Tirando Dúvidas!

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Depois que ela havia saído o tempo havia passado cada vez mais rápido, e eu só queria que pelo menos ela me mantesse trancado ali, mas não preso com correntes.

Mas seria uma vantagem para eu fugir, se eu ficasse solto, eu poderia com facilidade passar uma rasteira neles e fugir.

Tudo bem, ela tem uma mente boa, mas quero saber como que ela conseguiu me trazer pra cá sem que ninguém visse, eu realmente não lembro.

Quem é aquele Jeff?

- Vamos lá Harry, se você pensar bem, pode resolver esse caso todo, uma ameaça ali, outra aqui você se safa dessa e quem se fode é ela. – Pensei alto e quando olhei pela pequena janela que havia naquela sala, ou seja, lá o que for já tinha escurecido.

Acho que já era de madrugada, acho não, tenho certeza! O tempo passou muito rápido e eu não consegui dormir, aliás, nunca conseguiria sabendo que uma maluca obcecada por mim resolveu me seqüestrar de uma hora pra outra.

Ok ok! Não, na verdade nada Okay! Que desculpa será que ela deu a minha irmã?! Eu preciso cuidar dela. Mesmo ela não precisando, ela é minha irmã. Minha família...

- Eu vou matar aquela vagabunda! - Falo bem alto, e bufo sabendo que talvez ela nem poderia estar ali para ouvir.

[...] Horas depois [...]

Estava amanhecendo e eu não tinha pregado o olho por conta de meus pensamentos em relação aquela garota

Além de não sair da minha cabeça, ela não sai da minha vida. Aff!

Algumas horas se passaram e já estava claro, eu ainda estava perdido e muito pensativo, as vezes me sentia tonto de tanto pensar...

Comecei a ouvir vozes mas achei que estava alucinado, mais e mais vozes vieram e balançava a minha cabeça na espectativa de não ser nada...

Parei bem pra pensar naquela voz e era a voz da Alison, mas tinha mais alguém com ela... Um homem...

....

Aquele... Meu deus! Zayn?! Aquele é o Zayn? Ou será que é coisa da minha cabeça? Mas ta tão parecida?!

Como assim, será que o Zayn ta metido nessa? Ou não?!

Talvez ele nem faça ideia ou talvez faça, será que ele ta aqui pra me "salvar" ?!

Fiquei muito tempo pensando em possibilidades, possíveis, impossíveis, fáceis, difíceis...

Mas que droga!

Percebo que ela entrou de novo, com outra bandeja de comida...

O que ela pensa que está fazendo? Ela já sabe o que eu quero! ...

- Vou tentar novamente, não se acostume! - Ela se aproximou rápido e deixou a bandeja do meu lado e logo se afastou soltando um longo suspiro.

- Eu não quero comer! - Na verdade eu estava morrendo de fome, mas vai que tinha algum veneno, ou talvez alguma coisa que me apagasse.

- Come logo, preciso levar isso lá pra dentro, e você tem que estar forte e não fraco! Não tem nada na comida, se você quiser eu posso experimentar na sua frente! - Ela bufa revirando os olhos.

- Não! Vamos fazer assim, eu só como se você me responder uma coisa. - Olho ela. - Você vai vir até aqui, vai olhar em meus olhos e vai responder a verdade, independente se sim ou não, eu como, mas se você comer primeiro claro!

- Então tá! - Ela fica em minha frente se sentando. Pega um pedaço dos sanduiches que haviam ali e come me olhando fixamente, desviei o olhar. - Manda a pergunta!

- Eu te ouvi lá fora, lá dentro, que seja. Te ouvi falar com um cara, e quero saber quem é. Eu sei que não é o seu escravinho, a voz parecia a do Zayn, seu irmão. Então era ele? - Encaro ela a espera que me diga a verdade.

- Não, era um outro amigo meu, sem ser o Jeff, porque a voz do Jeff é bem mais grossa. - Ela diz séria olhando em meus olhos e por um segundo eu pude desconfiar. - Agora come!

- Okay, mas depois eu preciso ir ao banheiro. Eu andei olhando em volta, você pode muito bem aumentar as correntes, eu vi ali.... - Aponto para onde elas estão presas - Roda aquela alavanca e me de mais liberdade, olhe meus pulsos, estão com marcas horríveis, se você me quer forte, afrouxe isso.

- Certo! O banheiro fica bem ali naquela porta, depois que você comer, eu vou ali e afrouxo mais, o suficiente para andar por toda essa sala, mas não adianta procurar, você não irá achar nada que possa machucar a mim ou a se quer o Jeff, nem nada que possa te soltar. - Ela continua sentada e me olhando.

- Tudo bem! Certo, mas quero tirar outras dúvidas também. - Ela revira os olhos mas uma vez.

- Então come, e pergunta e eu vou te respondendo! - Ela bufa e eu pego um sanduiche meio inseguro, mas mordo um pedaço.

- Como que você está fazendo pra me manter aqui sem que ninguém desconfie? Eu tenho uma irmã, tenho pais, tenho amigos. Como? - Continuo comendo e bebo o suco que tinha ali mais de vagar.

- Hum... Eu falei que a gente ia viajar, você estava muito bêbado na hora que informei aos seus amigos que também estavam, menos eu e o Zayn, e você concordou na frente de todos, pedi que o Zayn cuidasse deles, falei que ia pra casa com você e que no Dia seguinte já teríamos viajado, então o Zayn ficou de informante aos meninos caso ninguém lembrasse de nada. Caíram na minha em cheio, ou seja, sua família já está informada. - Ela disse tão sínica, não sei como caíram nessa, mas ela pode ter certeza que depois de um tempo vão desconfiar.

Enquanto eu fazia mais e mais perguntas ela ia me respondendo, mas nenhuma me convencia ao todo, eu queria saber com que ela fez pra me trazer aqui, sozinha eu sei que não foi, e eu ainda desconfio que era o Zayn ali.

Logo acabei meu "lanche" ... Ela afrouxou as correntes aumentando-as para que eu pudesse vagar por todo aquele quarto, fiz tudo o que tinha que fazer e logo me sentei naquela cama pensativo.

Me deitei ali mesmo perdido em meus pensamentos e acabei adormecendo.

Stockholm SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora