Não sei porque estou a adiar o inevitável. Algum dia eu terei de ir à praia ou à piscina. Não vou passar as férias fechada em casa.
Diogo - Ok, como queiras. Como se chama o filme?
Eu - Aah... pois, não me lembro. Eu vou agora tomar o pequeno almoço, queres vir?
Diogo - Eu já comi mas posso fazer-te companhia.
Eu - Ótimo! Então eu vou buscar o que é preciso e vamos para a varanda!
Ele olhou para mim, confuso, e eu apressei-me a explicar-lhe a minha ideia enquanto o puxava pelo braço para a varanda:
- Está um dia fantástico para comer ao ar livre! E aqui ficamos mais à vontade! Senta-te aí que eu já venho.
Fui até à cozinha e encontrei lá a minha mãe a lavar a louça. Ela olhou para mim e pousou o prato que tinha na mão. Cheira-me que vem aí interrogatório...
Mãe - Quem é aquele rapaz que te veio visitar?
Aí está ele. O meu nariz nunca me engana.
Eu - É um amigo. Porquê?
Por enquanto não vou contar à minha mãe que tenho namorado. Não sei como é que ela vai reagir, e não me quero arriscar a apanhar algum castigo ou algo do género.
Mãe - Por curiosidade. Parece-me que conheço a cara dele de algum lado...
Eu - Ele já esteve cá em casa.
Mãe - A sério? Não me lembro desse dia. Ele veio cá fazer o quê?
A falta de memória e a desconfiança da minha mãe enervam-me profundamente.
Eu - Não te preocupes, nesse dia ele veio cá fazer um trabalho, e tu estavas em casa!
Para finalizar a conversa, peguei no tabuleiro com a comida já pronta e fui para a varanda. O Diogo estava sentado a observar atentamente as flores que estavam perto dele.
Eu - Gostas? Sou eu que cuido delas.
Diogo - Adoro. Eu sei que o que vou fazer agora te pode parecer errado, mas já te vou explicar o porquê de não ser. Espero que não te importes...
Enquanto eu olho para ele confusa, ele arranca uma flor solitária e escondida, tira-lhe as várias pétalas secas fazendo com que ela fique com menos de metade do tamanho inicial. De seguida prende-a no meu cabelo, sorrindo ao mesmo tempo que diz:
- Uma flor para outra flor.
Dei-lhe um beijo rápido na bochecha e de seguida massajei suavemente o seu lábio inferior com o meu dedo.
Eu - Que querido! Não sabia que eras tão romântico ao ponto de me comparares com uma flor!
Dei por mim a sorrir e a arrepiar-me quando senti os dentes dele a morder o meu dedo. Ele sorriu-me também e agarrou no meu pulso, puxando-me para ele e beijando-me nesse preciso momento. Senti um calor repentino a percorrer todo o meu corpo e uma sensação ótima no fundo da barriga. Deve ser aquilo a que as pessoas chamam de "borboletas no estômago".
Diogo (fazendo-me festinhas na mão) - Bem, as flores são seres delicados, bastante parecidos com algumas pessoas. Quando achas que uma flor é bonita, a única coisa que fazes é constatar um facto, admirar a flor, e de seguida ir embora, continuando a tua vida normalmente. Por outro lado, quando achas uma flor linda, não te contentas em observá-la durante uns segundos.
☆ ☆ ☆
Tive uma ideia. A partir do capítulo 5, vou começar a dedicar os capítulos à primeira pessoa a votar e/ou comentar o capítulo anterior.
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Borboleta Lutadora (✔)
Fiksi RemajaBianca terminou o 11° ano da melhor maneira possível: começou a namorar com um dos rapazes mais giros da escola e finalmente encontrou a felicidade tão desejada. Após uma infância sofrida, a vida de Bianca parece finalmente estar a ser perfeita, mas...