Acordei exausto, com uma dor de cabeça infernal, eu não queria ir para a escola, não dava para estudar direito com dor de cabeça. Resumindo, fui para uma balada com os amigos e bebi muito, acabei me dando mal depois.
Mas e agora? Como irei falar para o meu pai que estou com dor de cabeça? Ele ia falar que eu estava dando desculpa, bom, mas não custava tentar. Eu fui até a cozinha depois de pronto, olhei para meu pai que estava fazendo panquecas, era a gracinha de sempre, fazia panquecas sorridentes para fazer eu e minha irmã termos um dia alegre, bom, com minha irmã funcionava. Eu sentei na cadeira e apoiei meus braços na mesa observando, quando meu pai virou, ele sorriu para mim e deu um bom dia, eu respondi de volta, pensei: "eu não vou dizer nada, vou ficar quieto, vai que eu estrago o dia dele." Então resolvi não falar nada, só tomei um remédio para a dor passar.
Depois de o café está pronto, eu comi rapidamente, de como costume, despedi de meu pai e minha irmã, peguei meu casaco, e minha mochila e fui para a escola.
No caminho da ida, encontrei com meu amigo Edgar, eu chamava ele de Bon Jovi, seu cabelo, seu jeito era igual. Ele estava reclamando sobre oque aconteceu ontem, que chegou em casa super bêbado e que ele se ferrou, seus pais descobriram que ele bebia, eu só ficava escutando oque ele dizia, e ria... Bom, meu pai não fica bravo comigo quando eu bebo, e também é só de vez e nunca... Vamos dizer, que, só uma vez por mês, ou até três vezes, e também mesmo bêbado, eu tinha horário pra voltar, e se passasse do horário, eu ficaria sem celular, televisão, e não ia pro jogo de beisebol.
Chegando a escola, Edgar finalmente se calou, mas com uma cara emburrada, logo em seguida eu perguntei:
-Vai pro jogo de beisebol? -Eu olhei pra ele e sorri.
-Eu vou tentar pelo menos fugir de casa pra ir ao jogo. -Eu vi ele tirar um cigarro e isqueiro do bolso de sua calça, em seguida acendendo.
-Hey, cara! -Eu tirei o cigarro da mão dele. -Você não deveria fumar! Isso mata. -Eu joguei o cigarro dele no chão e pisei.
-Tch. -Ele encostou na árvore e ficou de cara emburrada. -Mudando de papo seu chato, você parece que gostou da Bruna.
-Eu? Gostar? -Eu soltei um riso preocupado. -Ela só é bonita.
-Ah, para...
E o sinal bate, que fez o Edgar interromper oque iria falar, ainda bem. Bom, andamos juntos até a entrada e se despedimos, pois éramos de salas diferentes, eu caminhei até a minha, meio sem rumo, despercebido eu esbarrei com a Bruna Scheles.
-Desculpa. -Eu falei baixo, ao ver que era ela, meu coração acelerou.
-Tudo bem. -Ela virou para mim, com um sorriso lindo no rosto. -É você, Dave... Queria falar um instante com...
-Desculpa. -Eu interrompi ela. -O professor entrou.
Eu corri para a sala, e entrei, virei um pouco a cabeça para ver qual seria a reação dela, ela parecia meio sem graça, pois parecia que iria falar algo importante, eu olhei para seus olhos como pedido de desculpa, ela respondeu com uma piscada.
Ao entrar na sala, sentei em meu lugar, e fiquei calado prestando atenção no que o professor iria falar, ao ver ele começar a escrever na lousa, todo mundo pegou o caderno, e eu também, eu escrevi calado, como a maioria também, depois que o professor terminou de escrever ele começou a explicar, eu fiquei olhando para o meu caderno e pensei: "Bom, acho que estraguei um dia, a garota que eu gosto queria falar comigo, e eu a interrompi, agora só falta eu nunca mais saber oque ela iria falar, eu realmente sou um tonto." Olhei para umas folhas adiantadas do meu caderno, e novamente voltei a pensar" "Queria pelo menos me declarar para ela, mas não tenho coragem, eu também queria pelo menos me desabafar oque sinto depois de minha mãe ter morrido... Mas acho que com algumas discussões que acaba acontecendo, vou é piorar algumas coisas." Bom, olhando aquelas folhas, eu realmente consegui ter uma ideia ótima, em fazer um relato das coisas que eu sinto, tipo, não vai ser um diário, isso é coisa de menininha, mas vai ser só algumas anotações, umas 20 folhas está bom, isso é o suficiente para alguns dias de desabafo. Ao ter essa ideia, eu até queria da um nome no caderno... Não digo, nessas 20 folhas, vai se chamar... Max, eu dei esse nome por causa de um cachorro que minha mãe tinha me dado quando eu tinha apenas 6 anos, ele era esplêndido.
Quando tocou o sinal para a hora do intervalo (claro, tive mais duas aulas), eu vi todos os alunos da sala saírem, e como sempre fui o último a sair, me levantei e dei passos curtos até a porta, olhei o corredor e já não tinha ninguém, pensei: "É, ainda bem, não queria esbarrar com a Bruna se caso ela estivesse com uma multidão." Eu andei até até o refeitório da escola, sentei em um banco e fiquei esperando um amigo, esse se chama Vitor, ele é o cara, pois tinha gostos diferentes... Se não, eu chamaria ele pro jogo de beisebol, quando eu o vi, ele estava agarrado com duas meninas, e indo em minha direção, logo ele soltou elas e sentou do meu lado e é claro, demos aquele comprimento de bate aqui, ficamos conversando sobre garotas, ultimamente, é oque ele mais gosta de falar, não que eu esteja reclamando sobre isso, mas ele fala de um jeito tão abusado delas que até me assusta, depois de eu ter falado sobre as garotas, ele ainda continuou a falar de garotas e eu só confirmei com a cabeça, fiquei uns 10 minutos a prestar atenção no que ele falava, quando ele parou de falar, ele olhou para a Bruna e acenou ela fez o mesmo e olhou para mim, eu olhei para ela e sorri, ela fez o mesmo soltando um sorriso lindo que me fez eu ficar corado e rapidamente abaixei a cabeça e soltei um riso baixo, Vitor olhou para mim e riu alto me fazendo eu passar vergonha.
Ao tocar o sinal, todos que estavam no refeitório voltaram para a sala, eu fui o último novamente, entrei na sala e fiquei esperando as aulas acabarem para voltar pra casa, apesar de que ia ficar sozinho hoje, na verdade, fico todo dia sozinho, minha irmã vai na casa da amiga para fofocarem, ou fazer trabalho... Acho que foi a única que sentiu menos dor ao ter perdido a mãe...
Amém, tocou o sinal e arrumei minha mochila (claro, tive mais duas aulas), andei em passos lentos e Edgar foi até a mim, andando em meu lado até saímos da escola, logo percebi que ele não fez o mesmo caminho que o meu.
-Espera! Aonde você vai? -Eu olhei para ele.
-Eu vou na casa da minha namorada.
Oque? Namorada? Não imaginava que Edgar tinha namorada... Ah mais claro, ele parecia o Bon Jovi, quem não iria namorar com ele? E eu parecia mais o Jordy Huisman, só que moreno.
-Tá bom. -Respondi ele meio sem graça.
-Se vemos no jogo.
Eu realmente não estava afim de ir pro jogo.
-Eu acho que não vou... -Eu falei meio cansado.
-Ah... Tudo bem. -Ele acenou e andou até uma garota. Acho que era a namorada.
Eu andei pensando no amanhã, que era meu maior inimigo, e também acho que de muitos, eu olhei para algumas folhas de uma árvore caindo e senti aquela brisa no rosto, logo em seguida olhei para a entrada do parque e pensei: "quem diria, eu morar perto de um lugar tão lindo... preciso andar mais vezes aqui. E também pôde pensar bastante, isso me fortalece."
Chegando no apartamento, subi até o último andar, que era os aposentos de minha família, abri a porta e vi minha irmã sentada no sofá, olhei para ela meio sem entender.
-Oque está fazendo aqui!? Você não ia para a casa da sua amiga?
-Hoje ela faltou na escola, e liguei pra ela agora a pouco, ela ta internada. -Ela falou meio sem graça.
-Hm? -Eu fui até ela, e sentei em seu lado. -Oque aconteceu?
-Bom, a mãe dela que atendeu o celular me disse que ela foi descer as escadas da casa dela e logo no primeiro degrau la de cima ela escorregou, e desceu rolando que fez ela bater a cabeça forte e teve rompimento, ela começou a vomitar e então ela foi levada pro médico.
-Mas como ela está agora?
-Ah, ela ta bem, segundo a mãe dela.
-Ah, ainda bem.
O jeito que minha irmã Sarah falava, parecia que ela não se importava com nada, parecia tão calma.
-Vai visitar ela no hospital? -Eu perguntei para ela.
-Vou. -Ela olhou para mim. -Papai vai me levar quando voltar do trabalho.
Papai era motorista de uma madame pra lá de falsa e nojenta, e podre de rica, então acho que ele levaria ela lá pelas 23:00 da noite, e voltaria o máximo as 01:00 da manhã, tudo bem, iria ficar um pouco sozinho... Dormindo.
Bom, ao resumo de hoje, eu conversei com ela, até umas 2 horas depois eu fui para o meu quarto e fui fazer os deveres de casa, e sai para comer algo, mas oque veio em minha cabeça foi as minhas folhas, eu estava pensativo de como iria começar a escrever, como iria ser, será que:
Querido Max...
Bom dia Max...
Vou jogar hoje na sua cara Max... Porque você é meu saco de pancadas...
Hey Max...
Max...
Tá, acho que eu não iria escrever nenhuma dessas bobagens, porque se algo acontecer, e meu pai pegar, ele vai me dizer que virei menininha... Eu só queria saber como irei começar, acho mesmo que vou começar assim:
Max, me apresento com muita má vontade, meu nome é Dave, e tenho você desde o Natal do ano passado, e sou uma pessoa bem triste e idiota, pois até agora não consegui me declarar para a menina que eu gosto, e tenho medo de desabafar e meu pai brigar comigo... Ai eu vou ficar sem jogo de beisebol... Mas por um lado sou legal com todo mundo... Até a próxima.
Hey, até que gostei disso, isso é uma boa ideia para amanhã, acho que vou usar assim, bem jogado no caderno essas coisas inúteis minhas... Que faço porque gosto...
Bom, usarei amanhã...
Até.❤💚❤💚❤💚❤💚
Caros leitores, espero que gostem, sou uma pessoa muito lerda, então não se preocupe se eu não tiver mais postando, é que ainda estou escrevendo (sou lerda pra pensar)... E se tiver alguns erros não liguem, escrevo muito rápido que acaba fazendo erros mesmo... Beijinhos no corações de vocês, espero que se divirtam com esse meu personagem amorzinho ❤
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As 20 Folhas de Caderno do Dave
FanfictionSeu nome era Dave Kelvin, tinha apenas 17 anos, era um garoto bonito, saudável, seu cabelo era longo e parecia ruivo no Sol, mas era castanho. Bom, ele teve uma vida triste quando perdeu sua mãe em um acidente de carro, no começo, ela estava interna...