O Espelho Sangrento

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Nosso mundo é uma grande massa suja de preconceito e indiferença, vivemos em constante ilusão, porém saiba disso, se você tenta desafiar os ceifadores, será o próximo a atravessar o espelho sangrento.

Na noite mais escura e fria do ano, Diana, uma adolescente de dezesseis anos com seus cabelos negros, olhos castanhos escuro e pele morena. Naquela noite, enquanto olhava sua janela do quarto com atenção, enquanto ajeitava seu vestido preto, vivenciava os belos detalhes da praça de sua rua, desejando a liberdade. Distraída, se assustou com os berros de sua mãe em frente da porta, obrigando a garota ir para sua cama. Seus questionamentos podiam ser ouvidos em uma grande distância, Diana odiava ser dominada, seus pais, não compreendia sua dor interior.

No dia seguinte, ela se levantou e foi para a escola, desanimada e sem vida. Na sala de aula, garotas comentavam sua maneira de ir para o colégio, sempre de uniforme, manchado de preto, obra feita por ela mesma para se sentir mais independente e contrariar seus pais. No pátio do colégio, ela se sentou solitariamente onde ninguém podia ver sua tristeza e pegou seu estilete de cabo preto e estrelas roxas de dentro da sua mochila, começou a corta levemente seus braço esquerdo e ao decorrer do tempo, os cortes ficavam mais profundos, risos alertaram a presença de uma garota, ao olhar era sua colega de sala, que começou a chamar diana de garota gilete, Diana ficou furiosa, olhou com ódio o rosto risonho da sua colega, fazendo ela impulsivamente corta com o estilete a bochecha daquela que ofendeu seus cortes, gritos altos e gemidos de dor se misturavam, criando um sorriso de satisfação na face de Diana.

Após o ocorrido, seus pais a trancaram em seu quarto até um especialista vim te examinar. Naquela mesma noite, ás três da madrugada, seus olhos olhavam atentamente para o espelho largo de seu quarto coberto pela escuridão, com seu estilete em mãos, seus pulsos foram cortados e o sangue saia sem cessar, escorrendo de seus braços e caindo em seu vestido negro, uma leve ardência podia ser sentida e em seus olhos viam sombras pela janela, o medo era algo desconhecido, que não afetava mais sua consciência, a sombra tomou uma forma de um gato com grandes olhos roxos, ela sorriu para ele e ele retribuiu com um sorriso maior e amarelado. Ao se aproximar, ele a guiou para o espelho, adentrando-o.

Eu estava na escola, quando soube de seu desaparecimento e a morte de seus pais, encontrados com cortes profundos em seus pulsos e pescoços, investiguei por meses e meses e descobre boatos, que falavam que, depois das três da madrugada aquele que olhar para seu espelho, ele começará a sangrar e um gato denominado Mayel e uma menina com as mesmas descrições de Diana, irá aparecer atravessando o espelho, alguns dizem que a morte os acompanha, outros falam que eles te levam para dentro do espelho e o corpo é encontrado semanas depois, com cortes profundos ou com partes do corpo retiradas brutalmente.

Você tem coragem de olhar seu espelho novamente, preste bastante atenção, pois quando menos você espera, Diana estará com seu estilete em mãos, sussurrando '' Nos vemos do outro lado '' e tudo o que você poderá ver, depois de caído no chão, é o grande sorriso amarelo do gato Mayel. 

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