Hector narrando:
O despertador tocava incessantemente, me levantei ainda preguiçoso mais um dia pela frente, ultimamente andava ansioso, mas quem não ficaria? faltavam apenas dois dias para o casamento. Me levantei me arrumei para ir para o hospital, a rotina de médico é cansativa mas eu amo meu trabalho mesmo assim.
Quando cheguei ao hospital decidi ligar para meu irmão Mariano, após três toques ele me atendeu:
-Alô!
- Mariano preciso da sua ajuda para escolher o terno. - não tinha tempo para nada nem avia escolhido o terno do meu casamento ainda.
- Claro! já esta preparado pra se amarrar irmãozinho?
- Sem duvida vou passar o resto da minha vida com a mulher que eu amo!
- Me encontra no café em frente ao hospital as quatro, e não esquece ainda da tempo de desistir.
-Nunca.
Desliguei o celular, e logo depois uma enfermeira se aproximou e disse que avia um paciente a minha espera.
**********
Já se passavam das cinco e eu ainda estava no hospital não conseguia encontrar meu celular em lugar nenhum, foi então que encontrei Mariano na porta do meu consultório:
- Finalmente apareceu estou te esperando a horas!- disse Mariano um pouco irritado enquanto eu abria a porta.
- é que não encontrei meu celular em lugar algum.- me expliquei. Mariano balançava a cabeça negativamente.
Ouvi uma batida na porta e pensando que fosse uma das enfermeiras do hospital mandei entrar. Me surpreendi quando vi entrar uma moça morena de olhos cor de mel, marejados ela não estava bem dava para ver a dor que sentia em seus olhos, a dor da perda, senti vontade de ir até ela e a abraçar, tê-la em meus braços, ouvir seus problemas e reconfortá-la. O que era estranho nunca senti isso por ninguém, era mais que a empatia que costumava sentir pelos familiares de pacientes falecidos, eu podia sentir a dor dela em mim.
- Acho que isso é seu !- ela diz me estendendo a mão com o meu celular.
- Obrigado- respondi ainda confuso- onde você o encontrou?- quando perguntei olhei rapidamente para meu irmão, que é um cafajeste de mão cheia, ele estava olhando com o olhar fixo nos seios da moça, eu não poderia permitir que meu irmão fizesse nada contra ela.
- Ao lado do balcão da recepção.- ela me respondeu. Enquanto Mariano olhava com cara de safado para a bunda dela, queria socar a cara do meu irmão por isso.
- Obrigado Aurora.- agradeci mais uma vez, Aurora Vegali era o nome que estava escrito no crachá de visitante dela.
- Não a de que. - disse ela já abrindo a porta para sair.
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Marcas do Passado
RomanceEmbarque em um romance inesquecível, e descubra o que pode acontecer quando o ódio e o amor se misturam.