Epílogo

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Cristal

6 meses depois

ATRASADA! EU ESTOU MUITO ATRASADA!

Tinha uma entrevista com um dos conselheiros do UCSF Media Center marcada para as 15h30min, mas quase não saio de casa preocupada com Amy. Espero que Frank dê conta de cuidar dela enquanto estou fora já que da ultima vez que ela teve febre ele quase surtou. Chego à cafeteria com meia hora de atraso, meu Deus que ele não tenha ido embora, por favor. Entro na cafeteria e faço uma varredura no local para localizar o Sr. Müller, felizmente encontro-o em uma das mesas do canto. Me aproximo dele e estendo a mão.

— Sr. Müller, perdão pelo atraso. — ele se levanta e aperta minha mão. — Minha filha não estava muito bem e tive que demorar um pouco, a babá não pôde vir hoje.

— Srta. Fox, sem problemas. Eu cheguei um pouco atrasado também. Sente-se, por favor. — aponta a cadeira e nos sentamos — Me desculpe a intromissão, mas você deixou a menina com quem?

— Com o pai dela. Eu só rezo para não encontrar a casa de cabeça para baixo quando chegar ­— Sr. Müller ri baixinho.

— Certo. Vamos direto ao assunto então, infelizmente temos pouco tempo. — assinto e espero que ele continue — Nós gostamos muito do seu currículo e gostaríamos muito que você se juntasse a nós em seu período de residência.

Abro um largo sorriso, eu não acredito que consegui!

— Seria um imenso prazer e um sonho realizado poder trabalhar com vocês, senhor. — o encaro sorridente.

— Ótimo, então seja bem-vinda ao UCSF Media Center. — me lança um sorriso acolhedor — Poderia passar na administração do hospital amanhã para resolvermos as questões contratuais?

— Mais é claro que posso, só me dizer o horário e estarei lá.

— Às 10h00min. Quando chegar lá, diga que está sendo aguardada por Frederick Müller, meu irmão, ele irá resolver toda a burocracia com você. — ele se levanta e me estende a mão — Será um prazer tê-la em minha equipe, Srta. Fox.

— O prazer será meu. — me levanto e aperto sua mão.

— Até mais, e cuide da pequena.

Observo Edward Müller sair da cafeteria e faço uma comemoração discreta, pego minha bolsa e vou para casa, menos preocupada por saber que minha vida está se resolvendo.

Chego em casa dando de cara com Alex sentada em nossa sala com Amy no colo.

— Olha quem veio ver a afilhada mais linda do mundo. — Alex se levanta e vem me cumprimentar. Aproveito e meço a temperatura de Amy. — Não se preocupe a febre já abaixou e ela está prontinha pra outra. Não é meu doce?

— Agora posso respirar aliviada. — deixo Alex brincando com minha filha na sala e vou até o quarto para deixar a bolsa crente que Frank estaria nele.

Tiro os saltos respirando aliviada, só Deus sabe como isso estava me apertando. Volto pra sala e Alex agora está sentada no chão.

— Alex, cadê o Frank? — me sento ao seu lado.

— Ah, ele me ligou dizendo que precisava dar uma saída, mas não podia levar a bebê por ela estar mal e pediu para que eu ficasse com ela. Então como a boa madrinha que sou, cá estou. — assenti concordando e comecei a brincar com Amy — Mas me diga, como foi lá na entrevista?

— Deu tudo certo, ele me pediu para ir até o hospital amanhã para resolver os últimos detalhes. Então posso dizer que sou o mais novo membro da equipe de neurocirurgia do UCSF. — sorrio para minha amiga, que me abraça de lado.

O Idiota do Corredor (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora