Capítulo quatro - O coração bate mais forte

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Escuto o despertador tocando, olho a hora e vejo que faltam 40 minutos para a Helen passar na minha casa. Digo pra mim mesma "Eu sei que em 20 minutos eu me arrumo, vamos cochilar mais um pouco Lívia.."

Escuto muito longe alguém chamando meu nome, vejo que estou em uma ponte branca e a Helen do outro lado me chamando. Me assusto, e tropeço no meu próprio pé e caio da ponte.

Na verdade, era só um sonho, agora estou aqui esparramada no chão como uma banana atropelada. E repito várias vezes "droga", me levanto rápido e corro até a porta de casa. Já recebo a Helen xingando e gritando comigo, então eu corro para o banheiro como se eu estivesse fazendo um cosplay de Flash.

Oi meninas, a dica do dia é: Não estresse uma taurina.

Me arrumo o mais rápido e mais desajeitado jeito possível, pego a mochila no quarto e olho o relógio do pulso "20 minutos e pronta". Dou um sorriso pra mim mesma e vou até a sala.

— Lívia eu deveria desistir de você, SÉRIO! - Ela diz com o tom de voz alto.

— Amiga, me perdoe é que você sabe... O desepertador não despertou de novo.

— AHAM SEI, sabe eu vou comprar um novo pra você, já que o seu está "quebrado" - Ela faz sinal de aspas com as mãos e eu dou um abraço de lado nela e concordo.

O problema é que eu durmo muito, eu deve ter algum problema, e tudo piora porque meus pais saem pra trabalhar uma hora mais cedo e não dá pra me acordar com panelas batendo.

Chegando na escola, como de costume, encontramos Lola e Marcos na frente do colégio conversando. Eles são irmãos, vivem na mesma casa e haja assunto viu...

— Garotas, vocês chegaram! - Ela diz muito alegre e saltitante. - Eu tenho uma novidade bapho pra vocês. - Ela fica esperando nossas reações que continuam as mesmas. - Chegou o novo aluno, aquele que a gente foi na festa e ele era o anfitrião, não é? Lívia... - Ela ri e pisca.

Faço forças pra manter a mesma reação e caio na risada com ela, começamos a falar sobre a parte traseira do famigerado anfitrião enquanto entramos na escola. Marcos e Helen estavam atrás achando um exagero nossa euforia.

O sino toca, e as aulas já vão começar. Lola, Helen e eu fomos pra nossa sala, enquanto Marcos ia quase chorando pra dele.

Quando entramos na sala, senti alguma coisa errada, alguém estava sentado no meu lugar perto da janela.

Vou até lá. Tenho aquele lugar reservado desde sempre, não é agora que vou perder.

— Licença, mas eu sento aqui desde a oitava série e... - E fico muito surpresa quando o garoto olha pra mim, é "apenas" o garoto da festa.

— Primeiramente bom dia, meu nome é Thiago. - Ele estende a mão, minha pele gela de nervosismo, e estendo e aperto. No momento que eu ia falar, ele me interrompe e continua. - E em segundo lugar... - Ele levanta um pouco e eu penso que ele vai logo mandar um xingamento lindo.

A mão dele vai em direção próxima aos meus lábios, e ele aponta.

— Tem pasta aqui.

Fiquei desesperada mas tentei não demonstrar, fui logo limpando a pasta de dente com as costas da mão e colocando a minha mochila encima da carteira para marcar meu território.

— Ok, muito obrigada, Thiago. Já pode sair. - Eu digo, debochada, mas bastante nervosa.

Durante alguns segundos ele ficou me olhando, foi então que eu levantei revirei os meus olhos (Da pior maneira). Ele riu e pegou a sua bolsa e colocou na carteira de trás, me ajeitei na cadeira e alguns minutos depois a aula começou. Eu não sabia se prestava atenção na aula, ou pensava no que tinha acontecido a alguns minutos atrás... ESTÁ DECLARADO: EU PASSEI VERGONHA NA FRENTE DO CRUSH!

Pra melhorar o Thiago me pediu a borracha emprestado várias vezes em uma aula, eu já estava dando minha borracha de presente pra ele.

Não prestei atenção nas aulas e tomei um susto com o toque furioso do intervalo. Fui ao encontro das meninas no outro lado da sala, e como se era de esperar ficaram me atormentando com o episódio da banca com o Thiago, elas comentavam como se eu não estivesse ali.

"Menina, ele olhou ela como se fosse uma coxinha saindo do forno."

"Só faltava a Livinha tremer de nervoso, lembra quando isso aconteceu daquela vez?"

"Aquele olhar dele é de ficar boba de paixão"

"Quando ele apontou o dedo para boca dela, eu pensei O BV DELA SAI HOJE"

E elas riam alto, a cada frase. E não, eu não sou BV. 

Eu, chateada, revirei os olhos, e quando fiz isso eu percebi que a Lívia olhou pra mim, fez uma cara de nojo e saiu da sala. Ela matou aula, ficou fora da sala por um bom tempo, e quando chegou, ela disse à professora de Geometria:

— Desculpe o atraso, profe, emergência daqueles dias.

Ela se sentou e alguns minutos depois o alarme bateu para o recreio. Eu fui saindo da sala, com um olho na porta e outro no (meu boy) Thiago. 

Era melhor eu não ter saído.

Haviam alguns cartazes com setas apontando para minha sala com a frase "BV GRÁTIS" encima das setas coladas nas paredes até que uma perto da porta da minha sala dizia:

"Favor, tirar o BV da aluna Lívia URGENTEEE"

Eu fiquei morta e enterrada. 

Lívia passou por mim, me empurrando com o ombro, olhou por cima do ombro pra mim e soltou um beijinho, eu queria matar aquela vaga...

[Nota da autora]

OLÁ PESSOAL, voltamos com o NCL, mas o João vai intercambiar esses tempos então queríamos avisar que a frequência do NCL a partir de agora será livre, justamente para não complicar na experiência dele, Ok?

Aliás, pela volta, esse capítulo merece um voto, não é?

Beijinhos da Kah!

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2016 ⏰

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