Descemos juntos, porém em silêncio. Somente quando chegamos ao seu carro que ele quebra o silêncio.
- O que gostaria de comer?
- Pra mim tanto faz.
- Já provou comida francesa?
- Não.
- Então hoje irá provar. Você vai amar.
Ele deu partida e uns 10 minutos depois chegamos a um restaurante francês que se chamava Le Jazz e nos sentamos em uma mesa ao lado de fora.
- Então Bonnie, como vai sua avó?
É sacanagem, não é?
Olho seriamente pra ele com a cara fechada.- Desculpe, eu não queria dizer isso.
- Mas já disse. Mas tudo bem.
- E sua família?
- Vai bem, obrigada!
- Você é sempre tão seca assim com as pessoas?
- Com 99% delas não.
Pego o cardápio do restaurante e vou olhando os pratos.
Logo sinto sua mão acariciando meu rosto.
- O que pensa que está fazendo? - praticamente sussurro.
- Shiiu. Tem um paparazzi escondido bem atrás de você. Apenas sorria. - ele sussurra.
Eu apenas deixo meu cardápio e sorrio.
- Isso vai parar na revista, não vai? - sussurro.
- Sim.
- Preciso avisar meu pai.
- Por que não disse ainda?
- Eu não tive tempo. Fizemos o acordo ontem.
- Tivesse falado com ele hoje cedo. Isso é uma falta de responsabilidade.
- Nossa, falou o super responsável. Olha, eu acho melhor eu ir embora. - digo me levantando.
- Não mesmo. - diz ele segurando meu braço. - Se você for em bora os paparazzi vão fotografar isso. E não vai ser boa coisa.
Bufo.
- Boa tarde! O que gostariam de comer? - um Garção pergunta.
- Vamos querer dois Blanquette de vitela.
- Já volto com seus pedidos. - O Garção diz e me dar uma breve olhada que faz com que meu rosto core.
- Você nem permitiu que eu escolhesse algo.
- Acredite, você não vai gostar de muita coisa do cardápio. E aliás, muita coisa desse cardápio ativa em minutos suas alergias.
- Ta mas... Espera! Como você sabe das minhas alergias? Isso é algo pessoal.
- Eu tenho que saber tudo sobre as pessoas com quem trabalho.
- Okay, mas alergia? Não é um pouco de enxagero?
- Talvez...
- Licença, aqui está seus pedidos. - diz o Garção colocando os pratos em cima da mesa. - Gostariam de algo para beber?
- Vinho branco.
- Okay. - novamente ele me olha e dessa vez da uma piscada.
- Ele acabou de te dar uma piscada? - Damon pergunta.
- Eu acho que sim. Por que? Está com ciúmes?
- Claro que não. - ele diz revirando os olhos.
Dou uma breve risada.
O Garção retorna com uma garrafa de vinho e duas taças.
- Aqui está. - ele diz colocando em cima da mesa.
- O que acha de fazemos um brinde ao nosso casamento? - Damon diz.
- Ah, claro. - digo.
Ele enche as taças e diz:
- Ao nosso casamento. Que seja longo e duradouro.
- Não acha que isso está indo longe demais. - me aproximo e sussurro.
- Deixa levar. - ele sussurra de volta.
- Ao nosso casamento. - digo.
****
Ligação on.
- Pai?
- Oi filha.
- Você está bem?
- Estou. Mas e você?
- Estou bem. Eu já coloquei o dinheiro da cirurgia da vovó na conta.
- Okay. Depois quero conversa com você sobre isso.
- Pai...
- Sim.
- Preciso te dizer uma coisa.
- Pode falar.
- É que eu... Conheci uma pessoa sabe!?
- Uma pessoa, sei...
- Eu conheço essa pessoa há uns 4 meses. Nos conhecemos pela internet. E ai...
- Hum... Por isso que aqui você não tirava a cara desse negocio.
- É. Eu encontrei com essa pessoa. E ele quer falar com você.
- Bonnie, você sabe que eu não gosto de você conhecendo pessoas pela internet. É muito perigoso.
- Eu sei pai, mas é que eu já conheço essa pessoa há um tempo, já nos vimos bastante, e... Eu acho que estou gostando dele. - fiz cara de nojo.
- Ai meu Deus, Bonnie.
- Só quero que pense com carinho sobre isso.
- Mas Bonnie, ele é praticamente um estranho. Eu não vou deixar você namora um estranho qualquer.
- Pai, ele não é um estranho. Eu já conheço ele.
- Filha, você não sabe do passado dele. Não sabe quem ele é. Ele pode ser um louco psicopata e você não sabe.
- Pai, eu sei o que estou fazendo.
- Não Bonnie. Você não sabe.
- Só vamos conversa. Nem sabemos se é isso que queremos mesmo.
- Tudo bem.
- Então, podemos ir?
- Sim. Só marca do dia.
- Okay. Obrigada pai! Te amo!
- Também te Amo!
Ligação off.
- Então...!? - Carol pergunta.
- Acho que deu certo.
- Como foi?
- Bem tenso e estranho. Não gosto de mentir para o meu pai. Eu sempre fui leal com ele.
- Foi mais difícil do que da vez do Kai?
- Muito mais. Meu pai já conhecia o Kai muito antes disso. Conheço o Kai desde os meus 12 anos e namoramos quando eu tinha 16. - sorrir.
- Ainda sente falta dele?
- As vezes. Ele foi meu primeiro namorado e meu melhor amigo. Éramos tão felizes... Mas quando ele se mudou... Nossa foi horrível. Eu tinha que termina com ele. Namoro a distância nunca da certo. Não queria que ele ficasse preso a mim em outro pais tendo a oportunidade de conhecer outras pessoas.
- Você não devia está pensando em outro homem. Já está muito bem comprometida.
- Cala a boca. - digo acertando o travesseiro na mesma.
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Apenas um Contrato - BAMON // REVISÃO
FanficO que uma decisão precipitada é capaz de fazer? Uma perda na aposta? Talvez. Mas e se essa decisão leva a um casamento onde duas pessoas quase que estranhas fingem se amar apenas para dar algo em troca para ambos? Eles enganam as pessoas que mais am...