Capítulo 11

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Corro para dentro do banco novamente, quando os policiais estão fazendo as perguntas e avaliando os fatos e evidências. Mesmo chorando começo a contar como as coisas aconteceram para os policias e logo a após uns 20 minutos a policia interdita o local e leva a todos para a delegacia para prestar depoimento.

No carro da policia ainda a caminho da delegacia, não consigo parar de pensar em Poncho. Se ele está bem, se os médicos conseguiram salvá-lo e nas últimas palavras que ele disse para mim. Mas ao mesmo tempo aqueles olhos marcantes não saem da minha mente. Até que meu telefone toca. É Anahí chorando, e soluçando como nunca...

– Dulce... Dulce... O Poncho... – Annie tenta falar, mas seus soluços de seu choro não a deixam terminar a frase. Imagino o que ela queria dizer, mas ainda sim digo para mim mesma que só vou acreditar quando ela me disser realmente. Não pode ser!

– Annie, se acalme por favor! O que houve com o Poncho? Como ele está?

Esteja vivo, esteja vivo, esteja vivo. Repito essas palavras dentro de mim. Dentro de minha mente.

– Dulce! Ele... está morto. – Posso sentir o choro de Anahí após conseguir terminar a frase. As lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. É impossível de acreditar que Poncho realmente tenha morrido. Não pode ser. Não acredito. Não sei viver sem o Poncho.

– Não pode ser! Não pode ser! – Repito essas palavras ao telefone para Annie já chorando e soluçando como ela.

– Sim, amiga... Ele... morreu na ambulância. Ahhh foi horrível.

– Amiga, não pode ser!

– Ele disse uma última coisa.

– O que?

– Que sempre te amou e que antes de morrer você precisava saber disso e que... – Ela faz uma pausa e prossegue – Eu sempre fui uma grande amiga pra ele.

– Annie... – Quero falar, mas as palavras não saem.

– Tudo bem amiga. Eu só precisava te dizer como ele pediu.

– Onde você está? – Pergunto.

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora