Cena Um - Uma Ligação às 02:03

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7 de Agosto de 1980

O telefone toca as 02:03 da manhã. Oliver acorda aflito, levantando de sua cama da maneira mais desengonçada possível e indo até a sala de estar, onde estava o telefone preto em cima de uma mesinha de canto.

— Alô? — perguntou ele.

— Boa noite doutor Oliver. Bom, não tenho tempo para lhe explicar — a voz era a de uma senhorinha que estava preocupada — mas aconteceu uma coisa aqui. Preciso que você venha imediatamente.

— Com quem eu falo? — ele pergunta ignorando a senhora.

— Amélia Louch.

— E qual seria o motivo de eu ir até onde você reside senhora Amélia?

— Não é em meu lar que está acontecendo coisas estranhas, é em toda a cidade.

— Me desculpe senhora — ele a interrompe — Eu não sou tão qualificado para atender uma cidade inteira, se você quiser posso lhe indicar profissionais bem mais preparados...

— Eu sei muito bem suas qualificações. E sei que o senhor é o único que pode nos ajudar... Pois... Ninguém mais quer. — ela lamenta.

— Bom Amélia, vamos fazer o seguinte, mais tarde você liga para o meu consultório, poderei te atender das ...

— Você não está me entendendo. Sua presença aqui é inevitável e ela deve ser feita o mais rápido possível.

— Me desculpe mais quem não está entendo é você! São duas da manhã e a senhora me liga desesperada me mando ir a sua cidade que... Em falar nisso... Não sei qual é o nome.

— Esses detalhes são insignificantes agora. Você pode aceitar meu pedido e vir até aqui. Vá até a plataforma 3 dos trens e pegue o trem das 08:15. A passagem será por minha conta e se aceitar receberá uma contia muito grande, tenha certeza disso. Sua estadia aqui será indeterminada.

— Mas são duas da manhã! Tenho consultas marcadas para amanhã e não posso...

— A escolha é sua doutor. Se aceitar, você tem mais ou menos seis horas para embarcar no trem.

Ela desliga o telefone.

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