Capitulo 05

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"Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos aborrece." João 15.19


Pizza!

Estava em casa terminando de me arrumar para ir ao culto, e como era comum, eu estava atrasada. Ainda escutei meu pai me chamar mais de uma vez, então logo desci para não acabar ficando para trás. Fui para o carro junto com a minha família, e não demorou muito para que chegássemos à igreja.

— A paz do Senhor. — Me cumprimentou o pastor assim que me viu. — Grande vitória das meninas, sua filha se saiu muito bem irmão Vitor. — Falou olhando para meu pai que sorriu orgulhoso. Deixei eles conversando e entrei no templo.

Lara fez um sinal para que eu me sentasse junto a ela, e assim eu fiz, o pastor se dirigiu ao púlpito e deu início ao culto, que seguiu sendo uma benção. Em cada louvor ou palavra ministrada eu pude sentir que Deus estava presente. Quando acabou, eu me juntei as demais garotas que estava do lado de fora esperando a irmã Rebeca e as outras jovens para a nossa noite da pizza. Nosso merecido premio ganho na gincana.

— Por favor, irmã, deixa a gente ir junto. — Henrique acompanhava a irmã enquanto ela caminhava para o lado de fora do templo. Foi a cena mais cômica que eu havia visto até aquele momento.
— Henrique o combinado foi que somente as meninas poderiam ir, pois foram elas quem ganharam. — Explicou ela pacientemente, e eu ri da forma como ele implorava.
— É verdade Henrique, o prêmio é para quem ganhou a gincana. — provoquei, e em reposta ele mostrou língua pra mim.
— Parece uma criança. — Disse a Lara rindo.

Foram todas as meninas do conjunto de jovens para a pizzaria perto da igreja todas na supervisão da mulher do pastor e da irmã Rebeca. Graças a Lara e a Yasmin, que me forçaram, eu conversei com quase todo mundo, com exceção de algumas, umas três, que me olhavam como se não tivessem ido com a minha cara, mas eu não dei muita importância. Foi uma noite bem agradável, depois a esposa do pastor levou cada uma para sua casa, levou um tempo até que todas fossem deixada em segurança. No caminho, a Lara pediu para dormir em casa e eu não neguei, afinal, ela havia se tornado, em tão pouco tempo, uma grande amiga, seria bem legal.

— Boa noite Lara, como vai seu avô? — Perguntou minha mãe quando me viu entrar com a Lara.
— Vai muito bem dona Ana. — Respondeu educadamente, um pouco tímida, já que ela só conhecia minha mãe com base no que eu havia contado sobre ela.
— Pode tirar o "dona", faz eu me senti mais velha do que eu realmente sou. — Disse minha mãe nos fazendo rir.
— Ok, mas posso chama-la de tia então? — Sugeriu, minha mãe pareceu pensar um pouco depois assentiu com sorriso.

Demos boa noite aos meus pais, que já estavam ido para o quarto quando chegamos, e fomos para o meu. Eu me troquei e logo em seguida a Lara também fez o mesmo, e ficamos um bom tempo conversando sobre a Bíblia, falamos sobre o grupo. Até que a Lara decidiu começar a implicância.

— E o Henrique? — Falou me olhando de forma sugestiva.

— O que tem ele? — Me fiz de desentendida, embora eu soubesse muito bem onde ela queria chegar.

— Não finja que não vê a forma como ele te olha.

— Sim, como um alvo perfeito para implicações. — Disparei. — E é bom que a gente vá dormir, ainda tem aula amanhã e eu sou terrível para acordar cedo. — Me virei para o outro lado e a ignorei, mas ainda a escutei dizer a sua ultima frase.

— Não pensa que vai escapar dessa conversa viu, ainda vamos tocar no assunto de novo. Depois disso, oramos e fomos dormir.
Na manhã seguinte acordei cedo, o que normalmente não é comum. O despertador nem havia tocado ainda. Arrumei-me para ir a escola e logo em seguida a Lara acordou e fez o mesmo.

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