você sabe, mas eu estou de oito meses.
- Isso significa que você tem mais um mês para acabar com tudo. - foi a última coisa que ele disse antes de desligar. O suficiente para acabar comigo.
Estava cansada de tudo aquilo, daquele plano, de ter que morar com eles, conviver com toda aquela felicidade. A única coisa que eu queria era ter a minha casa, com um quarto só do meu filho, nossa paz. Viver longe de tudo e de todos e ser feliz apenas com aquele menininho.
Depois de me recompor, saí do carro e pedi ajuda de alguns seguranças para levarem tudo para dentro. Eles colocaram tudo no meu quarto e saíram.
A: Tenho o plano perfeito.
Megan: Qual é dessa vez?
A: Eu preciso entrar aí.
Megan: E como você vai fazer isso, espertalhão?
A: Eu não vou fazer nada. Você vai.
Megan: Eu não consigo fazer nada com essa barriga, não me peça para matar ninguém.
A: Vi como é fácil eles pararem de fazer a segurança da casa. Você só precisa de compras maiores.
Megan: E como você pretende fazer isso?
A: Tem uma porta que dá acesso à casa na garagem, né?
Megan: Tem.
A: É por lá que eu vou entrar.
Megan: Antes de eu entrar na garagem eles precisam checar se tem alguém no meu carro. Não tem como você entrar.
A: Você só precisa levar o que eu te der e eu cuido do resto.
Mais um plano, que dessa vez era suicida. Entrar na casa do Bieber? Com duas mulheres grávidas? Não podia mais fazer isso. Não conseguiria.
Algumas semanas depois...
Hoje era o dia do tão infalível plano de A e eu não estava nem um pouco animada com a ideia. Não estava nada feliz, poderia ter meu filho a qualquer momento. Tudo que eu queria era tirar a Caitlin e o Justin dali, mas claro que A sabia que eu pensaria nisso. A casa, e eu, estávamos cheios de escutas e câmeras, nem que eu tentasse, não conseguiria fazer nada. Apenas seguir seu plano idiota até o fim.
Tinha acabado de entrar na garagem e respirei fundo. Estava com medo do que aconteceria daqui a alguns poucos minutos.
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Turn To You l Justin Bieber Fanfic
RandomCaitlin Beadles; uma jovem mulher que se muda para os Estados Unidos por um único motivo: Viver ao lado de seu amado príncipe, porém, quando ao reencontrá-lo, acaba se decepcionando. Sua única opção agora é a casa de seu irmão. Ao chegar lá, tem um...