Ouvi o celular começar a tocar, no ecrã apareceu 'Mãe', me fazendo repensar antes de atender, pois ela estava chateada comigo, mas atendi de qualquer maneira.
"Alô"
"Filha, está tudo bem?"
"Sim, mãe."
"Mas-" a interrompi, começando a falar
"Eu estou bem, ou vou ficar."
"Querida, por favor, isso só te faz mal."
"Por favor, não chore mãe. Eu ficarei bem."
"Eu só não quero que você se magoe."
"Eu estou segura, mãe."
"Mas, e todas as coisas que falam sobre ele?"
"Ele é um trapaceiro e não é bom de jeito nenhum. Ele pode até ser um perdedor e um vagabundo, ou um mentiroso que não se pode confiar. Mas mãe, não chore, porque eu estou apaixonada por um criminoso."
"Mas isso é o que eu menos desejo para você."
"Ele é apenas um otário com uma arma, mas estamos juntos e eu o amo, ele não me fará mal. É um amor físico, não racional."
"Mas filha-"
"Adeus mãe, preciso desligar."
"Eu te amo."
"Também te amo."
Desligo a chamada, ouvindo o som da porta se fechar e percebo que ele chegou em casa. Vou até a sala, encontrando-o com um sorriso no rosto. Ando em sua direção, e quando mesmo me vê, ri baixo e vem ao meu encontro, me abraçando. Beijo o seu rosto e ele aperta a minha cintura com seus braços fortes.
"Veja o que eu fiz."
"Hm, me mostre."
Ele levanta a blusa, mostrando-me uma tatuagem nova em seu peito esquerdo, era um coração com o meu nome escrito dentro do mesmo. Sorrio, e beijo os seus lábios vermelhos.
O nosso beijo vai se intensificando, e quando eu levanto a sua blusa, vejo uma cor avermelhada na mesma, percebendo que era a marca distorcida de um batom. Sorrio tristemente, ele realmente nunca vai me amar de forma racional, e irá continuar mentindo para mim que sou importante, até se cansar.
"Querida."
"Sim?"
"Você sabia que não deveria se apaixonar por mim, mas porque fez isso?"
"Ah, Lucas, os humanos são errôneos."
"Mas eu te avisei para ficar longe."
"Eu sei, mas você é apenas um cara mau com um coração podre."
"Nem o fato de eu ser um assassino por diversão te afastará?"
"Não me afastou no começo, não me afastará agora."
"Você não percebe que eu sou ruim?"
"Ah, querido, isso nem é sensato e até eu sei. Eu deveria te abandonar."
"Por que não abandona?"
"Só não quero."
Ele inclina sua cabeça, me beijando, mas logo depois para o beijo para terminarmos de tirarmos as nossas roupas. Ele me pega no colo, tirando a minha última peça, e me leva ao quarto, logo me jogando na cama ao chegar no destino. Nos encaramos sorrindo, e ele logo cai por cima de mim, se posicionando e me preenchendo. Passamos a noite nos amando.
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Criminal { o n e - s h o t }
RomanceEle é apenas um otário com uma arma na mão. [one-shot baseada na música Criminal, de Britney Spears] © Todos os direitos reservados 2016, Ana Falcão, aafalcaon