capítulo único - solidão

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Nasceu devido a uma gravidez indesejada, pelo pai foi abandonada.

No ventre foi rejeitada, quando veio ao mundo molestada.

Cresceu sendo vítima do horror, pela mãe não recebeu amor.

Aos cinco anos de idade seu padrasto ensinou-lhe um oculto passatempo.

— Você só precisa passar a língua, ou melhor, apenas imagine que é o seu doce preferido e as vezes engula. — quando procurada, ouvia sempre as mesmas palavras.

Os anos passaram, os abusos não.

A inocência foi deflorada, a verdade ocultada.

O medo prevaleceu, a sanidade adormeceu.

Os dias da adolescência trouxeram a opressão, culpabilizada pelo silêncio desejou eternamente a solidão.

Infâncias perdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora