Stratsford, Ontario, Canadá
24 de julho de 2013
— Mãe, eu tô com fome. Com fome, com fome, com fome, fome.Phillip não parava de reclamar, de bater na mesa e de encher o saco. Como todos os dias. Como todos os malditos dias.
— Calma Phill, a mamãe já está terminando seu café da manhã favorito, Waffles e café. Não precisa ficar estressado.
(Espera, Phill? Mamãe? Quando a fila da intimidade andou? Acho que perdi isso.)
A minha madrasta (ou como prefiro dizer, marionete do papai) está redondamente enganada se pensa que o Phillip desliga assim. Minha mãe não conseguia desligar ele assim. Nem com as famosas panquecas com capuccino acompanhando, o verdadeiro café da manhã favorito dele. É, a Naja (ops, Nádia) deveria realmente procurar aprender sobre o "filho Phill" dela.Eu, como sempre, apenas sentei no canto da mesa e observei. Observei meu pai, aparentemente feliz, porém todos sabiam que ele estava encenando. Pobre papai Michael, mal sabe ele que a moça do aconselhamento familiar não ajudou nada sugerindo um casamento 10 meses após a perda da sua esposa, achando que os filhos (os coitadinhos) iriam se sentir consolados, confiantes e satisfeitos. Como se uma biscate velha e falsa fosse preencher o vazio que a minha querida mãe Clara, deixou em nossos corações. Hoje em dia, vivo com meu pai, meu irmão e com a Nádia, todos os dias tenho que lidar com esse casamento forçado, pois conheço o meu pai, ele jamais gostaria de uma mulher desse jeito. Todos os dias preciso ir ao colégio, estudo em tempo integral, das 8 às 12, tenho um horário de almoço de 1 hora, engulo as gororobas da cantina do colégio, e depois aulas novamente, das 13 às 16. Prazer, eu me chamo Lauren Michelle Jauregui Morgado, tenho 17 anos e essa é a minha pacata vida.
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The Life ™
Fanfiction"[...] E em meio àquele tempo frio, eu pude reparar em como ela estava. Nariz vermelho, boca um pouco ressecada, olhos lacrimejando. Eu pude notar que ela estava com sono, assim como eu, pois naquela noite realmente havia sido difícil pregar o olho...