O Chamado Do Espírito [HIATUS]

Capitulo I: Say Something, Rose.

P.O.V Dimitri Belikov

Freiei o carro o mais rápido possível, tentando evitar uma batida no carro da frente.
Quando consegui parar, sai do carro correndo.

Roza...

Corri até onde estava o carro que Rose e Lissa estavam.
Lissa estava fora do carro, segurando a mão de Rose.

Rose estava dentro do carro, o braço estava todo cortado, para fora da janela de vidro do carro.

— Rainha Vasilisa – Segurei o braço de Lissa a puxando.

— NÃO! ME SOLTE! – Ela gritou assustada chorando.

Eu a obedeci, e ela se ajoelhou no chão, segurou a mão de Rose e fechou os olhos.
Nada aconteceu.

— Rainha, o carro pode explodir a qualquer momento. – Alertei ela.

Vasilisa não respondeu.
Apenas continuou lá, tentando.
Tudo o que eu queria era tirar minha Rose daquele carro.
Eu sei que ela não está morta.
Ela não pode estar morta.

Ao olhar novamente para o braço de Rose eu vi as feridas se cicatrizando.

— Rose... – Lissa choraminhou. Ela estava pálida, e desmaiou ao lado do carro.

— LISSA! – Ouvi Christian gritar a uma distância segura, vindo correndo andando em nossa direção.

Corri para a porta do carro e a abri. Mesmo estando emperrada eu fiz a força máxima que pude, quando consegui abrir tirei Rose de lá.
Ela estava pálida e gélida.

— Roza – Falei engolindo um soluço e alisando o rosto dela com cautela. — Roza, acorde – Senti uma dor em meu coração, como se estivesse quebrando.
— Rose, diga alguma coisa – Não aguentei e deixei uma lágrima escapar.

A culpa foi minha. Eu que a irritei. Eu não disse que a amava pela última vez. Deus, o que eu fiz?

Meu coração quebrou. Literalmente. Eu podia escutar o barulho dele se partindo.

Minha garganta queimava, eu apertava Rose contra meus braços com força, tentei senti pulsação mas não havia.

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Cinco meses depois ...

P.O.V Rosemarie Mazur Hathaway

Abri os olhos lentamente, e um clarão tomou conta de minhas vistas.

— Lissa – Sussurrei

Ao enxergar com mais clareza pude perceber que estava em um quarto de hospital. Levantei parte do corpo e tirei a mascára de oxigênio envolvida em meu nariz.

— Janine, Rose também é minha filha. Você acha que eu vou concordar com isso? Desligar os aparelhos? O que passa em sua mente? – Escutei a voz de Abe ecoando no corredor.

— Fale baixo! – Janine o repreendeu. —  Você acha mesmo que ela vai querer vivee dessa forma? Aleijada?

— COMO OUSA DIZER ISSO? – Escutei uma voz forte com sotaque russo gritando. Dimitri.

Aleijada?

A palavra ecoava em mimha cabeça.
Como assim aleijada?

— Ah, então você decidiu se juntar a conversa? Não se esqueça Belikov. Você foi o culpado por minha filha está como está. Ela não sai do coma a cinco meses! – Janine falou

CINCO MESES?
Tirei o lençol de minhas pernas e tentei levantar; Não consegui.

— O que? – Falei sozinha erguendo uma sobrancelha

Tentei novamente.
Nada.

— Não, não, não! – Sussurrei.

Não havia movimento algum em minhas pernas.
Por mais que eu tentasse!
Deus! O que tinha acontecido comig...

O acidente.

Quando estava prestes a gritar vi um clarão em meus olhos, e aos poucos conseguia ver o cénario que estava.
Mas não era exatamente eu.

— Rainha Vasilisa Dragomir – Um rapaz alto e louro se aproximou me cumprimentou, ou melhor Lissa.

Como isso é possível?
A ligação tinha... Meu... Por São Vlad! O que esta acontecendo?

Fechei os olhos e o apertei com força "voltando para o meu corpo".

— Deus! – Abe exclamou entrando — Você está acordada minha filha!

Olhei para ele e tentei falar alguma coisa, mas me sentia fraca.

— Roza? – Dimitri entrou no quarto.

— Dim... – Tentei falar mas nada saía.

— Não não, não tente – Ele correu e se aproximou de minja cama, segurando minhã mão.

— Li... L... Li... Lis – Coloquei a mão na garganta — Lissa – consegui sussurrar

— Está bem Roza. São e salva, graças a você. – Dimitri falou

Graças a você.

Foi como se eu pudesse ter voltado ao dia do acidente.

Os Moroi antes de tudo.
O grito, meu nome. Tudo.
O farol. Meu Deus.

Lissa adentrou na sala.
Ambos se olharam desconfiados.

— Rose. – Ela correu e me abraçou.
E começou a chorar.

— Nã.... Não Ch-o-o-o-r – Soluçei.

— A culpa foi minha Rose – Ela me olhou com os olhos cheio de lagrimas

Sequei as lágrimas dos olhos dela.

— Não vou deixar você tomar mais golpes por mim Rose. – Falou

— Sim. Faça. – Janine entrou na sala.

Lissa me olhou fixamente.

— Você vai esquecer de todo o mundo vampiro. – Fiquei paralisada e hipnotizada — Vai se esquecer de mim, do Dimitri, do Christian, do Mason, do Eddie. Você só é uma humana normal que está cursando a faculdade. Você teve uma infância feliz com seus pais. Tinha uma melhor amiga chamada Tessa, e um cachorro chamado Sr. Wishkar.

— Eu... – inclinei a cabeca ainda a olhando

— Você só... – Lissa soluçou — Só vai se lembrar disso na hora certa. Quando tiver que ser lembrado. Você... – Ela voltou a chorar e saiu correndo da sala

Arregalei os olhos assustada ao ver uma loira saindo correndo da sala.

— Quem é aquela gar... – Olhei para um moreno alto de cabelos cumpridos que estava do meu lado. Registrei aquele momento em minha mente quando pisquei rápido.

Fechei os olhos.
Não havia clarão, nem escuro.
Não havia confusão, nem estacas, nem romance proibido. Não havia mortes, paixões, desilusoes amorosas, amigas, vampiros.

Só havia paz.