Dolor Y Amor

Confissão Parte II

06 de Janeiro de 2017
Espanha

P.O.V Camila

- Apaixonada? Por mim?

- Sim Camz. Por você. A tempo que tento te dizer isso mas não consigo, me falta coragem. Agora não posso mais segurar. O que sinto por você está crescendo a cada dia. Tudo me lembra você.

Fiquei sem reação ao ouvir o que acabará de sair pela boca de Lauren. E que boca! Bem, confesso que sinto algo por ela. Mas não sei exatamente o que é. Me parece um certo desejo, um nervoso, toda vez que ela está por perto, ou me liga. Algo que nunca senti antes por ninguém.

- Desculpa se te assustei, mas eu precisava soltar isso que estava preso dentro de mim por muito tempo. Eu entenderei se você disser que não sente o mesmo ou se estranhar essa minha atitude, mas, estava me maltratando.

- Shih! Não diga mais nada!

Não sei o que deu em mim, mas, tive que mostrar para Lauren que o que ela sente por mim é retribuído. Mas não havia palavras no momento, estava muito... Sei lá. Precisava demonstrar de alguma forma. Então me debrucei por cima da mesa para alcança- la em minha frente e tomei seus lábios, ainda entreabertos esperando uma reação minha.
Ficamos alguns segundos com os lábios colados até que eu voltei ao meu lugar. Me ajeitei na cadeira e fiquei encarando- a. Ela me retribuiu com um sorriso amarelo, olhou para baixo. Isso é o que ela faz quando está sem jeito, acho tão fofo.

- Bom. Já que nós terminamos o jantar podemos ir não é?

Fiz sinal que sim, e Lauren acenou para o garçom, para que ele viesse com a conta.

[...]

Não demorou muito estávamos em frente à minha casa. Viemos de táxi, a Laur fez questão de pagar, já que sua "motoca" deu problema.

- Obrigada pela noite, está sendo maravilhosa.

- Você é maravilhosa!

Lauren ruborizou assim que lhe respondi.

- Você não quer entrar Lauren, está frio aqui fora?

- Ah, é... Tudo bem, eu entro.

Abri a porta, acendi a luz da sala, joguei meu celular na poltrona perto da mesinha, e fui pro sofá. Lauren vinha logo atrás de mim.

- Vem, fique à vontade, sente- se.

- Obrigada.

- Ah para, não banque a tímida. Rs.

- Eu não estou bancando a tímida só estou me controlando.

- Se controlando por quê?

- Para não fazer isso!

Lauren num pulo veio pra cima de mim no sofá, me tomando os lábios com tamanho desejo. Até me assustei, ela me surpreendeu. A abracei pelo pescoço, acariciando seus cabelos. Enquanto ela segurava minha cintura com força. Parecia que estava prestes a cair em uma abismo e eu era seu porto seguro.
Fomos nos envolvendo mais e mais, um calor tomou conta de nós. Tentei me soltar um pouco. Mas ela me agarrava com muita garra. Acho que havia reprimido muito o que sentia por mim e agora botou tudo pra fora.
Depois de alguns minutos naquela guerra de línguas e toques consegui que ela saísse um pouco de cima de mim.

- Nossa! Você é quente.

- Me desculpe, eu não aguentava mais. Precisava fazer isso. Eu não ia suportar mais ver sua boca perto da minha e não poder beijá- la.

Sorri de canto, me levantei e tranquei a porta da sala.

- Não quer subir comigo Lauren?

- Ainda pergunta?