Parte 35

49 11 4
                                    

Emily

Descobrir que amar o Johnny era difícil porque sei que ele estava muito chateado comigo.
Ele rompeu com todo seu orgulho por mim e nada tinha para oferecer.

Eu até tentei no outro dia depois que terminamos reverter o que fiz, mas acredito que ele já estava decidido.

Disse que estava tudo bem e que éramos amigos.

Eu sou uma idiota mesmo, as meninas tem razão por conta dessas minhas dificuldades nunca vou ser feliz.

Porque comigo?
Tanta gente para sofre e logo eu?
Minha mãe morreu.
Meus irmãos? Cada um com um parente. 
Meu padrasto? Eu não entendo porque não consigo o odiar.
Meus tios e primos? Não sei deles.
Meus avos? Porquê, eles são assim tão indiferentes comigo.
E meu pai não sei acho que não tenho, esse é outro que não se importa comigo.

Eu só queria ser amada de verdade.
Alguém...  não alguém  que venha fazer as coisas para mim e depois jogar na minha cara.
Alguém que chore comigo.
Alguém que ore comigo.
Alguém que cuide de mim.

Eu não sou um monstro ou a destruição da vida de ninguém, como Damon sempre dizia.

Eu sei amar.

A primeira pessoa foi minha querida mãe e a segunda... à a segunda é ele.

Vê o John apresentar aquela água de salsicha como namorada na igreja para todos a admirar foi a avalanche necessária para eu desistir de ser feliz.

Decidir que ele nunca saberia o que sinto, sobre meus sentimentos, deixaria ele ser feliz com alguém que realmente o valorize. 

Pior sentimento é o arrependimento e de arrependimentos minhas costas já anda curvada.

Foi ai que agarrei a primeira próstata, eu fugiria dele e não sofreria em vê-lo com outra.

Minha tia Lídia me ofereceu uma vaga para fazer faculdade de enfermagem em uma cidade vizinha com tudo pago até  hospedagem, coisa de 2h de distância da minha cidade natal, ela era influente na instituição foi fácil arrumar uma vaga.

Sem pensar muito eu aceitei. Fiz minhas malas e fui embora sem despedir de ninguém da igreja,  na verdade só falei para Lara e a Paty.

O curso foi um marco em minha vida. Aprendi amar as pessoas, me doar a elas sem querer nada em troca e sem escolher. Amar incondicionalmente.

Também passei uns bons bocados, nem tudo era fácil eu era taxada de a SOBRINHA, tudo que conquistei lá foi por mérito próprio, minha tia simplesmente colocou a vara e o anzol em minhas mãos.

A faculdade era 4 anos em 2 uma espécie de intensivão.
Estudava manhã, tarde e muitas vezes a noite.

Esses dois anos passaram rápidos faltando um mês para terminar a faculdade fui passear na casa de tia Lídia.

Lá pude matar as saudades de Paty que trabalhava com tia Lídia e de Díli minha prima mais querida que sempre esteve comigo para tudo.

Paty, Lara, Micaela, Elainy e ela a Diliane minha priminha linda, elas são minhas melhores amiga, não existe outras, só elas.

E foi nesse dia, quando conversávamos  sentadas na mesa da cozinha de Díli que meu destino mudaria.

Toda uma história de frustrações, choros e traumas seria apagado, não, seria esquecido.

Como dizem...

Lembranças de águas que já se passaram....

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora