O amor contra a guerra

I

Acordo assustado com o barulho à minha volta. Sinto uma fortíssima dor de cabeça, como se alguém estivesse me atingindo com golpes usando uma marreta. Perdido, não faço ideia de como vim parar neste lugar. Sento e organizo meus pensamentos.

Meu nome é Thiago, tenho 25 anos e sou estudante de Psicologia. Contudo, percebo que não lembro mais de nada. Não me lembro dos amigos, família, onde moro, nada. Olho pro céu, e tento me concentrar para lembrar-se do máximo de informações possíveis.

Observo os pássaros que voam felizes de um lado para o outro, cantando. O céu está em um lindo tom azul, com poucas nuvens. Estou sentado em um gramado verde, cheio de flores, como se o homem nunca tivesse chegado neste lugar.

Pego meu celular do bolso e peço ajuda, com medo de ter sido sequestrado ou algo do tipo. Sou informado que perto dali, tem um hospital, e vou ao local o mais rápido possível. Quando chego lá, vou direto ao primeiro médico que encontro, para o qual peço ajuda.

-Bom tarde doutor. Pode me ajudar? Não me lembro de nada, mal malmente sei quem eu sou Acordei sozinho em um local totalmente desconhecido, com fortes dores de cabeça. Explico tudo para o doutor, detalhadamente, o qual escuta com atenção.

-Seu caso é curioso, jovem. Deixarei você aos cuidados da doutora Sarah. Ela é a melhor médica que já vi. Formou-se há poucos meses, com 15 anos já estava concluindo a faculdade de Medicina.

Agradeço ao médico e espero a doutra chegar, nervoso. Não sei nem o que esperar, pois não faço ideia do que pode acontecer. Observo o movimento do hospital, que estava tranquilo, tentando me distrair enquanto doutora não vem

Uma enfermeira chega para fazer exames rotineiros, pedidos pelo médico que me atendeu primeiramente, chefe da Emergência do hospital. Sem entender, observo atento o movimento da enfermeira. Como se a qualquer momento ela fosse puxar uma arma para atirar em mim.

Ela sorri e aos poucos e me acalmo. Peço desculpas para ela, sem entender o que está acontecendo comigo. Quando termina de tirar uma amostra de sangue, avisa que a doutora está cuidando de um paciente em estado grave e que logo virá me atender.