20. Belo Perigo

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::ANA::

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::ANA::

—O que houve com você?! — Juliana esgazeou os olhos na minha direção vindo até mim como se eu fosse uma pessoa atropelada que acabara de levantar em forma de zumbi. — Está sangrando? Não era para estar de repouso? O que está fazendo aqui?

— Qual das perguntas devo responder primeiro? — Ergui a sobrancelha dando um sorriso irônico.

— Pelos céus, Ana, pare de brincar! — Repreendeu-me. — Me conte o que houve com você antes que eu ligue pro hospital!

— Não foi nada de mais. — Tranquilizei-a. — Pelo anjo, Juliana, pare de ser tão dramática! Eu apenas tive uma tontura e um sangramento nasal, nada demais.

Ela ergueu a sobrancelha e me lançou um olhar incrédulo segurando meu braço e me puxando para o corredor.

— Alguém já disse que a sua capacidade de mentir é nula? — Sussurrou furiosa. — Aconteceu de novo, não foi?

— Não sei do que está falando. — Tentei desviar do assunto.

— Claro que sabe! — Ela segurou meu braço com mais força me forçando a olhar pra ela. — O mesmo que aconteceu na loja e te mandou pro hospital, quer mesmo que eu acredite que o seu nariz sujou sua blusa desse jeito, Ana?

— Está tudo bem. — Era uma meia verdade. — Foi só um segundo e passou.

— Isso não pode continuar assim, você precisa de um médico melhor, exames mais detalhados...

— Com que dinheiro, Juliana? — Sussurrei alterada. — Meu pai já tem dois empregos quer que eu termine de mata-lo? Já disse que está tudo bem, acabou.

Nesse momento, Adriano apareceu no corredor e estendeu sua jaqueta para mim, fiquei um segundo sem entender o que estava acontecendo enquanto olhava a peça de courino preto pendurada na mão dele.

— Acho que, a menos que você ande envolvida em brigas, seus pais não vão ficar muito felizes em verem sua blusa suja desse jeito. — Disse ele, com um sorriso aberto.

— Já se conheceram? — Quis saber Juliana lançando-me um olhar curioso.

— Como assim? — Olhei para ela, confusa.

— Adrian trabalha com a gente agora. É o novo contratado da loja.

Adrian? — Nesse momento eu olhei para ele, sentindo minha pulsação enlouquecer.

— É meu apelido, as pessoas me chamam assim. — Ele sorriu sedutoramente. — Você também trabalha na loja? Que mundo pequeno.

Não respondi, por um momento senti meus pulmões pararem de funcionar. Era uma coincidência, não era? "Adrian quer a garota" foi o que um dos caras que me abordaram disseram a Fernando, mas havia vários Adrians no mundo, do mesmo jeito que haviam muitas Anas. Olhei para ele por um momento, ele não parecia querer me matar e, se quisesse, teve a oportunidade perfeita de fazê-lo. Eu estava imaginando coisas.

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