Senti como se uma pedra de gelo atingisse meu peito, pressionando - o como numa massagem cardíaca.
Abri meus olhos e encarei um arco íris de milhares de cores cintilando sob o sol a pino.
Um arco íris no fim do túnel.
Não era à luz cliché, eram cores, faíscas coloridas que cintilavam no ar, um arco íris tão lindo que tiraria o fôlego de qualquer um.E no fim, o que havia do outro lado era um arco íris.
Ouvi vozes lindas mas meus olhos teimaram em se fechar, sentia - me esgotada. Tudo o que se seguiu foi frio, como se eu estivesse em um avião a onze mil pés de altura e enfiasse a cabeça para fora da janela com uma idiota. O vento incomodava e achei a morte bem desconfortável.
...
Eu estava confortável. Definitivamente era conforto o que sentia. Meus pés deslizaram por um lençol macio e era bom como se estivesse deitada em uma cama de nuvem.
Abri meus olhos e choquei - me.Sentado em uma poltrona de veludo negro estava o Conde Dracula, sim, o próprio Vlad o Empalador. Seus olhos brilhantes me encaravam sem humor e o cheiro maravilhoso que senti quando achei que estava morrendo preenchia o quarto. Vampiros cheiram bem! Sua imponência e elegância dominavam o ambiente,
- O que houve? - Perguntei fracamente numa tentativa frustrada de levantar - me.
- Você fracassou. - Falou friamente. - Está ferida, os príncipes não acordaram e veja só.
Vlad ergueu a barra da calça mostrando seu pé direito que desaparecia como um desenho que está sendo apagado pelo autor.
- O que é isso? - Questionei assustada.
- Estamos desaparecendo. Todos nós. - Gesticulou.
- Não pode ser.
- Com certeza pode. - Murmurou sem humor.
A porta do quarto rangeu e se abriu lentamente revelando a figura imponente do Rei Arthur.
- Majestade! - Acenei surpresa.
- Rainha Rosana! - Curvou - se em minha direção em reverência e beijou - me a mão. - Como se sente? - Indagou Arthur.
- Dolorida. - Sorri tristemente.
- E deve mesmo. Está bastante machucada. - Arthur falou com carinho.
- Ah essa hora poderia estar morta. - Dracula disse friamente. - O que seria o fim de todos nós.
- Não a pertube, Vlad! - Ralhou Arthur enquanto envolvia suas mãos sobre as minhas. - Querida, sei que está debilitada mas precisamos que nos ajude! Diga - me aonde está o Santo graal? Ele nos ajudará a acordar os príncipes encantados e salvar os finais felizes.
- Não acredito que aquela taça fazia parte do antídoto da maldição. Por isso tentou recuperá - lo tantas vezes! - Dracula resmungou claramente irritado.
- O Graal vai salvar os contos de fadas? - Perguntei surpresa.
- Não queridinha! - O feiticeiro surgiu invadindo o quarto como se fosse íntimo. - Mas ele é um dos integrantes principais! - Sua proximidade me deixou incomodada. - Ah, não tenha medo criança. - Sorriu exibindo seus dentes de ouro assustadores.
- Se afaste. - Mandei.
Sua mão estava estendida sobre mim e ele não importou - se em recolhê - lá.
- Não antes de deixá - lá novinha em folha! - Alargou o sorriso.
- Eu sei que tudo tem um preço e não estou disposta a lhe dever nada.
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Rosana A Herdeira Impetuosa
RandomRosana a Impetuosa é filha de dois semi-deuses, neta de Zeus, e uma fada herdeira de grandes poderes do Reino das Amoras. Mas Rosana é uma fadinha rebelde, travessa e que promete fazer grandes confusões por onde passar. Seus desafios e aventuras...