{Gabriela}
Era incrível meu jeito tão sensível de cutucar as pessoas. E era incrível o jeito de como as pessoas perdiam a paciência comigo. Mas não era culpa minha. Era foda a minha vida e eu tinha que ser foda para vivê-la.
Bradley estava lá, todo encharcado de Milk-shake de morango. Cabelo pingando, a camisa molhada e a carranca feia na cara. Mas será que a carranca foi pela notícia ou pode ter sido sobre o banho?
Eu arqueei as sobrancelhas e já esperei ele gritar comigo. O que era comum com quando eu fazia algo para as pessoas.
Mas não... Ele não me bateu, nem gritou comigo, ele apenas se levantou como um cavaleiro pegou sua água e tacou diretamente na minha cara.
"Você não vai fazer nada Gabriela. Não vai mata-lo nem espanca-lo. Ele apenas retribuiu seu carinho."
E enquanto menos esperávamos, estávamos rindo. Rindo muito feito doidos alucinados. Idiotas sem motivo. E foi naquela hora que eu percebi que mesmo com todo o tempo que passou, as coisas que aconteceram e tudo que passamos, aquele ainda era o mesmo Bradley de sempre e talvez eu ainda seja a mesma Gabriela, só que um pouco mais lunática e doida.
-Está bravo comigo? – perguntei a ele me sentando novamente na cadeira e enxugando com uma toalha que a moça me deu. Ele também estava se secando e lambeu com a língua os lábios.
-Este Milk-shake de morango é bom mesmo. – ele riu. – Acho que vou pedir um. – ele piscou para mim.
-Está tentando mudar de assunto comigo, senhor Bradley? – falei séria e ele parou de rir para me encarar sério também, mas ambos sabíamos que era brincadeira.
-Ainda não consigo acreditar que a Laura possa ter te chamado para ser madrinha do casamento. Até por que em uma de nossas brigas ela disse que você era a culpada de tudo. – ele falou mais sério e sem expressão.
Eu odiava quando as pessoas falavam com uma expressão de nada, quando elas simplesmente tentavam dizer uma coisa da qual não gostavam muito ou tentarem falar algo sério ou muito grave. Eu nunca entendi as expressões. Porque você não pode falar alguma coisa na brincadeira? Quem sabe até não alivia a situação de como falar.
-Culpada? Se ela não gosta de mim, o que é o que parece, porque ela me chamou? – arqueei mais minhas sobrancelhas. – Sabe de algum motivo? – eu estava, do fundo do meu coração, achando que aquele filhote de capeta, não estava com segundas intenções, mas mais uma vez eu me enganei. O que ela queria de mim agora?
-Sinceramente eu não faço a mínima ideia. – ele bufou. – De uns tempos para cá, ela anda muito estranha. Isso é coisa de grávida? – ele me perguntou confuso.
-Bom, se ela está fazendo parte do elenco do filme "O filho do Mal" acho que é. Ela anda comendo carne crua no supermercado? – eu comecei a rir. – Ela está com uma força sobre-humana? – ele esboçou um sorriso.
Havia algo de errado. Ele estava mais cabisbaixo. Parecia triste com alguma coisa. Será que foi alguma coisa que eu disse?
-Quando você volta para o Brasil? – ele perguntou me despertando de meus pensamentos.
-Talvez na segunda. – apoiei meus cotovelos na mesa. – Mas o Erick está tentando fazer com que minha mãe...
-Quem é Erick? – ele me interrompeu.
-Não é o que parece! – cocei a nuca. – Ele é só um amigo. – finalizei.
Percebi que mesmo meu tom de voz ter suado firme e verdadeiro, o que na verdade era, ele virou seu rosto para a janela mostrando o menos desinteresse sobre o Erick. O que na verdade não era da conta dele.
Depois de algum tempo que ele passou me falando coisas que a banda conquistou e de como eles tem passado, era hora de ir embora. Ambos não tínhamos reparado, mas a hora já marcava 2h40min.
Saímos da lanchonete rindo de uma piada sem graça que ele fez.
-Vamos, eu te levo. – ele apertou o alarme para destrancar o carro. E que carro.
-Vem cá, desde quando você dirige um Jipe Comander? – perguntei babando no carro. – Quando vocês tão cobrando por show? – passei a mão no capo do carro preto. – Você anda assaltando bancos e não conta nada pra ninguém? Ou está ganhando em apostas? Não, você é péssimo em jogos...
{Bradley}
Enquanto ela falava, eu ria. Ria muito mesmo. Quantas coisas a mais se passam na cabeça dela?
Ela passava a mão na nova tintura do carro e vazia várias perguntas e pelo tempo que a conheço, elas eram retóricas. Era como se eu não estivesse ali, mas fosse o dono do carro e ela estivesse falando com ela mesma, mas perguntando para mim.
-... Vai me dar carona ou não? – ela bufou me acordando.
-Entra ai. – pedi para ela.
Ela abriu a porta com o maior cuidado do mundo e entrou. Arregalou os olhos vendo tudo o que tinha dentro.
-Com certeza você assaltou um banco! – ela riu. – Ou está cobrando muito mais para as fãs te conhecerem. – ela passou a mão na textura de couro do banco. – Pronto! – ela colocou o cinto. – Agora podemos ir.
-Não, antes eu queria fazer uma coisa. – comentei com ela antes de ligar o carro.
-O que? – ela arqueou as sobrancelhas e arregalou os olhos.
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Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)
Romance-Então isso será nosso final feliz? - Ele me perguntou sorrindo e eu senti vontade de esmurra-lo. - Final feliz? Mas que merda de final feliz é esse, Bradley? - minha raiva extrema passou por todo o meu corpo. - Eu estou feliz, se você não est...