A vida as vezes parece mar de rosas rodeadas de mil maravilhas, mas quando paramos para pensar vimos que não é ou seja até pode ser.
Pansau era um jovem nascido na tabanca de "Cabuchangui" no sul da nossa querida Guiné, com sonhos, como de muitos jovens de sua época.
Ele decidi abandonar a sua pequena aldeia em busca de um sonho.
Sem pensar na solidão, ele só queria estudar, ter uma profissão, para poder ajudar a sua querida aldeia que tanto precisava de escolas, hospitais e médicos formados e capacitados para colmatar as dificuldades outrora existentes não só na sua tabanca mas no sul em geral.
Ele parte para a sua viagem deixando sua vózinha que lhe criara desde os seus 5 anos, quando ainda pequeno falecera os seus genitores num massacre em que fora mortos centenas de pessoas, este estava presente no massacre mas por sorte ele escapou, sua mãe o escondeu-o por baixo da sua veste tapando-lhe a boca. Até hoje ele ainda se lembra da triste e arrepiante memória que ele passou no massacre, escorre-lhe as lágrimas sempre quando ele lembra disto, nos braços de sua mãe ele sentiu a ultima batida do coracão desta.Ele que nunca teve oportunidade de sentar num banco de carro, pois seu único meio de locomoção era seu gado de estimação amigo e fiel companheiro que tinha o nome de Pantufa.
Juntamente com este, lançaram-se a viagem para Bissau, Pansau com a sua calsa jeans que era de seu pai, uma camisa preta simples que ganhou de um turista que tinha visitado a sua tabanca, uma bota preta pouco moderna e um saco que continha as poucas roupas que ele tinha.
Pansau decide encarar a realidade, levando consigo sua força, foco e fé.