Spirit

prólogo

  Ele não sabia quanto tempo havia passado desde que tinham mudado de local, só ficou acordado tempo suficiente para perceber que seu novo lugar era menor mas continuava com toda aquela pompa nojenta cheia de bonecas que sua tutora amava, ele simpatizava com as bonecas, muitas vezes se sentia uma, sem espírito, força e liberdade. Ele não podia fazer nada no estado drogado no qual vivia, eram tantas drogas que eram raros os momentos em que ele conseguia ficar lúcido e ele sabia que estavam cada vez mais raros desde que eles se mudaram.
-Vem cá Baby a mamãe vai te dar papa na boquinha. - diz sua tutora uma velha e robusta mulher, que facilmente podia se passar por uma doce vovozinha com seus fofos cabelos brancos mas ele a conhecia e só desejava que seu corpo não estava fraco, ele queria tanto se mecher e poder acabar com a raça da sua tutora.
- Ah querido, não consegue se mexer, Será que a mamãe te deu drogas de mais? - ela pareceu refletir por um minuto- Desculpa amor, e tudo culpa daquela maldita organização das novas espécies, eu não dou a mínima se eles acabaram com a farmacêutica, você sabe que eu não gostava deles não é bebê, a mamãe deixou você aos cuidados deles uma vez, você ficou todo musculoso e eu tive que começar a seda-lo- ela suspira.
Ele se lembrava disso, foi a única oportunidade que teve de preparar seu corpo para tentar fugir daquela bruxa, mas isso a fez começar com as malditas drogas.
- Bom, a ONE não vai tirar você de mim.
Ela se levanta e vai a outro quarto voltando com uma grande agulha em maos.
- Vou  dar suas vitaminas amorzinho, a mamãe não gosta de ficar te espetando mas você não consegue comer e a mamãe não pode correr risco de você atacar ela.-Sua tutora diz com um sorriso doce.
  Ela era uma vadia velha e doida ele precisava encontrar sua voz para evitar ser drogado de novo.
- Ma.... mãe - essas palavras doeram mais no seu orgulho do em sua garganta seca. - E...eu... to com...medo....- ele consegue terminar arfando e faz seu melhor olhar de piedade canino.
- Own bebê. -suspira a velha senhora.