O início

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Acordei, olhei para o meu relógio eram 9:57 da manhã. Levantei-me e fui para a cozinha onde encontrei a minha mãe, Lizza, e o meu irmão mais novo, John. Sentei-me numa cadeira e começei a preparar uma tijela de cereais. Acabei de comer fui para o meu banheiro e fiz a minha higiene. Lavei os meus dentes, e tomei meu banho. Terminei do meu banho fui para o meu roupeiro escolher a minha roupa, optei por umas leggins pretas, uma t-shirt da adidas branca com certas linhas pretas e uns tennis brancos.

Peguei meu celular para ver as horas e vi que eram 11h já. Fui para a minha sala para ver uns filmes, já que era sábado e era habitual para mim fazer uma maratona de filmes neste dia. Sentei-me no sofá e vi o filme "Se Eu Ficar". Adoro o filme, em toda a vez que eu assisto, choro. Me levantei para ir á cozinha pegar alguma besteira para comer. Peguei um pacote de batata que havia no armario e me dirigi para o sofá.

Vi minha mãe descer as escadas e a mesma se dirigiu a mim.

"Emily, querida, você poderia ao menos endireitar a sua cama?"- pergunta ela

"Mãe, minha deusa, praquê fazer minha cama se depois vou dormir nela outra vez e ela vai ficar na mesma, ou até pior?"- disse em um tom engraçado.

A mesma começou a rir e foi á cozinha voltando logo depois.

"Em, irei levar o almoço para o ser pai agora, parece que ele não vai puder almoçar hoje connosco, outra vez..."-disse com uma cara triste.

Meu pai é cientista, ele trabalha muito e ultimamente ele passa hora no laboratório. Ele sai cedissimo de casa e só volta pelas 2h da manhã do dia seguinte. Confesso que tenho saudades dele já, nunca mais o vi a chegar, nem a sair de casa.

"Ok mãe- Não se preocupe, eu tomo conta do John."- disse sorrindo.

Minha mãe retribuiu o sorriso, e saiu indo até ao seu carro e dirigindo até ao laboratório. Me levantei do sofá e fui ver se o meu irmão estava no seu quarto. Entrei no quarto e o mesmo se encontrava a brincar com o seu carrinho telecomandado.

John só tem 7 anos e ele adora carros de brincar. É um pouco complicado para ele ficar dias sem ver o nosso pai, ele sempre brincava com John ás corridas de carros e se John ganhasse o meu pai teria que comprar tudo o que ele quisesse durante 2 dias. Me lembro de quando era pequena, nunca gostei de bonecas, barbies, maquilhagem, salto altos...nunca fui muito "feminina", quer dizer, eu adoro ser menina, tirando os dias de tpm. Em pequena me lembro de chorar feito louca só porque o meu pai e a minha mãe não me queriam por no karaté só porque achavam um pouco perigoso para uma menina de 6 anos, mas eles me colocaram nas aulas de karaté e até de motocross. Também, aos 12 anos tive aulas de tiro. Agora sou cinturão castanho no karaté, tenho alguns troféus do motocross e sei manusear armas.

Sai do quarto de John e fui novamente para a sala. Tirei o filme que ainda tava a dar e decidi ver o que estava a dar na tv, parei de mudar de canal quando o meu celular começou a tocar. Era Layla, uma das minhas melhores amigas.

Conheci Layla no meu primeiro ano de motocross. Posso ter desistido disso, mas ainda faço umas brincadeiras com amigos meus.

~LIGAÇÃO ON~

"Alôôô garota!! Então? A nossa saida tá firme hoje?"- perguntou Layla um pouco entusiasmada.

"Ahhh Layla, eu esperei tanto por esta saida!! Quer dizer, já faz muito tempo que eu não dou umas voltinhas no meu bichinho."- respondi sorrindo.

"Aiii meu deus! Que bom!"- disse gritando. " Eu e o Brian iremos passar ai na sua casa por volta de umas 17h e não se esqu..."

"Layla?! Layla?! Não te estou a ouvir direito!"

"Eu...te esq...de moto..."

"Layla?"

~LIGAÇÃO OFF~

"Meu celular deve ter algum problema"- disse para mim mesma.

Voltei a olhar para a tv e reparei que estava nas noticias, decidi ficar por ali.

Na tv o apresentador falava de uma nova doença que surgir e não parava de dizer para não sairmos de casa, pois os infectados estavam atacando as pessoas saudáveis. Ri-me dessa situação. Como era possivel um cara doente conseguir atacar uma pessoa saudavel.

Minha mãe voltou a casa, e ela foi ao banheiro. Seguia e quando cheguei lá vi a mesma a limpar uma ferida no seu braço que sangrava imenso.

"Mãe? O que aconteceu?"

"Querida não ouviste nas noticias?"

"Da nova doença?"- disse e ela assentiu. "E o que tem?"

"Um dos infectados me atacou, o sacana me mordeu no braço."- disse ela colocando uma ligadura na ferida.

"Mas como uma pessoa doente consegui magoar uma pessoa saudável a esse ponto?"- disse a ajudando a enrolar a ligadura.

"Querida acreditei em mim, aquilo não me parecia uma pessoa normal. Eu sinceramente, não sei se era mesmo uma pessoa ou um...um...um monstro."- disse encarando o chão.

Olhei para ela e continuei a enrolar a ligadura e no fim coloquei algo que a prendesse. Sentamo-nos no sofá e ficamos a ver tv. Em todos os canais agora só se falava dessa nova doença e todos os apresentadores diziam para não sairmos de casa. Prestei atenção a tudo o que o homem dizia sobre essa doença.

"Mãe? Você acha que o pai vai ficar bem?"- disse sem tirar os olhos da tv.

"Sim querida, eu acho. Sabe no laboratório o seu pai está seguro, tem enormes grades. Não se preocupe."- disse ele colocando uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

"Mas mãe e se lá tem algum infectado?"- disse virando o olhar para ela.

A mesma pareceu reflectir um pouco mas mesmo assim voltou a falar.

"Querida, o seu pai vai ficar bem. Não se preocupe ele sabe se defender."

Acreditei naquelas palavras, e voltei a prestar atenção á tv. Imagens de pessoas as correr nas ruas, os seus gritos, sangue no chão, nas paredes e nos carros, era horrível. Estava mesmo atenção até que do nada apareceu um infectado á frente da câmara me fazendo soltar um grito. O apresentador continuou falando sobre o mesmo assunto de sempre mas desta vez ele disse que para sobrevivermos temos que atacar a cabeça dos infectados, e se não quisermos chamar atenção a nenhum deles, temos que ficar em silêncio. Essa situação toda aterrorizava-me, desliguei a tv e olhei para a ligadura no braço da minha mãe que a mesma já dormia. Me levantei e fechei todas as portas e janelas. Subi e fui ver como John estava. Vi que ele continuava a brincar com o seu carro telecomandado. Desci e fui comer algo, enquanto comia decidi mandar uma mensagem a Layla dizendo que não ia sair de casa devido á doença, mas o meu celular não estava trabalhando mais, assim como a televisão e a rádio. Decidi ignorar porque provavelmente ela mesma já sabia do sucedido e também não iria sair.

Olhei para o relógio e mesmo assim o mesmo estava funcionando, eram quase 20h. Nossa, o tempo voou. Mas fiquei aliviada, fiquei sabendo que Layla e Brian não passaram por minha casa. Subi para o meu banheiro e fui tomar um banho, e John foi de seguida. Jantamos e logo de seguida fomos dormir.

The Walking Dead - Carl GrimesOnde histórias criam vida. Descubra agora