Capítulo 12

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– Estou no hospital da rua 23. – Ela responde.

– Espera um momento. – Coloco a mão a frente do celular para abafar o som e pergunto chorando para os dois policiais no carro.

– Você poderiam me liberar? O meu amigo... bem... ele... faleceu e...

– Senhorita, não vai ser possível. Somente após o depoimento. Desculpa, lamentamos muito. – Responde um deles.

– Ok. Mas não vai demorar muito né?

– Não. – Responde secamente o outro policial.

Volto a minha ligação com Annie.

– Amiga, quando eu sair da delegacia te ligo para saber aonde você está, ok?

– Tudo bem.

Assim que desligamos, desmorono em chorar. Não consigo segurar as lágrimas que escorrem em meu rosto como um rio.

Um dos policias, o mais simpático, diz: – Sentimos muito senhorita.

– Obrigada. – Digo entre os soluços do choro.

Christopher Uckermann

Ah, já disse que somos expert, né? Então, somos os melhores. Nunca fomos pegos. Sempre conseguimos escapar, e assim será dessa vez novamente.

Enquanto estamos fugindo com a nossa vítima – a morena – ela não para de chorar. Ela chora horrores. O que me deixa nervoso. Ela é muito bonita, mas seu choro me irrita. Ela está sentada no bando de trás acompanhada de Christian. Enquanto eu estou ao lado do nosso motorista – um de nossos homens – com a cabeça e a metralhadora para o lado de fora do carro trocando tiros com a polícia.

Até que quando já estamos na 3ª rua conseguimos despista-los. Então coloco a metralhadora para dentro do carro, olho para trás e digo...

– Dá pra você parar de chorar?

A morena tenta segurar o choro. Mas continua fungando.

– Ei, pare de chorar gatinha! Já vamos te soltar. Somos assaltantes, não estupradores. – Diz Christian olhando para ela. 

Aquele Olhar - VONDYOnde histórias criam vida. Descubra agora