O Chamado Do Espírito [HIATUS]

Prólogo

P.O.V Rose

— Princesa Vasilisa – Falei e me corrigir automaticamente - Rainha Vasilisa. - Estava ereta, segurando a porta do carro para Lissa entrar.

— Ora Rose, sem formalidades! – Lissa falou entrando no carro de forma relaxada, aparentando um pouco de preocupação.

Sorri de canto e fechei a porta, entrei no banco do carona e coloquei o cinto de segurança.

— Camarada Belikov – Cumprimentei Dimitri sorrindo um pouco.

— Rose. – Ele acenou com a cabeça e colocou o cinto.

— Tocha humana – Falei inclinando a cabeça para poder ver Christian Ozera, o noive e futuro marido de Lissa.

Chris sorriu fraco acenando com a cabeça de volta para mim.

Seria uma longa viagem.

Lissa, após a coroação decidiu que tinha direito a fazer uma "última viagem" sendo apenas a princesa Lissa.
Não foi fácil convencer a corte, mas ela conseguiu usando a compulsão.

— Então... – Lissa falou quebrando o silêncio, pondo a cabeça entre o banco do carona e do motorista — Já chegamos?

— Tá brincando? Acabamos de sair. – Respondi

— Mas eu odeio viagens. – Ela bufou

— Eu sei, eu também, mas foi você que inventou viajar! – Finalizei e ela voltou ao seu lugar.

Depois de algumas horas de viagem, Lissa e Christian adormeceram. Dimitri estava atento a estrada, e eu o olhava discretamente.

Virei o rosto e olhei para a janela, pondo a mão esquerda sobre o porta-luvas.
O cenário era verde, haviam árvores coníferas passando um pouco embassadas, o clima estava pesado e úmido, chuva.

Senti uma mão grande e macia sobre a minha, olhei para o lado sorrindo fraco para Dimitri.
Sei que devemos ser profissionais, mas ao sentir o toque dele meu corpo todo estremece.

Fechei os olhos e encostei a cabeça no banco, apertei com mais firmeza a mão dele.
Eu não estava com um bom pressentimento para aquela viagem. Não mesmo.

— Está tudo bem Roza? – Ele me perguntou com receio, ao ouvir Roza meu coração acelerou.

— Sim. Eu só... – Olhei para baixo dando uma pausa na fala.

Acho que algo vai acontecer e que essa viagem foi uma péssima idéia.

— Estou com frio. – Dei de ombros tentando parecer convencente.

— Bem... – Ele me olhou curioso, parando o carro aos poucos.

— Por que... – Fui interrompida

— Tome o meu sobretudo. – Ele falou tirando com certa dificuldade, avisto estarmos dentro de um carro apertado.

— Obrigada – Falei ao sentir ele pôr o sobretudo sobre meu corpo.

— Descanse um pouco. Você está precisando – Ele falou voltando a dirigir o carro. E foi o que eu fiz.

Estava claro, há tempos o que nós tinhámos.

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[Alguns dias depois]

— Tudo bem Dimitri! – Eu gritava irritada

— Rose! Fica... Fica calma! – Ele tentava me acalmar, o tom de voz baixo, calmo.

— EU ESTOU CALMA! – Gritei.

Estávamos em um quarto de hotel ao lado de Lissa e Christian.
Enquanto os dois dormiam eu fui tirar satisfação com Dimitri. Por que ele ajudou uma Loira alta e esbelta com as malas no saguão ao invés de guiar Ozera para o quarto?

— Roza – Ele falou se aproximando de mim — Adoro o seu jeito selvagem e ciúmento – Pôs a mão em meu rosto.

O toque dele era tão... tão poderoso.
Me fazia tremer. Me fazi querer puxa-lo por aqueles cabelos castanhos escuros e macios, beija-lo com toda a minha força.
O toque dele sempre me deixava... Vunerável.

— Não... – Fechei os olhos

— Sim –Ele falou.

Mesmo com os olhos fechados eu podia imaginar a cara dele.
Com aquele sorriso de canto, me olhando nos olhos

Me soltei dele séria.

— Você leva o Christian em outro carro – Falei firme e ele ficou sério.

— Certo Hathaway. –Ele assentiu e saiu

Dessa vez ele não me beijou ou disse que me amava antes de sair. Simplesmente saiu.

Busquei minha compostura e fui para o quarto de Lissa, verificando o corredor antes, lógico.

— Bom dia Rose – Lissa ja estava com as malas em mãos

— Bom dia rainha Vasilisa – Estava séria e formal.

Lissa deve ter percebido algo de errado comigo.

Fomos andando para o carro, entramos e foi a vez do silêncio agir.

— Foi o Dimitri de novo? – Ela perguntou me olhando

— Sim – Suspirei prestando atenção na estrada.

— Depois vocês vão voltar – Ela sorriu compreensiva

— Eu... - Sei disso, mas... Apertei o volante com um pouco de força

— Você sabe disso. – Ela pareceu ler minha mente

— O que é isso? – Eu ri fraco e a olhei

— Eu consigo ler mentes – Ela brincou fazendo um gesto com as mãos

— Está bem, Mãe Dinah Jane. – Falei e nós duas rimos.

Quando olhei de volta para a estrada tudo o que pude ver foi um farol branco invadindo o carro, um barulho de busina asoava forte.

— ROSE! - Lissa gritou assustada, agoniada.

Então lembrei do ditado: Os Moroi sempre vem antes.

Em um movimento rápido tirei o cinto de segurança e joguei meu corpo sobre o de Lissa, e depois disso só lembro que ficou tudo escuro.

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Vim aqui para lhes dar alguns infomes:

▶ Essa capa é provisória!
▷ Vou tentar postar um capítulo novo toda segunda ou quarta-feira.
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▶ Espero que gostem bastante!

Com amor,
Roberta.