"Max, eu acordei muito mal hoje, não tive nem tempo de relatar oque houve no apartamento, agora que estou em aula, vou relatar tudo que aconteceu.
Bom, primeiro eu acordei desesperadamente e vi que meu pai estava brigando com minha irmã, acho que foi a pior briga, ele disse que iria mandar ela para a Academia Militar se ela gritasse com ele de novo, então ela gritou novamente com ele, eu saí do meu quarto e fui ver eles... Só vi e ouvi a cena do meu pai batendo na cara dela, que fez ela se paralisar toda, eu só fiquei "wow". Bom ela colocou a mão no rosto e começou a chorar, depois ela passou por mim indo em seu quarto e gritou "SE MAMÃE ESTIVESSE AQUI, NADA DISSO IRIA ACONTECER!" isso me deixou bem triste, eu fui até a cozinha e sentei na cadeira, e apoiei meus braços na mesa como de costume, olhei para o meu pai que parecia arrependido do que fez, (ele nunca ergueu uma mão para a gente) e ele olhou para mim dando um bom dia, eu o respondi, ele fez um café para mim reforçado, não foi oque eu pensei que seria... Um café feliz..."O sinal bateu, eu não pude terminar de escrever o meu dia hoje, mas... Não ia adiantar nada, eu mal comecei o dia, eu só iria terminar de escrever a noite mesmo... Ou a tarde, é que realmente eu nunca fui de escrever, e nem vou ser.
Eu saí da sala, e por azar esbarrei com a Bruna, mas que vergonha.
-D-Desculpa. -Eu gaguejei, corando.
-Ah, Dave!! -Ela me abraçou, e dando um beijo na minha bochecha. -Dave, eu queria te falar um negócio...
-Fala... -Eu sorri para ela tímido.
-Eu vou ser sua vizinha de apartamento. -Ela sorriu.
OQUE!? Por essa eu não esperava, agora que eu estaria ferrado... Completamente ferrado, e se... a janela do quarto dela, desce de frente com o meu? Oque eu faria?? Preciso colocar uma cortina.
-Ah!! Puxa, que legal. -Eu forcei um sorriso. -Ér... Se vemos depois.
-Quer ficar comigo?
Espera... ficar? Sério que ela fez essa...
-É que minhas amigas... Estão na sala do diretor.
Ah... Que triste, pensei que era ficar, rolar uns beijos. Ah quer saber? Esquece.
-Tudo bem... -Eu sorri.
Ela puxou minha mão, indo até o banco que eu sempre sento, eu me sentei como de costume, e ela sentou do meu lado. Vitor estava com suas meninas, e então ele virou para mim e sorriu, depois virando para as meninas de volta, o sorriso dele significava "Vai com a fé cara" eu tava era mas querendo que ele se vazasse dali, e parasse de dar risadinha a toda vez que olhava para mim, ele sabia que eu gostava da Bruna, ele também foi o único cara que contei... Já o Edgar, eu nem sei como descobriu pois Vitor nem vai com a cara dele pra contar... Bom, eu tive que ignorar ele.
-Dave, por que fica vermelho quando fala comigo?
Depois dessa pergunta, fiquei mais do que vermelho, eu não sabia como responder. Fiquei calado, e não disse nada.
-É... Então tá.
Ela viu suas amigas entrando no pátio e despediu de mim com um beijo no meu rosto e andou até elas, logo pra cima de mim, veio o Vitor para conversar.
-Eai? Deu uns pega nela?
Como sempre, Vitor tinha um jeito meio abusivo de falar as coisas, e isso me irritava muito.
-Não. -Eu respondi em um tom calmo.
-Que pena...
E o sinal toca, e ele se despediu de mim, eu me levantei e fui para a sala, sentei no meu lugar e abri o caderno, nas últimas folhas, e comecei a escrever."Depois do café, despedi do meu pai e fui para escola, só que desta vez, eu acabei indo sozinho... Eu não vi o Edgar passar por nenhuma rua, então como não era de costume, como não tinha nada pra fazer enquanto eu andava a caminho da escola, eu coloquei meu fone e coloquei uma música no celular que era Up&Up do Coldplay, eu amava essa música, principalmente na parte do " Nós vamos, vamos nos recompor agora Vamos nos recompor, recompor de alguma forma Vamos, vamos nos recompor e florescer" muito lindo...
