Halo chickens,
Então, esse cap tem música bem no comecinho que é Castle da Halsey, seria bem legal que vocês ouvissem, porque tem uma parte da música no texto e esse aqui em cima é o carro da Lauren. Inclusive, gosto de deixar partes das músicas que compõe os respectivos personagens no texto, porque me ajudam a construir a personalidade deles.
Aliás, a próxima atualização deve demorar um pouco a sair, porque to um pouco desanimada e minhas aulas voltam semana que vem. Enfim, mas não vou deixar vocês na mão se eu comecei, termino. Ah, não esqueçam de votar e comentar, por favorr. <3
Boa leitura galero.
Lauren
7h50
Segunda feira. Eu definitivamente odiava segunda feira, com todo meu coração. Faziam quase duas semanas desde a briga com Vero, morria de saudades dela e pensava na briga corriqueiramente, mas eu estava totalmente afogada em meu próprio orgulho. Minha cabeça estava mais que cheia e ultimamente estava agindo automaticamente, Normani havia viajado para Bahamas com algumas amigas - para agravar a situação-, me chamou, mas escolhi não ir. Precisava focar na revista, coisa que eu não estava conseguindo fazer naqueles últimos dias. A matéria final deveria ficar pronta até quarta, tudo que eu tinha era um esboço que fiz com muito esforço, porque eu não conseguia nem ao menos manter uma linha de pensamento por mais de 5 minutos. Precisava me distrair urgentemente.
(Play Castle - Halsey)
Levantei –me da cama preguiçosamente, hora de vestir a famosa armadura Jauregui para passar o dia. Fui até o banheiro para tomar um banho, esse era o ritual que eu fazia a mudança para a mulher com mãos de ferro e incisiva que precisava me tornar, para pôr os pés naquela editora. Vamos ser bem sinceras: confiança é tudo, se você quer se tornar alguém nesse meio e eu tinha de sobra quando me era solicitada. Fechei meus olhos, dando olá aquela mulher que diferente de mim precisava ter força para escrever, contestar tudo que lhe era apresentado, fazendo críticas construtivas e responder a altura aqueles que duvidavam dela. Sempre dando o melhor de si. A partir de agora, eu não era mais a Lauren que podia se esconder, eu não podia me dar ao luxo disso. Abri os olhos, uma corrente arrepiou meus pelos como se denunciasse a mudança, que havia ocorrido em minha cabeça. Hoje o dia seria pesado, sorri torto satisfeita, quase me deliciando com a sensação de desafio.
O reflexo no espelho era meu, eu era essa mulher. Vi o brilho em meus olhos, sorri mais uma vez, ninguém seria capaz de sequer me alcançar, se eu entrasse numa competição. Não sei se seria a melhor, mas com certeza, era a mais ambiciosa. Passei a mão no cabelo, pondo todo de um lado só e levantei umas das sobrancelhas. Definitivamente, também era a mais sexy.
9h00
Desci do meu amado Mercedes-Benz S63 (aquele carro era meu xodó) me direcionando ao elevador. Não me dei o trabalho de tirar meus óculos escuros, gostava de poder olhar todos sem que notassem que estava observando. Estava finalmente em meu querido reino, que infelizmente ainda não era meu, mas que logo tomaria com todo o prazer. Passei a língua entre os dentes me deliciando com a sensação mais uma vez, muitos ali esperavam que eu me tornasse presidente, inclusive me incentivavam a continuar, reconheciam meu esforço para chegar até ali. Afinal, foram meses mal dormidos; ouvindo que eu deveria me calar, me invalidando; levando severas penalidades, porque eu não aceitava nenhum tipo de investida que desferiam sobre mim e não tinha direito algum de fazer absolutamente nada, porque eu não era nada.
Eu não estava ali para me calar e aceitar o que quer que dissessem, estava ali para incomodar, para afrontar. Sei que não precisava de muito, apenas saber que uma mulher não cedia a nenhum deles e havia chegado onde eu cheguei, já os incomodava deveras. Afinal: "por que uma mulher acha que teria o direito de querer se igualar a mim? " A voz do vice-presidente do conselho de administração da revista soou em minha cabeça. Ri com escárnio e uma pitada de ironia. Eu seria a primeira presidente a tomar posse daquela revista, trocaria toda a parte coorporativa por mulheres, aquele mundo não era mais dos homens, na verdade, nunca foi e eu estava cansada deles agirem como se o dominassem. Daria o troco por cada cantada, cada abuso, cada toque invasivo, por cada vez que nós não pudemos fazer nada além de nos calar, porque seriamos desacreditadas, não mais. Eu faria isso nem que fosse a última coisa, cabeças vão rolar.
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Maybe bad, may be bad.
FanfictionEu não sabia que tipo de força me movia até aquele lugar, mas sabia o que ia acontecer. Todos os comandos do meu cérebro gritam para que eu evite, mas eu não consigo. Não consigo ficar longe daqueles olhos. As batidas da música martelavam meus tímpa...