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  Quando as naves estavam chegando na atmosfera do planeta, as máquinas de criogenia nos acordaram, para nos preparar para a combustão que as naves irão sofrer assim que entrar na superfície, todos foram para as cadeiras e colocaram o sinto, um alarme foi soado, ele é repetitivo, rápido e agudo, então quando entramos na atmosfera as naves viraram bolas de fogo, por um instante pensei que a nave iria explodir, assim que passou a parte que queima da atmosfera comemoramos e muito, por 2 motivos, o primeiro é que conseguimos sobreviver a entrada do planeta, e o segundo é que chegamos no planeta.

  Quando estávamos perto da aterrissagem, que seria perto do acampamento dos que tinham chegado antes, uma revoada de aves, apareceu voando em direção à nave do lado, elas eram enormes, e não viram a nave como um obstáculo se não elas tinham desviado deles, elas se jogaram com tudo na nave, como um ataque kamikaze. Se elas tivessem ido em qualquer lugar da nave elas não iriam derruba-lá, mas foram direto nas turbinas, explodindo elas, a nave perdeu 3 das 5 turbinas, perdeu a rota e se chocou no chão, com o impacto ela se partiu em duas, com a divisão deu para ver corpos sendo arremessados, e a parte que estava com o combustível explodiu.

  Vendo tudo acontecer pousamos perto da parte que não explodiu com o impacto, descemos soldados brasileiros e norte americanos junto  com cientistas norte americanos, logo nos sentimos mais leves, a gravidade é menos intensa do que á da terra, então fomos correndo até a nave que não explodiu, essa nave tem pessoas de Japão, Índia, e Irã.

  Chegando nela, começamos a ver pedaços dos corpos, tinham pessoas espetadas nos galhos das árvores, manchas de sangue por todos os lados, membros espalhados pelo chão, isso perto da nave. Dentro da nave tinham apenas 5 pessoas vivas, e alguns corpos faltando pedaços presos nos cintos, dentre os sobreviventes tinham 3 que estavam com os capacetes quebrados, respirado o ar possível tóxico do planeta, e somente 1 deles estava consciente, um dos cientistas americanos que estava junto comigo viu os que estavam com o capacete quebrado e que eles ainda não tinham morrido e gritou olhando para os soldados:

- NÃO TIREM SEUS CAPACETES.

- Se ele está respirando nós também podemos respirar, se esse ar fosse tóxico já era para ele estar sofrendo com ele – Disse um soldado Americano, enquanto carregava um dos cientistas no colo.

- Ele pode não sofrer agora, mas sim mais tarde, não sabemos os efeitos que esse novo ar nos oferece, seja mais inteligente e não tira a porcaria do capacete - Disse o cientista norte americano.

  Enquanto eles discutiam se é uma boa ideia ou não tirar o capacete, eu comecei a observar o ambiente ao redor, e estava gostando da vegetação, lembrava muito as florestas tropicais, até que um barulho nas árvores me chamou a atenção, então comecei a observar, e vi um animal que lembrava uma aranha só que com mais patas, nos observando, e não demorou muito para começar a aparecer mais e mais desses animais, não pensei 2 vezes, e avisei a todos com um tom de voz bem baixo quase sussurrando:

- Gente, olhem para as árvores.

   Um soldado brasileiro foi o primeiro a olhar, e se assustou com o que viu, e apontou a arma, então logo falei:

- Você está louco ? Abaixa essa arma, não se pode ameaçar essas criaturas, não sabemos do que elas são capazes, poupe sua munição e vamos para a nave.

- Se elas moverem um centímetro se quer, eu atiro nelas, estamos aqui para proteger e não ficar ajudando ou discutindo, então vê se aponta logo sua arma para elas e faça o que foi mandado para fazer aqui - Disse o soldado com o dedo no gatilho apontando para cima.

- Soldado Douglas, ele está certo, aponte sua arma, e se for necessário o confronto com essas criaturas, você irá atirar, e não vai errar um tiro, toda bala conta, isso é uma ordem- Disse o Capitão do pelotão brasileiro, Capitão Pedro.

  O biólogo que estava com nós disse:

- Vamos devagar voltar para a nave, sem movimentos bruscos, elas podem não se sentir ameaçadas com objetos apontados para elas, mas sim com movimentos rápidos e brutos.
  
Fomos devagar para a nave, éramos 10 soldados, 3 brasileiros, 3 americanos e 4 europeus. Os cientistas e biólogos que estavam com os feridos, então fizemos uma formação parecida com um ovo, ao redor deles, todos apontando para as árvores, eu estava guardando a retaguarda, quando uma dessas aranhas desceu pelas árvores e veio devagar em minha direção, ela tem 2 olhos e ficou me olhando fixamente nos olhos, todos pararam e ela também, todos ficaram mirando nela, enquanto isso desceu outras 2 pela frente que agora era nossas costas, cada uma avançou em um soldado, elas começaram a morder eles, e na bunda delas saiu imensos ferrões, enquanto elas mordem elas também davam ferroadas, eles gritaram e atiraram todos viraram para a frente e começaram a atirar, menos eu, eu fiquei apontando a arma para a solitária aranha, só esperando ela vir na minha direção.
 
Os tiros atraíram as outras criaturas ao redor, e todas começaram a descer das árvores. Não íamos perder mais homens, corremos para a nave o mais rápido possível, os soldados da frente carregaram os corpos dos soldados atacados, eles ainda tinham pulso, chegamos na nave, e fomos diretos para a sala de socorros da nave, lá tinha um pequeno espaço para cirurgias, só não tínhamos cirurgiões, o Capitão americano que não estava  junto ao seu pelotão, pergunta:

  - O que aconteceu lá de fora para trazer meus homens com tamanhos ferimentos ?

- Onde a nave caiu estava cheio de criaturas parecidas com imensas aranhas, elas nos emboscaram, e esses dois homens foram atacados- Disse o Capitão brasileiro.

- Você está me dizendo que foram atacados por aranhas selvagens que andam em grupos ?– Ele fala com tom de deboche.

- Elas não estavam em grupos... Elas estavam em dezenas, só 3 atacaram, as outras estavam só observando a nossa reação para atacar- Disse o cientista americano.

  Os biólogos junto com os cientistas começaram então a cuidar dos feridos, e enquanto isso os soldados estavam se preparando para ir atrás da segunda nave, em busca de sobreviventes, e algo que não foi destruído.

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