Bom, ao chegar na escola, eu vi Edgar com os amassos com a namorada, que isso me fez eu pegar nojo e raiva dele... o jeito que o tanto tratava ela olhando para mim, me irritava... Ele fazia eu ficar com inveja. Mas nesse caso ele perdia, porque ele sabia (não sei como) que tinha intenções com a garota mais linda do colégio... Só não sabia como eu iria conquistar ela.
Um outro caso que aconteceu, que foi briga, é que aquela garota nada mais que nada menos... Era a irmã do Vitor, eu fiquei muito aterrorizado, e pensativo.
"Como assim?"
"Como ele entrou na casa do Vitor?"
"Como eles estão namorando?"
"Será que eles pararam de guerra?"
Porém logo em seguida, eu vi Vitor chegando na escola mordido de raiva, ele passou por mim quase me empurrando, e foi em direção ao Edgar com as mãos fechadas, eu olhei para ele é suspirei dizendo bem baixo "droga"... Pois era a segunda vez que eles iriam brigar... Ou simplesmente um bate boca.
Vitor puxou o Edgar pelo colarinho e começou a falar imensos xingamentos... Acho que não precisa saber quais, né Max?
Umas das coisas que concordei com Vitor, foi quando ele disse "SE FICAR SARRANDO A MINHA IRMÃ, EU TE MATO SEU $%¿$@" acho que sabem qual xingamento que era... Já a irmã dele, tentou o acalmar, por fim fui até eles e puxei o Vitor dizendo: "Se acalme parça, vamos conversar." Ultimamente eu nem quero mas saber de briga..."E eu nem me toquei com o tempo passar, e o sinal bateu, e lá vou eu, guardando as coisas e saindo da escola, logo do meu lado veio Edgar.
-E ai? Valeu por hoje! -Ele sorriu para mim. -Eu quase apanhei daquele fedido.
-Huh... -Eu comecei a rir. -Não foi nada, só não faça coisas indesejáveis, depois sobra pra mim em ter que acalmar ele!
-Ah, ele se acostuma.
Ficamos calados até chegar numa rua que virava para a casa dele.
-Vai pro jogo? -Edgar perguntou.
-Não... -Eu respondi meio enjoado. -Acho que vou sair do jogo...
-Como assim!? -Ele falou irritado. -Você é um dos melhores jogadores, se você sair, o time nem vai ter mais nome!
-Sinto muito então... -Eu olhei para o nada. -Eu não quero, cansei.
-Ah ta brincando!? -Ele se irritou. -Quer saber!? Dane-se!
-An!? -Eu olhei sem graça para ele.
-Eu vou sair também, ta muito chato aquilo lá.
Sabe aquele negócio de siga o mestre? Então, Edgar me idolatrava, venerava, cultuava... Essas coisas, bom, eu olhei para ele e ri, logo eu despedi e andei indo pro apartamento, ao chegar, eu vi a madame que meu pai transportava em seu Corolla, e lá do lado meu pai com escolta dela, a madame olhou para mim e sorriu vindo em minha direção e dando um beijo molhado que chegava no canto da minha boca, que me fez quase vomitar, logo em seguida, meu pai foi até a mim e acariciou minha cabeça e disse para eu chamar a minha irmã. Eu fui no aposentos de minha família, e vi ela assistindo televisão.
-Sarah... -Em vez de falar papai eu tive que mentir. -Tem um boy muito lindo lá em baixo te esperando...
Sarah olhou assustada para mim, e correu saindo do apartamento, rapidamente eu imaginava que papai ia reconcilia com ela, e sermos uma família bem feliz novamente...
Eu sentei no sofá e peguei meu caderno indo novamente nas últimas páginas."O resto do meu dia vai ser um tédio Max, e chato e triste, irei pensar nas mudanças de Bruna, e também sobre ainda a mamãe... É claro que jamais vou esquecer dela. Bom, para finalizar, irei dizer oque irei comer... Sushi, tinha resto de sushi que meu pai comprou quando voltou do hospital com minha irmã, e agora vou deliciar um por um.
E depois irei fazer os deveres de casa, para finalizar... Não irei fazer nada, só irei ficar pensativo, como o de costume.
Até logo.
Do seu mais depressivo: DAVE"É... Até amanhã...
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As 20 Folhas de Caderno do Dave
FanfictionSeu nome era Dave Kelvin, tinha apenas 17 anos, era um garoto bonito, saudável, seu cabelo era longo e parecia ruivo no Sol, mas era castanho. Bom, ele teve uma vida triste quando perdeu sua mãe em um acidente de carro, no começo, ela estava interna...