A amante

This is my story

P.O.V Mandy Albernatty
Acredito que tudo na vida tem um porquê. Nada acontece por acaso, pessoas não se
vão sem motivo, nem aparecem sem razão. Pois bem. Vou lhes contar uma história que,
acredito eu, ser um pouco diferente. Pensei em começa-la pelo final para que você não criem
expectativas mas, se o que estou prestes a contar acontecesse á vocês, tenho certeza de que,
iriam querer contar desde o começo. Então vamos lá.
Em uma bela tarde, depois do almoço, estava eu em minha sala, sentada em minha
mesa que ficava em uma das muitas salas do grande e chamativo prédio da M.A. Magazine.
Não que eu tivesse um grande cargo lá, mas, digamos que se eu não concordasse com uma
vírgula eles teriam que mudar toda a matéria. Vou dar-lhes uma rápida ideia do que é a revista.
M.A. Magazine. Ela é uma revista que fala sobre tudo, fofoca, moda, esportes,
entretenimento e afins. Eu sou uma das donas, mas, tenho plena consciência de que, se a
revista tem o grande nome que tem hoje é porque meu avó era o cara por aqui e então, depois
que morreu, meu pai junto com meu tio, viraram os reis, eu sou apenas uma das princesas do
castelo de vidro. Fica até meio ridículo para eu me chamar de "princesa" tenho 26 anos e já
não sou mais princesa a um bom tempo. Vocês devem estar se perguntando "por que M.A.
Magazine ?" M. A.= Miranda Albernatty, era o nome de minha vó e para que a família
mantivesse a tradição, quando meu avó teve o primeiro filho colocou o nome de Mario
Albernatty, meu tio, e assim continuamos as gerações, para que o nome da revista se tornasse
um lance de família mesmo. Pois bem, voltando a história.
Estava lendo alguns artigos que deveriam ser aprovados pela moça que nus fala,
quando o telefone de minha mesa tocou. Com toda calma e delicadeza que tenho atendi o
aparelho que tinha um som um tanto... irritante
- Diga Olivia - a secretária ficou calada por alguns segundos dando tempo suficiente
para que eu ouvisse suas risadinhas juvenis para alguém. Sim, juvenis, já que Olivia tinha
apenas 17 anos. Quando a contratei todos me crucificaram pela garota ser tão nova, mas
particularmente não liguei. Todos merecem uma chance na vida, não importa qual seja sua
idade, cor, tamanho ou nacionalidade.
- Olivia - minha voz soou mais rude dessa vez a fazendo prestar atenção no telefone
- Me desculpe senhorita Albernatty - ela respondeu sem jeito, típico de Olivia - O rapaz
que está querendo a vaga de ajudante de Ronald no caderno de esportes está aqui na
recepção - esse rapaz vem aqui a semanas querendo falar comigo e eu simplesmente o deixo
plantado durante horas na recepção até que ele se toca e vai embora, dessa vez farei
diferente.
- Mande ele entrar Olivia - desliguei o telefone e relaxei o corpo na cadeira. Ou eu me
livrava dessa cara hoje, ou ele conseguiria o emprego só por sua insistência.
Depois de alguns minutos a porta de minha sala foi aberta me dando a visão de Olivia,
que estava parada com sua saia de cintura alta, blusa de linho branca e seus saltos pretos, ao
lado de um rapaz, que vestia uma linda blusa social azul bebês, calça jeans e tênis branco. Era
um loiro lindo que logo me despertou um grande interesse, talvez pela roupa um pouco menos
formal mas mesmo assim elegante, ou então pelo par de olhos cor de mel, meio esverdeados.
Dei uma leve risada. Olivia o acompanhou até minha mesa e nos trouxe duas xícaras de café,
em seguida se retirou nos deixando a sós.
- Então você é o rapaz que vem todas as tarde aqui atrás de uma entrevista de emprego
? - perguntei sem desviar meus olhos do belo rosto do rapaz me deliciando com cada detalhe.
Os lábios carnudos e rosados, as pequenas pintadas espalhadas de forma totalmente sensual,
o nariz que parecia ter sido esculpido exatamente para o seu rosto e os olhos. Esses olhos
que, acredito, poderiam fazer a mais ingênua virgem arder em chamas.
- Sim - ele respondeu-me com um sorriso nervoso nos lábios, mais um ponto positivo
para ele. O sorriso era perfeito, mesmo nervoso - Me chamo Justin Bieber e queria me
candidatar a vaga de auxiliar do caderno de esportes da sua revista - ele disse firme e
confiante dessa vez, sem o nervosismo aparente.