Capítulo 142: Don't let me down

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Entrei no quarto a alta velocidade e fechei a porta atrás de mim. As minhas pernas perderam a força, logo estava eu de joelhos no meio da carpete rosa clara e felpuda no meio do meu quarto. Eu chorava baba e ranho e não percebia qual o problema de tudo isto. Será que eu o tratava mal? Eu tinha feito algo que ele não gostava? Não era justo.

Eu agarrava a minha almofada e chorava nela para abafar o choro e os soluços, eu devia estar num estado lastimável.

Eu mal conseguia respirar, eu estava num autentico desaforo. Isto não podia acontecer. Eu preferia o meu pesadelo do Apocalipse a este.

Respira... tem calma... recupera a consciência... olhei para cima finalmente. Que porra! Porque carga de água é que eu tinha de ter tantos posters?! Agarrei num e rasguei-o, piquei-o, mastiguei-o e destruí-o como se fosse o próprio Justin nas minhas mãos. Eu tinhas agora lágrimas de raiva a escorrerem pelo rosto eu estava a pontos de descer e fazê-lo em picadinho, mas controlei a minha raiva.

Eu não era assim, nunca deixava as emoções me possuírem desta forma. Eu não me descontrolava... isso vá respira... tu és belieber tu não o odeias assim, tu ama-lo a sério.

- NÃO, NÃO AMO!!- Donde é que isto me saiu. Sentei-me em cima da cama a chorar tudo o que queria enquanto via o dia encoberto pela janela.

Ouvi bater à campainha, ele que abrisse, sempre deixava o marmelanço de lado por um bocado. O meu coração deixou de bombear sangue para bombear dor.

- Bia, é a Ana!- Ouvi-o gritar.

- Manda-a subir!- Ordenei.

- Ela diz que quer que cá venhas!- Respondeu.

Meti os óculos de Sol e desci, limpando previamente as lágrimas.

- Para quê os óculos de Sol?- Perguntou quando desci.

- Porque é que os usas numa boate mal iluminada?- Retaliei.

Ele encolheu os ombros e ignorou-me.

- Que é que precisas?- Perguntei para a Ana, que esperava na cozinha.

- Troquei o teu manual de matemática, pelo teu por engano. Aqui tens.- Entregou-mo.

- Anda, tenho o meu lá em cima.- Disse quando comecei a subir as escadas.

- Parte uma perna!- Picou a Selenita a rir.

- Para isso já te temos a ti, fofinha!- Disse já farta de ouvir aquela voz rouca. Poupem-me! Ela parecia uma cana rachada a falar!

- Pois... aqui alguém tem de pisar um palco sem medo, não é verdade?- Continuou.

- Isso quer dizer o quê?!- Parei e desci olhando-a.

- Bia, ignora.- A Ana puxou-me.

- Não, eu agora quero saber!- Cruzei os braços e bati o pé na frente dela.

- Tu não tens 1/3 do talento preciso para pisar um palco!- Atirou.

Eu ri de forma sádica, os que lá estavam deviam achar que eu era doente:

- E tu tens?! Não é por andares com alguém como deve de ser que o talento de pega! Fica bem!- Subi as escadas e entrei no quarto, fechando a porta com força.

Eu devia deitar fumo pelas narinas, por esta altura.

- Não podes reagir assim, Bia!- Disse repreendendo-me.

- E porquê?! Estás à espera que entre aqui uma albina em minha casa, sem a minha autorização, a roubar-me, literalmente, o rapaz de que eu gosto e fique parada?!- Cuspi enervada.

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