Capítulo 8

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Descemos juntos, porém em silêncio. Somente quando chegamos ao seu carro que ele quebra o silêncio.

- O que gostaria de comer?

- Pra mim tanto faz.

- Já provou comida francesa?

- Não.

- Então hoje irá provar. Você vai amar.

Ele deu partida e uns 10 minutos depois chegamos a um restaurante francês que se chamava Le Jazz e nos sentamos em uma mesa ao lado de fora.

- Então Bonnie, como vai sua avó?

É sacanagem, não é?
Olho seriamente pra ele com a cara fechada.

- Desculpe, eu não queria dizer isso.

- Mas já disse. Mas tudo bem.

- E sua família?

- Vai bem, obrigada!

- Você é sempre tão seca assim com as pessoas?

- Com 99% delas não.

Pego o cardápio do restaurante e vou olhando os pratos.

Logo sinto sua mão acariciando meu rosto.

- O que pensa que está fazendo? - praticamente sussurro.

- Shiiu. Tem um paparazzi escondido bem atrás de você. Apenas sorria. - ele sussurra.

Eu apenas deixo meu cardápio e sorrio.

- Isso vai parar na revista, não vai? - sussurro.

- Sim.

- Preciso avisar meu pai.

- Por que não disse ainda?

- Eu não tive tempo. Fizemos o acordo ontem.

- Tivesse falado com ele hoje cedo. Isso é uma falta de responsabilidade.

- Nossa, falou o super responsável. Olha, eu acho melhor eu ir embora. - digo me levantando.

- Não mesmo. - diz ele segurando meu braço. - Se você for em bora os paparazzi vão fotografar isso. E não vai ser boa coisa.

Bufo.

- Boa tarde! O que gostariam de comer? - um Garção pergunta.

- Vamos querer dois Blanquette de vitela.

- Já volto com seus pedidos. - O Garção diz e me dar uma breve olhada que faz com que meu rosto core.

- Você nem permitiu que eu escolhesse algo.

- Acredite, você não vai gostar de muita coisa do cardápio. E aliás, muita coisa desse cardápio ativa em minutos suas alergias.

- Ta mas... Espera! Como você sabe das minhas alergias? Isso é algo pessoal.

- Eu tenho que saber tudo sobre as pessoas com quem trabalho.

- Okay, mas alergia? Não é um pouco de enxagero?

- Talvez...

- Licença, aqui está seus pedidos. - diz o Garção colocando os pratos em cima da mesa. - Gostariam de algo para beber?

- Vinho branco.

- Okay. - novamente ele me olha e dessa vez da uma piscada.

- Ele acabou de te dar uma piscada? - Damon pergunta.

- Eu acho que sim. Por que? Está com ciúmes?

- Claro que não. - ele diz revirando os olhos.

Dou uma breve risada.

O Garção retorna com uma garrafa de vinho e duas taças.

- Aqui está. - ele diz colocando em cima da mesa.

- O que acha de fazemos um brinde ao nosso casamento? - Damon diz.

- Ah, claro. - digo.

Ele enche as taças e diz:

- Ao nosso casamento. Que seja longo e duradouro.

- Não acha que isso está indo longe demais. - me aproximo e sussurro.

- Deixa levar. - ele sussurra de volta.

- Ao nosso casamento. - digo.

****

Ligação on.

- Pai?

- Oi filha.

- Você está bem?

- Estou. Mas e você?

- Estou bem. Eu já coloquei o dinheiro da cirurgia da vovó na conta.

- Okay. Depois quero conversa com você sobre isso.

- Pai...

- Sim.

- Preciso te dizer uma coisa.

- Pode falar.

- É que eu... Conheci uma pessoa sabe!?

- Uma pessoa, sei...

- Eu conheço essa pessoa há uns 4 meses. Nos conhecemos pela internet. E ai...

- Hum... Por isso que aqui você não tirava a cara desse negocio.

- É. Eu encontrei com essa pessoa. E ele quer falar com você.

- Bonnie, você sabe que eu não gosto de você conhecendo pessoas pela internet. É muito perigoso.

- Eu sei pai, mas é que eu já conheço essa pessoa há um tempo, já nos vimos bastante, e... Eu acho que estou gostando dele. - fiz cara de nojo.

- Ai meu Deus, Bonnie.

- Só quero que pense com carinho sobre isso.

- Mas Bonnie, ele é praticamente um estranho. Eu não vou deixar você namora um estranho qualquer.

- Pai, ele não é um estranho. Eu já conheço ele.

- Filha, você não sabe do passado dele. Não sabe quem ele é. Ele pode ser um louco psicopata e você não sabe.

- Pai, eu sei o que estou fazendo.

- Não Bonnie. Você não sabe.

- Só vamos conversa. Nem sabemos se é isso que queremos mesmo.

- Tudo bem.

- Então, podemos ir?

- Sim. Só marca do dia.

- Okay. Obrigada pai! Te amo!

- Também te Amo!

Ligação off.

- Então...!? - Carol pergunta.

- Acho que deu certo.

- Como foi?

- Bem tenso e estranho. Não gosto de mentir para o meu pai. Eu sempre fui leal com ele.

- Foi mais difícil do que da vez do Kai?

- Muito mais. Meu pai já conhecia o Kai muito antes disso. Conheço o Kai desde os meus 12 anos e namoramos quando eu tinha 16. - sorrir.

- Ainda sente falta dele?

- As vezes. Ele foi meu primeiro namorado e meu melhor amigo. Éramos tão felizes... Mas quando ele se mudou... Nossa foi horrível. Eu tinha que termina com ele. Namoro a distância nunca da certo. Não queria que ele ficasse preso a mim em outro pais tendo a oportunidade de conhecer outras pessoas.

- Você não devia está pensando em outro homem. Já está muito bem comprometida.

- Cala a boca. - digo acertando o travesseiro na mesma.

****







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