O Jantar parte 2

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Ele se senta ao meu lado, sinto minha pele esquentar, tenho certeza que estou vermelha olho para meu outro lado na tentativa de disfarça meu rubor na presença dele. Respiro fundo e pra quê? Sinto seu perfume e fico perdida na fragrância que exala do seu corpo. Acho que ele percebe meu desconforto e me pergunta se está tudo bem, com um sorriso de arrancar calcinhas, ou no meu caso molhar. Bebo um pouco de agua que me foi servido e limpo a garganta.
- Si Siim...! Merda eu tinha que gaguejar
Ele ri e se apresenta:
- Oi, sou o Guilherme. Irmão da Pamela formada em Psicologia
Só por educação respondo porque minha vontade é de ignorar a existência dele. porquê ele me afeta??
- Sou Valentina, formada em Adm. Hospitalar! Conheço sua irmã de algumas aulas que tivemos juntas. Bebo um pouco mais de água e sorrio pela taça pra ele.
O jantar foi pedido assim, como 2 garrafas de vinho da escolha da casa. E que de fato foi uma excelente escolha, gostei tanto que creio que sozinha devo ter tomada mais da metade de uma garrafa. A conversa fluía na mesa mas tudo em que meu corpo se concentrada era ignorar ele. Pela conversa soube que ele era Ceo, muito inteligente e que não morava no Brasil.
Uma parte de mim se entristeceu quando ouvi isso. De vez em quando olhava ele, e ele retribuía o olhar com um sorriso. E eu já alterada pelo vinho sorri pra ele abertamente! O que estava acontecendo comigo? Depois de retirado os pratos da janta foi apresentado o cardápio de sobremesas a parte que mais gosto! Escolhi uma torna de chocolate branco com morango, em quanto esperava senti algo encostar na minha perna! Meu corpo todo reagiu aquele toque, justo na hora que ia beber o resto de vinho da minha taça, engasguei de forma nada apresentável, Guilherme rapidamente se comportou veio me ajudar, quando levantei com falta de ar. A mesa toda me olhou quando Guilherme assoprou no meu rosto em quanto batia na minha costa. Depois dessa crise minha agradeci Guilherme e me desculpei com o resto da mesa, peguei meu celular e usei como espelho pra secar as lagrimas dos meus olhos. Olhei para o Guilherme com um olhar acusador e ele rindo murmurou um desculpas.
No time perfeito minha torta chegou. Comi sem tirar o olho da torta, porque além de maravilhosa eu estava morrendo de vergonha. Assim que minha torta acabou olhei pra Pamela a irmã de Guilherme que apenas riu pra mim e sorriu de forma maliciosa que me fez ficar mais vermelha. Aos poucos alguns iam se despedindo e saindo do restaurante. Pedi licença e peguei meu celular. O menino me deixou na mão. E como se não bastasse não tinha dinheiro o suficiente para o taxi, voltei para mesa e me aproximei por trás da Pamela, e sentei ao seu lado que agora estava vago,
- Pamela? Tudo bem?
- Oi Vah tudo bem?
- Então, bem não estou. Eu vim de uber e esqueci dinheiro do taxi, e meu celular descarregou! Será que você poderia me emprestar 20 reais?
- Que merda Va, eu nem trouxe dinheiro, nunca trago quando estou com meu irmão ele não me deixar pagar nada mesmo. Mas posso te dar uma carona!
Carona? Ela estava com o irmão dela? Ai meu Deus, eu e ele no mesmo carro??
Mas que escolha eu tinha era isso ou ficar aqui.
E já tarde, pra mim ir de ônibus pra casa.
- Eu aceito! Dou um abraço nela e agradeço. Permaneço ali trocando conversa fiada com ela, e vejo seu irmão nos encarando.
Ela aperta a minha mão e sorri, ela também viu. Ela levanta me assustando, e se senta no meu antigo lugar, dando a volta na mesa fala ao em seu ouvido e reparo a forma que seu sorriso toca aos olhos, em quanto ela fala com ele. Eles se levantam e automaticamente sei o que eles conversaram, me levanto também quando pamela me pede pra acompanha- lá.
Me despeço do Heitor e o restante do pessoal e sigo em direção a garagem. Antes de sairmos do restaurante pamela interrompe nossa caminhada, e diz que vai ao banheiro. Fico parada encarando Guilherme que me olha com cara de perseguição, sem saber o que dizer dou um passo pra trás temendo aquele olhar sexy, dele!
Ele percebe e pergunta
- Pamela pediu pra te dar uma carona. Mas ela não me disse aonde você mora.
- Ahh, Moro no Meier, se não for longe do seu destino agradeço.
- Sem problemas. Rars
Olho pra trás e vejo, pamela.
Uffaa, ficar com ele sozinho é arriscado eu já bebi de mais e ele me olha de uma forma...
Entramos dentro do carro, e seguimos viagem de forma tranquila olho pela janela, e vejo que paramos em uma casa. Eles pararam aqui primeiro?? Sem entender nada, pamela abre a porta onde estava encostada e me da um abraço se despedindo de mim. E me puxando para sentar na frente. Sem entender me sento no banco ao lado do Guilherme que está no lado do motorista. Ela fecha a porta e acena dando um tchau e mandando um beijo.
Olho Guilherme tentado entender que está parado, me encarando.
Ele da a volta no grande jardim da casa, em silêncio  e quando as portas da garagem se abre para rua ele olha pra mim com aquele sorrizo e diz:
- Agora sim! Você é toda minha...

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