O clima da cidade não estava mais nebuloso e cinzento. A névoa que rondava estava muito mais fraca e o vento frio de antes se tornou morno. Estava um pouco mais quente agora, mais quente do que já esteve em Santa Bárbara, desde o dia em que eu cheguei aqui.
Nessa hora, Luke se virou para mim com um sorriso cauteloso enquanto tentava decifrar as minhas expressões. Eu tentei prender um suspiro tentando não olhar para baixo.
— Vamos ? — ele perguntou estendendo a sua mão direita para mim.
— Sim vamos. — Eu disse, tentando manter minha voz calma.
Toquei em sua mão cálida e macia que estava estendida em minha direção. O toque só durou alguns poucos segundos, mas foi o bastante para me aproximar dele e admirar os seus harmoniosos olhos.
Os olhos de Luke estavam mais brilhantes, com o mais luminoso tom de azul na sua íris ao mirar em meu rosto. Ele analisou as minhas feições como se estivesse me visto pela primeira vez.
— Bom, eu não queria dizer isso perto de sua mãe, mas... você está muito bonito. — Disse com uma voz tão baixa que eu não tive certeza se ele queria que eu tivesse escutado.
Nesse momento já estávamos andando lentamente pelas extremidades das calçadas da cidade. Eu sentia minha língua presa.
— E-er... — minha voz saiu falha, então limpei a garganta e tentei de novo.
— Obrigado, mas eu não sou nada comparado com você, que parece um modelo ou um guitarrista de uma banda famosa.
Ele sorriu meio de lado, um sorriso simples porém magnífico, e então disse — Desculpe lhe desapontar, mas eu não sou nada disso. Eu sou apenas o simples e comum Luke Hemmings.
Tentara recompor meus pensamentos e prendira um suspiro. Eu deveria apenas ter dito um simples obrigado.
— Bom, vamos começar do começo. Você faz uma pergunta, eu respondo e depois eu faço uma pergunta e você responde. Pode ser ? — disse tentando parecer um pouco mais legal.
— Hum, entendi. Parece ser interessante. Então eu começo ? — perguntou ele animadamente.
Eu assenti com a cabeça em concordância. Então ele pensou por um breve momento.
— Quantos anos você tem ? — ele optou por começar com uma pergunta perfeitamente simples.
— Eu fiz dezoito mês passado, dia vinte e quatro de dezembro. Não teve festa, mas foi muito bom. — Disse respondendo a sua pergunta.
— Tá, agora é a minha vez. — Eu pensei por um curto momento, precisava esquematizar as melhores perguntas para ele responder.
— Onde você nasceu ? Mora aqui em Santa Bárbara à quantos anos ?
Ele pareceu surpreso e fascinado pelo que eu perguntei, por algum motivo que eu não conseguia imaginar.
— Eu nasci em Sydney Austrália. Minha família veio ano passado para essa cidade por motivos particulares. — Ele meditou.
Passamos perto de um acostamento, e ele sinalizou para atravessarmos e irmos andar do outro lado da rua. A movimentação dos carros era lenta, eu tentei não me distrair enquanto olhava para as maravilhosas palmeiras entre as calçadas e avenidas.
— Já estamos chegando. Bom, agora é a minha vez de fazer uma pergunta.
Eu assenti enquanto ele pensava.
— Você parece não gostar da cidade, bom, não exatamente da cidade em si. Parece não gostar do frio que à Califórnia propõe.
O que ele disse não foi como se tivesse sido uma pergunta, foi mais uma observação. Seus olhos azuis me confundiram. O rosto dele era uma distração tão grande que tentei não olhar para ele mais do que eu podia.
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Infinite Eternal // l.s [ hiatus ]
FanfictionUm amor, um Desafio, a Eternidade. E a pergunta que divide o espaço entre o Céu, a Terra e a Queda. - O que você faria para viver um amor eterno e verdadeiro ? - Pelo Harry, eu enfrentaria tudo. Batalhas, pessoas, sociedade e coisas que nunca ima...