Dirty Dancer

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  • Dedicado a Marcelly Gonçalves
                                    

PREFÁCIO.

flashback.

Cinco de novembro, dois dias depois da Believe Tour. Justin continua no Brasil, o que me traz imensa alegria. Só de saber que vou sair às 1h00 da manhã para procurá-lo em sua mansão alugada, me dá certo medo. Na verdade, não um medo. Me dá uma mistura de animação e medo. Só de pensar que talvez eu finalmente o veja de perto, que eu finalmente o abraçe e agradeça por ele existir... Me enche de empolgação.

— Bárbara, dá pra você parar de se arrumar? Ou você termina agora, ou eu desisto de te deixar cometer essa loucura por causa desse garoto. - minha mãe falou aos sussurros, para não acordar meu pai.

— Ok, estou indo. Só vou por um casaco. - disse enquanto abria o closet e tirava um cadigã roxo de dentro dele.

— Esse é o cardigã que você usa pra dançar? Pode tirando isso, pegue outro! - disse minha mãe com raiva no olhar.

— Mãe, esse é meu cardigã da sorte. Você quer que eu tenha azar e passe frio? - olhei com uma expressão meiga.

— Ok, vista logo isso garota. - bufou e revirou os olhos — Quem estará lá? - disse enquanto vestia uma jaqueta.

— Anne, o Diego e uns colegas do twitter. - disse tranquilamente, colocando o celular no bolso.

— Cuidado onde você está se enfiando heim, Bárbara. - me olhou séria por um segundo, transparecendo preocupação.

— Vai ficar tudo bem mãe, vou ficar bem. - calcei meus vans surrados e saí, apenas esperando minha mãe, ao lado do carro.

Como o prometido, minha mãe me levou até o local. Ela não estava muito segura quanto à deixar uma adolescente de treze anos rodeada por outros adolescentes indefesos. Mas eu sentia que algo iria acontecer, e eu acreditava fielmente na teoria de que seriam coisas boas. Imagina que louco seria realizar meu sonho, olhar nos olhos do meu ídolo e agradecê-lo por salvar a minha vida?! Era a última noite dele no Brasil, eu precisava encontrá-lo. Esta é uma questão de principios.

Chegando ao local, minha mãe apenas acenou para os meus amigos, soprou um beijo no ar, e logo depois saiu. Cumprimentei Anne e Diego, e também as pessoas do pequeno grupo que aguardavam pela saída de Justin. Todos estavam muito animados e, apesar da chuva e do horário, não se deixavam abalar. 

— Barbie, você trouxe a câmera? - perguntou Anne, enquanto tweetava.

— Não, mas trouxe o celular. Espero que não descarregue. - disse enquanto vizualizava o ícone que dizia 100% no visor.

— Eu espero que ele saia logo, não aguento mais esperar. - bufou Diego.

— Eu também, preciso abraçá-lo imediatamente. - sorri ao pensar e prossegui. — Algum de vocês sabe do paradeiro dele?

— Ao que parece, ele estava jantando e logo retornaria - disse Stephanie, uma garota baixa de olhos castanhos.

Antes que eu pudesse agradecer pela informação, um carro preto passou em alta velocidade e muito rente ao local em que estamos, quase nos atropelando. Como eu estava mais à frente, consegui reconhecer a fisionomia do motorista e fiquei espantada logo após o ocorrido.

— Era o Ty... Ty James. Com um sorriso malicioso no rosto. Justin estava com ele, se não me engano. Vi uma sombra no banco traseiro. - comecei a tremer, mesmo sem saber o que sentia.

— Então agora é a hora, gente. Vamos! - Disse Diego, super animado.

Quando estávamos prestes à subir a rua, duas viaturas policiais passaram também em alta velocidade, em direção à mansão onde Bieber está. Um calafrio percorreu minha coluna, e em um surto de adrenalina, corri rumo à mansão.

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